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Em outubro de 2014, durante a campanha eleitoral, foram divulgados depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef à justiça federal do Paraná envolvendo o PT em esquemas de corrupção na Petrobras. A então candidata Dilma Rousseff protestou contra o vazamento seletivo de informações. O jornal O Estado de S. Paulo e a Globo ouviram então o juiz Sérgio Moro, que alegou que apenas as delações premiadas correm em segredo de justiça o que não era o caso dos dois depoimentos divulgados em nome da “transparência”.
Vejam como o G1 (Globo) abordou o fato na época: “Em despacho assinado nesta sexta (10/10), Moro destaca que a audiência de Paulo Roberto Costa à Justiça Federal do Paraná se difere da delação premiada, que corre em segredo de Justiça.” Bom, se a delação premiada, segundo o próprio Sérgio Moro, é protegida pelo sigilo, cabe fazer a pergunta e exigir imediatamente a resposta: quem vazou, e a mando de quem, o depoimento em delação premiada do ex-gerente cujas declarações estão desde quinta-feira (5) em todas as manchetes?
O momento certo
Como era de se esperar, os telejornais, as rádios e nesta sexta-feira (6) as manchetes dos jornalões repetem exaustivamente desde ontem a informação de que o PT teria recebido U$ 200 milhões de dólares em propina, buscando com isso fomentar o clima propício à deposição da presidenta. O ódio político da mídia hegemônica e da Operação Golpe a Jato representam ameaça concreta à democracia. Para qualquer analista isento fica logo claro o incrível grau de manipulação da informação e o desprezo às normas jurídicas e à constituição.
O momento certo
Como era de se esperar, os telejornais, as rádios e nesta sexta-feira (6) as manchetes dos jornalões repetem exaustivamente desde ontem a informação de que o PT teria recebido U$ 200 milhões de dólares em propina, buscando com isso fomentar o clima propício à deposição da presidenta. O ódio político da mídia hegemônica e da Operação Golpe a Jato representam ameaça concreta à democracia. Para qualquer analista isento fica logo claro o incrível grau de manipulação da informação e o desprezo às normas jurídicas e à constituição.
O depoimento do ex-gerente com as informações “das propinas pagas ao PT” foi dado em novembro de 2014, segundo Sérgio Moro em segredo de justiça, porque só agora (três meses depois) o depoimento foi vazado? O vazamento em si já é criminoso mas além disso fica clara a intenção da Operação Golpe a Jato em dar munição aos ataques ao governo às vésperas do aniversário de 35 anos do PT.
A manipulação da informação
Nas manchetes e reportagens é omitida a informação essencial para o público de que não foram encontradas provas que sustentassem a acusação. Aliás, o jornalO Estado de S. Paulo (de 6/2) informa que na operação de ontem “A PF encontrou (na empresa Arxo, de Santa Catarina) dinheiro e relógios de luxo no local”. Encontrar dinheiro em uma empresa. O que significa esta informação? Nada. Em meio a uma “denúncia” vazia de conteúdo, como não tinham coisa nenhuma a relatar, relatam isto, que ajuda a cravar na mente do leitor (já contaminado pela eterna pregação antigoverno da mídia) a mensagem que o jornal quer passar.
A manipulação da informação
Nas manchetes e reportagens é omitida a informação essencial para o público de que não foram encontradas provas que sustentassem a acusação. Aliás, o jornalO Estado de S. Paulo (de 6/2) informa que na operação de ontem “A PF encontrou (na empresa Arxo, de Santa Catarina) dinheiro e relógios de luxo no local”. Encontrar dinheiro em uma empresa. O que significa esta informação? Nada. Em meio a uma “denúncia” vazia de conteúdo, como não tinham coisa nenhuma a relatar, relatam isto, que ajuda a cravar na mente do leitor (já contaminado pela eterna pregação antigoverno da mídia) a mensagem que o jornal quer passar.
A manchete do Estadão, por exemplo, em letras garrafais começa assim: “PT recebeu até US$ 200 milhões em propina”. O resto da manchete é perfumaria. Está é a mensagem que fica, reforçada pelo fato de que “encontraram dinheiro em uma empresa”. Lida fora do contexto esta última informação parece até piada. Mas no arcabouço da construção de uma linguagem manipulatória, ela é certeira. Ainda mais quando a notícia sobre a falta de provas é simplesmente omitida e o pronunciamento do PT negando as irregularidades é relegado a um espaço mínimo. Os jornais nazistas não fariam melhor.
Vaccari foi arrastado, vibra Cantanhêde
A condução coercitiva ilegal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi comemorada como um golaço pela mídia hegemônica e seus colunistas amestrados. No jornal O Estado de S. Paulo (de 6/2) Eliane Cantanhêde comemora “Em bom português, ele (Vaccari) foi arrastado para depor”. Vejam o termo: “arrastado”. Presume-se o gozo íntimo da colunista se o petista tivesse sido espancado ou torturado mas “arrastado” já serve para uma fazer uma festa.
Kramer também comemora e defende a ilegalidade
Dora Kramer, colega de jornal da Cantanhêde, defende o arbítrio: “A condução coercitiva de alguém para depor no âmbito de uma investigação criminal significa que contra essa pessoa pesam evidências graves”. Mentira. Segundo o advogado criminalista e membro da OAB-RJ, Roberto Monteiro Soares, ouvido pela coluna, “uma testemunha só pode ser conduzida coercitivamente se estiver usando subterfúgios para fugir à obrigação de dar o depoimento.
Vaccari foi arrastado, vibra Cantanhêde
A condução coercitiva ilegal do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, foi comemorada como um golaço pela mídia hegemônica e seus colunistas amestrados. No jornal O Estado de S. Paulo (de 6/2) Eliane Cantanhêde comemora “Em bom português, ele (Vaccari) foi arrastado para depor”. Vejam o termo: “arrastado”. Presume-se o gozo íntimo da colunista se o petista tivesse sido espancado ou torturado mas “arrastado” já serve para uma fazer uma festa.
Kramer também comemora e defende a ilegalidade
Dora Kramer, colega de jornal da Cantanhêde, defende o arbítrio: “A condução coercitiva de alguém para depor no âmbito de uma investigação criminal significa que contra essa pessoa pesam evidências graves”. Mentira. Segundo o advogado criminalista e membro da OAB-RJ, Roberto Monteiro Soares, ouvido pela coluna, “uma testemunha só pode ser conduzida coercitivamente se estiver usando subterfúgios para fugir à obrigação de dar o depoimento.
Se, como a colunista afirma, ‘pesam evidências graves’ contra Vacarri pior ainda, pois ele deveria depor na condição de réu, tendo acesso às acusações que contra ele são feitas e garantido o direito ao silêncio, pois pela Constituição ninguém é obrigado a produzir provas contra si mesmo”. A mídia hegemônica tem histórico recente de apoio a golpes, que começam a tomar corpo quando as regras mínimas do estado de direito são ignoradas.
Plantando provas?
Por vezes um simples ato falho acaba revelando a essência das coisas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (6) Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República, disse que a nona fase do Golpe a Jato está no estágio da “semeadura de provas”. Semeadura, todos sabem, vem de semear, sinônimo de plantar. Antônimo de justiça.
O ingênuo Philip Stephens
Philip Stephens escreveu para o Financial Times uma “análise” sobre a questão da Ucrânia, reproduzida nesta edição de sexta-feira (6) pelo jornal Valor Econômico. Na análise de Stephens, vejam os senhores que surpresa, a culpa é toda da Rússia! Contra a Rússia as acusações são fartas, inclusive a de querer “rasgar o acordo pós-comunista do continente” (oba!). Quanto à Otan o articulista levanta apenas algumas dúvidas e faz uma leve reprimenda em relação à Guerra do Iraque. Mas sobre a Rússia o jornalista tem certezas de sobra. O cerco da Otan, as constantes intervenções do imperialismo à margem das leis internacionais não passam, segundo Philip, de “ladainhas” de Putin. Alguém pode acusar o Philip de cínico. Eu acho que ele é ingênuo e desatento.
O desatento Philip Stephens
O que aconteceu na Ucrânia em fevereiro de 2014 foi um golpe de estado liderado por direitistas, neonazistas e nazistas (daqueles que usam suástica e tudo mais) incentivados, financiados e armados pela Otan, que sonha estender seus tentáculos até à fronteira russa. O governo golpista da Ucrânia usa as armas mais sofisticadas para massacrar a insurgência que, no entanto, resiste e cresce. Nada disso conta para Philip que, distraído, deixou passar desapercebida a reunião da cúpula da Otan nos dias 4 e 5 de setembro de 2014.
Plantando provas?
Por vezes um simples ato falho acaba revelando a essência das coisas. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo desta sexta-feira (6) Carlos Fernando dos Santos Lima, procurador da República, disse que a nona fase do Golpe a Jato está no estágio da “semeadura de provas”. Semeadura, todos sabem, vem de semear, sinônimo de plantar. Antônimo de justiça.
O ingênuo Philip Stephens
Philip Stephens escreveu para o Financial Times uma “análise” sobre a questão da Ucrânia, reproduzida nesta edição de sexta-feira (6) pelo jornal Valor Econômico. Na análise de Stephens, vejam os senhores que surpresa, a culpa é toda da Rússia! Contra a Rússia as acusações são fartas, inclusive a de querer “rasgar o acordo pós-comunista do continente” (oba!). Quanto à Otan o articulista levanta apenas algumas dúvidas e faz uma leve reprimenda em relação à Guerra do Iraque. Mas sobre a Rússia o jornalista tem certezas de sobra. O cerco da Otan, as constantes intervenções do imperialismo à margem das leis internacionais não passam, segundo Philip, de “ladainhas” de Putin. Alguém pode acusar o Philip de cínico. Eu acho que ele é ingênuo e desatento.
O desatento Philip Stephens
O que aconteceu na Ucrânia em fevereiro de 2014 foi um golpe de estado liderado por direitistas, neonazistas e nazistas (daqueles que usam suástica e tudo mais) incentivados, financiados e armados pela Otan, que sonha estender seus tentáculos até à fronteira russa. O governo golpista da Ucrânia usa as armas mais sofisticadas para massacrar a insurgência que, no entanto, resiste e cresce. Nada disso conta para Philip que, distraído, deixou passar desapercebida a reunião da cúpula da Otan nos dias 4 e 5 de setembro de 2014.
Nesta reunião o braço armado do imperialismo resolveu reforçar sua presença na Europa Oriental, o que, entre outras coisas significou a criação de uma nova unidade com 5 mil homens chamada Spearhead Force, além de seis novas unidades de comando e controle na Estónia, Lituânia, Letônia, Polônia, Romênia e Bulgária (leia matéria do Vermelho). Nada menos do que o Secretário-Geral da Otan confirmou a “ladainha” afirmando que o aumento da presença da Otan faz parte das suas "obrigações internacionais". Philip meu caro, se você continuar ingênuo e desatento assim vão acabar te contratando para trabalhar como colunista de O Globo. Ganha-se bem, mas o ambiente é insalubre.
Davos é a cidade sagrada
Para alguns dos nossos deslumbrados jornalistas, Davos é a Meca de onde emanam as verdades da vida. Citam palestras e pronunciamentos em Davos (desde que sejam das pessoas certas) com uma reverência mística. Washington Novaes, por exemplo, na edição desta sexta-feira (6) de O Estado de S. Paulo, fala de forma comovedora sobre como os “líderes do pensamento econômico mundial discutiram o papel da energia na atual transformação do modelo de crescimento planetário” e - observem como são politicamente corretos - defenderam o investimento em “energias alternativas”.
Davos é a cidade sagrada
Para alguns dos nossos deslumbrados jornalistas, Davos é a Meca de onde emanam as verdades da vida. Citam palestras e pronunciamentos em Davos (desde que sejam das pessoas certas) com uma reverência mística. Washington Novaes, por exemplo, na edição desta sexta-feira (6) de O Estado de S. Paulo, fala de forma comovedora sobre como os “líderes do pensamento econômico mundial discutiram o papel da energia na atual transformação do modelo de crescimento planetário” e - observem como são politicamente corretos - defenderam o investimento em “energias alternativas”.
Um leitor atento certamente está pensando: “em Davos reúne-se a nata do capital internacional que tem como único objetivo aumentar ao máximo o lucro de suas corporações e é a partir daí que as formulações são traçadas, não a serviço da humanidade mas sim a serviço do capital, o que é feito com um discurso sempre muito habilidoso”. Leitor atento, assim você destrói a fé simples destes intimoratos jornalistas da nossa mídia hegemônica!
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