Por Nicolas Chernavsky, em seu blog:
Um casal chega para jantar em um restaurante de classe média, e se senta em uma mesa. Alguns minutos depois, uma pessoa que está sentada em uma mesa ao lado, chama o garçom e diz: “Quero mudar de lugar porque não quero sentar perto dessas pessoas”, e indica a mesa em que está o casal mencionado. Estamos no sul dos Estados Unidos dos anos 60 do século XX e se trata de um casal descendente de africanos? Não, estamos em São Paulo no final de 2014 e se trata de um casal em que uma das pessoas veste uma camisa do PT
Este início do século XXI está trazendo avanços civilizatórios globais em relação ao respeito às mulheres e à diversidade sexual, sem contar que o filho de um africano subsaariano é o presidente dos Estados Unidos. Os homens defendem cada vez mais os direitos das mulheres, os héteros defendem cada vez mais os direitos dos gays, os preconceitos de etnia e religião estão vindo à luz, como ficou claro em uma das maiores manifestações populares da história da Europa, que repudiou o ataque a um jornal que expunha os preconceitos, tirando-os das sombras e transformando-os em conceitos, estejam certos ou errados. Ou seja, o século XXI é o século do não aos preconceitos, esse é o tempo em que vivemos. Vamos dizer não também ao preconceito político, e isso, no Brasil atual, significa principalmente dizer não ao preconceito contra o PT. E por que isso?
Porque o PT concentra no Brasil um sentimento que, em política, costuma se concentrar sobre o grupo político que tem chances reais de chegar, ou chegou concretamente, a liderar o progressismo no comando do Estado. Acontece de forma muito semelhante com quem prefere o governo de Cristina Kirchner à oposição na Argentina, com quem apoia Ed Miliband, do Partido Trabalhista britânico, para se tornar o novo primeiro-ministro daqui a três meses, ou com quem defende Barack Obama das acusações do conservadorismo nos Estados Unidos.
Um casal chega para jantar em um restaurante de classe média, e se senta em uma mesa. Alguns minutos depois, uma pessoa que está sentada em uma mesa ao lado, chama o garçom e diz: “Quero mudar de lugar porque não quero sentar perto dessas pessoas”, e indica a mesa em que está o casal mencionado. Estamos no sul dos Estados Unidos dos anos 60 do século XX e se trata de um casal descendente de africanos? Não, estamos em São Paulo no final de 2014 e se trata de um casal em que uma das pessoas veste uma camisa do PT
Este início do século XXI está trazendo avanços civilizatórios globais em relação ao respeito às mulheres e à diversidade sexual, sem contar que o filho de um africano subsaariano é o presidente dos Estados Unidos. Os homens defendem cada vez mais os direitos das mulheres, os héteros defendem cada vez mais os direitos dos gays, os preconceitos de etnia e religião estão vindo à luz, como ficou claro em uma das maiores manifestações populares da história da Europa, que repudiou o ataque a um jornal que expunha os preconceitos, tirando-os das sombras e transformando-os em conceitos, estejam certos ou errados. Ou seja, o século XXI é o século do não aos preconceitos, esse é o tempo em que vivemos. Vamos dizer não também ao preconceito político, e isso, no Brasil atual, significa principalmente dizer não ao preconceito contra o PT. E por que isso?
Porque o PT concentra no Brasil um sentimento que, em política, costuma se concentrar sobre o grupo político que tem chances reais de chegar, ou chegou concretamente, a liderar o progressismo no comando do Estado. Acontece de forma muito semelhante com quem prefere o governo de Cristina Kirchner à oposição na Argentina, com quem apoia Ed Miliband, do Partido Trabalhista britânico, para se tornar o novo primeiro-ministro daqui a três meses, ou com quem defende Barack Obama das acusações do conservadorismo nos Estados Unidos.
Assim, esse sentimento contra o PT é a expressão no Brasil do sentimento em escala global contra o progressismo, e por isso, independentemente de ter o PT como partido preferido no Brasil, cada progressista precisa entender que quando o PT é atacado de forma preconceituosa, o ataque não é só ao PT, mas a todos os setores progressistas, e que só se concentra no PT hoje porque o PT é o maior partido progressista do Brasil. Se amanhã for o PSOL, esse sentimento vai se concentrar no PSOL, se amanhã for o PCdoB, esse sentimento vai se concentrar no PCdoB, se amanhã for o Partido do Pégaso Azul, esse sentimento vai se concentrar no Partido do Pégaso Azul.
Inclusive, vejo frequentemente, especialmente desde a última campanha presidencial, análises de pessoas que preferem outros partidos progressistas ao PT que notam que os setores mais conservadores costumam criticar o PT não pelo que o PT teria de pior, mas justamente pelo que o PT teria de melhor, como os programas estatais que diminuem a pobreza. Então, você, progressista, quando ouvir críticas ao PT pelo que ele tem de melhor, saiba que essa crítica não é só ao PT, mas a você também, e só se concentra no PT porque é a “bola da vez” do progressismo.
Mas por que uso o termo “preconceito” para esse sentimento em relação ao PT? Acho importante esclarecer essa questão. Não é só a situação que comentei no início deste artigo, com o casal no restaurante. Vê-se o preconceito claramente quando surge qualquer denúncia de qualquer pessoa em qualquer meio de comunicação contra o PT, e já se veem muitas pessoas prontas para aceitar aquilo automaticamente como verdade. Isso indica que essas pessoas já aceitavam aquilo como verdade, mas como preconceito, ou seja, como pensamento inconsciente, uma vez que ainda parecem precisar da “confirmação” das acusações, independentemente de onde venham. É preciso trazer esse preconceito à luz, para que as denúncias contra o PT precisem de provas para serem aceitas como verdade pela sociedade e pelo Estado. Por isso, pela razão e a civilização, precisamos dizer agora #NãoaopreconceitocontraoPT.
Inclusive, vejo frequentemente, especialmente desde a última campanha presidencial, análises de pessoas que preferem outros partidos progressistas ao PT que notam que os setores mais conservadores costumam criticar o PT não pelo que o PT teria de pior, mas justamente pelo que o PT teria de melhor, como os programas estatais que diminuem a pobreza. Então, você, progressista, quando ouvir críticas ao PT pelo que ele tem de melhor, saiba que essa crítica não é só ao PT, mas a você também, e só se concentra no PT porque é a “bola da vez” do progressismo.
Mas por que uso o termo “preconceito” para esse sentimento em relação ao PT? Acho importante esclarecer essa questão. Não é só a situação que comentei no início deste artigo, com o casal no restaurante. Vê-se o preconceito claramente quando surge qualquer denúncia de qualquer pessoa em qualquer meio de comunicação contra o PT, e já se veem muitas pessoas prontas para aceitar aquilo automaticamente como verdade. Isso indica que essas pessoas já aceitavam aquilo como verdade, mas como preconceito, ou seja, como pensamento inconsciente, uma vez que ainda parecem precisar da “confirmação” das acusações, independentemente de onde venham. É preciso trazer esse preconceito à luz, para que as denúncias contra o PT precisem de provas para serem aceitas como verdade pela sociedade e pelo Estado. Por isso, pela razão e a civilização, precisamos dizer agora #NãoaopreconceitocontraoPT.
3 comentários:
A verdade é que leitor de classe média que lê jornal e revista, assiste a globonews, está convencido de que o PT é a máfia.
Daí, não se sente preconceituoso por achar que todo mafioso é bandido.
Entenda-se também como inveja,des-
peito,preconceito,ignorância e
analfabetismo político.
"Dialoguei" hoje com um tucano roxo e vejo exatamente o que aqui foi dito. Já dão impeachment como certo, petista e tudo ladrão, e quem vota neles e débil mental. Só fiz duas perguntas ao lesado: leu privataria tucana? Acompanhou saneamento de bancos privados no governo FHC? Como resposta foi negativa, constatei que aquilo era pássaro, não tucano sim papagaio, que repete o que a globo e veja publicam e encerrei conversa com um passar bem (longedim).
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