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Estava tudo pronto. A pantomima parecia funcionar conforme o desenhado. Cada ator cumpria perfeitamente o seu papel. Tudo parecia indicar o final sonhado.
Primeiro criou-se a imagem do caos da Petrobras, apesar da empresa bater recordes de produção. Mas o monopólio privado da mídia encarregou-se de reverter o nome publico da empresa. O fundamental parecia ter sido feito: a reversão da imagem da empresa de orgulho nacional para problema nacional.
Aí se passou à segunda fase da operação. Empresa falida, soluções: abertura do capital estrangeiro no Pré-sal (lógico), contra o regime de partilha, fim dos componentes nacionais, vender o que dá prejuízo, baixar o perfil da empresa ao mínimo. Soluções e agentes: abriu-se o álbum de figurinhas e se colocou a circular os novos heróis da direita, que iam resgatar a Petrobras das garras estatizantes do PT e jogá-la no colo do mercado. De Paulo Lehman a Henrique Meirelles, não faltou nenhum.
Era só sentar pra esperar a que salvador do mercado a Dilma ia apelar. E começar a sonhar com entrar na sala da presidência da Petrobras – como em outros tempos – para entrevistas e outros papos.
Soltar periodicamente boatos para que a bolsa e as próprias ações da Petrobras disparassem – o preferido era que o Meirelles ja estaria assumindo -, para desovar ações compradas na baixa. E preparar as manchetes: Dilma se rende ao mercado, nomeia tal ou qual, mercado adora e Bolsa dispara.
Corriam soltas as salivações tipo pavloviano, orgasmos múltiplos se multiplicavam pelas redações. Quando, de repente, só que não. Deu zebra. Dilma nomeia o presidente do Banco do Brasil.
Aí acionou-se o plano B: Mercado se decepciona e Bolsa despenca! Onde está o dossiê de denuncias do cara nomeado? O que fazer agora? Dizer que a Dilma tentou todos os da lista do mercado e nenhum aceitou? Ou que o vicio estatizante dela prevaleceu? Dizer que houve muita divergência dentro do governo, na Petrobras e no próprio PT.
Passar a tomar o Bendine como vítima privilegiada, para tentar que não se fortaleça, que não se estabilize, que não dirija um processo de resgate e de fortalecimento da Petrobras.
Clima depressivo nas redações, de rancor, de ódio, de frustração. As manchetes de domingo, as capas das revistas, estavam prontas. A euforia deu lugar à depressão, ao clima de derrota. Tudo para dar no Bendine.
A pantomima deu errado, essa é que é a verdade, quando até alguns no campo da esquerda davam a batalha por perdida. Os nomes não eram apenas nomes, representavam interesses radicalmente distintos. A grande maioria, do “mercado”, que é que jogou pesado contra a Petrobras, cuja simpatia haveria que reconquistar, então nada melhor que alguém do “mercado”, para que o “mercado” ficasse contente.
Só que essa conquista significaria atentar centralmente contra o caráter público da Petrobras e entregá-la à esfera mercantil, aos interesses privatistas. Os mesmos que chegaram a fazer com que ela se chamasse, por um dia, Petrobrax. Esse o x da questão. Quem resgata a Petrobras é o mercado ou é a esfera publica?
Depende do diagnóstico que se faça. O da direita é o de que os problemas da empresa vem do seu caráter estatizante. O diagnóstico da esquerda é de que os problemas vieram da penetração de interesses e comportamentos privatizantes no seio da empresa.
No primeiro caso, se trataria de avançar na direção da privatização da empresa, da sua imersão na dinâmica do mercado. No segundo, de restabelecer plenamente seu caráter público, eliminando comportamentos e interesses mercantis de dentro da empresa.
Esse o x da questão da Petrobras, o mesmo x que o governo FHC quis introduzir no nome da empresa, mas a opinião pública impediu.
Primeiro criou-se a imagem do caos da Petrobras, apesar da empresa bater recordes de produção. Mas o monopólio privado da mídia encarregou-se de reverter o nome publico da empresa. O fundamental parecia ter sido feito: a reversão da imagem da empresa de orgulho nacional para problema nacional.
Aí se passou à segunda fase da operação. Empresa falida, soluções: abertura do capital estrangeiro no Pré-sal (lógico), contra o regime de partilha, fim dos componentes nacionais, vender o que dá prejuízo, baixar o perfil da empresa ao mínimo. Soluções e agentes: abriu-se o álbum de figurinhas e se colocou a circular os novos heróis da direita, que iam resgatar a Petrobras das garras estatizantes do PT e jogá-la no colo do mercado. De Paulo Lehman a Henrique Meirelles, não faltou nenhum.
Era só sentar pra esperar a que salvador do mercado a Dilma ia apelar. E começar a sonhar com entrar na sala da presidência da Petrobras – como em outros tempos – para entrevistas e outros papos.
Soltar periodicamente boatos para que a bolsa e as próprias ações da Petrobras disparassem – o preferido era que o Meirelles ja estaria assumindo -, para desovar ações compradas na baixa. E preparar as manchetes: Dilma se rende ao mercado, nomeia tal ou qual, mercado adora e Bolsa dispara.
Corriam soltas as salivações tipo pavloviano, orgasmos múltiplos se multiplicavam pelas redações. Quando, de repente, só que não. Deu zebra. Dilma nomeia o presidente do Banco do Brasil.
Aí acionou-se o plano B: Mercado se decepciona e Bolsa despenca! Onde está o dossiê de denuncias do cara nomeado? O que fazer agora? Dizer que a Dilma tentou todos os da lista do mercado e nenhum aceitou? Ou que o vicio estatizante dela prevaleceu? Dizer que houve muita divergência dentro do governo, na Petrobras e no próprio PT.
Passar a tomar o Bendine como vítima privilegiada, para tentar que não se fortaleça, que não se estabilize, que não dirija um processo de resgate e de fortalecimento da Petrobras.
Clima depressivo nas redações, de rancor, de ódio, de frustração. As manchetes de domingo, as capas das revistas, estavam prontas. A euforia deu lugar à depressão, ao clima de derrota. Tudo para dar no Bendine.
A pantomima deu errado, essa é que é a verdade, quando até alguns no campo da esquerda davam a batalha por perdida. Os nomes não eram apenas nomes, representavam interesses radicalmente distintos. A grande maioria, do “mercado”, que é que jogou pesado contra a Petrobras, cuja simpatia haveria que reconquistar, então nada melhor que alguém do “mercado”, para que o “mercado” ficasse contente.
Só que essa conquista significaria atentar centralmente contra o caráter público da Petrobras e entregá-la à esfera mercantil, aos interesses privatistas. Os mesmos que chegaram a fazer com que ela se chamasse, por um dia, Petrobrax. Esse o x da questão. Quem resgata a Petrobras é o mercado ou é a esfera publica?
Depende do diagnóstico que se faça. O da direita é o de que os problemas da empresa vem do seu caráter estatizante. O diagnóstico da esquerda é de que os problemas vieram da penetração de interesses e comportamentos privatizantes no seio da empresa.
No primeiro caso, se trataria de avançar na direção da privatização da empresa, da sua imersão na dinâmica do mercado. No segundo, de restabelecer plenamente seu caráter público, eliminando comportamentos e interesses mercantis de dentro da empresa.
Esse o x da questão da Petrobras, o mesmo x que o governo FHC quis introduzir no nome da empresa, mas a opinião pública impediu.
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