domingo, 8 de fevereiro de 2015

José Simão e a “crise hídrica” em Sampa

Por Altamiro Borges

O irreverente José Simão, colunista da Folha, dá tiro para todos os lados. Ele mesmo se autointitula de “o esculhambador-geral da República”. Bem diferente da mídia privada – inclusive do jornal tucano em que trabalha –, que só dá tiro para um lado. Na sua seletividade e partidarismo, por exemplo, ela evita fazer críticas ao governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP). Na dramática crise da falta de água em São Paulo, que já se prolonga há vários meses, o tucano foi totalmente poupado no pleito do ano passado – num caso típico de estelionato eleitoral. Agora, como não dá para esconder, a velha imprensa até prevê o caos no Estado. Mas continua blindando o governador, pré-candidato à presidência da República em 2018. Diante de tamanha manipulação, nada como ler José Simão. Serve, entre outras coisas, para dar risadas da ridícula cobertura jornalística da mídia chapa-branca. Selecionei abaixo algumas das tiradas sarcásticas do “esculhambador” sobre a tal “crise hídrica” – tucanaram até a falta de água em Sampa:

Estamos à beira da total autodestruição?

Por Noam Chomsky, no site Pátria Latina

O que o futuro trará? Uma postura razoável seria tentar olhar para a espécie humana de fora. Então imagine que você é um extraterrestre observador que está tentando desvendar o que acontece aqui ou, imagine que és um historiador daqui a 100 anos - assumindo que existam historiadores em 100 anos, o que não é óbvio - e você está olhando para o que acontece. Você veria algo impressionante.

A Lava Jato à luz de Hannah Arendt

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Se o leitor prestou atenção aos meus posts sobre o assunto, verá que fiz um esforço heroico para acreditar na Operação Lava Jato.

Minha relação com a Lava Jato foi bipolar, pois eu não queria acreditar que testemunharíamos mais uma sequência de arbítrios protagonizados por autoridades cegas pelos holofotes da mídia.

As relações promíscuas entre essas autoridades do Lava Jato e a oposição sempre estiveram em evidência.

Desafios políticos e econômicos de Dilma

Por Robson S. Camara Silva, no site da Fundação Maurício Grabois:

Um cenário adverso à continuação do ciclo de desenvolvimento saiu das urnas. O governo Dilma, nesse início de mandato, se depara com os primeiros reflexos da eleição de uma composição congressual de caráter mais conservador e de visão atrasada de país.

O conservador Eduardo Cunha foi alçado à presidência da câmara federal. Trata-se da materialização da ameaça sem escaramuças as pautas sociais, bem como o trampolim de ataque a posições do governo ou, ainda, à produção de crises institucionais visando paralisar o Brasil. É uma engrenagem posta em funcionamento e que nos cabe reverter com setores progressistas da sociedade brasileira in toto.

Os entreguistas e o "Fim do Brasil"

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Já há alguns meses, e mais especialmente na época da campanha eleitoral, grassam na internet mensagens com o título genérico de “O Fim do Brasil”, defendendo a estapafúrdia tese de que a nação vai quebrar nos próximos meses, que o desemprego vai aumentar, que o país voltou, do ponto de vista macroeconômico, a 1994 etc. etc. – em discursos irracionais, superficiais, boçais e inexatos.

Dilma, Alckmin, Haddad: o fundo do poço

Por Renato Rovai, em seu blog:

Há uma regra em política que não falha. Quando a população por um motivo ou outro acha que o país não vai bem, todos os políticos perdem. Quando tudo parece ir bem, mesmo os mais desastrados ganham.

Em 2008, o governo Lula ia de vento em popa e mesmo prefeitos muito mal avaliados se reelegeram, como João Henrique, de Salvador. E Kassab que não era assim nenhuma Brastemp deu um baile em Marta Suplicy em São Paulo.

PT decidiu não apanhar calado

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O Petrolão é o novo Mensalão.

Tudo é parecido, a começar pelo comportamento da imprensa.

Mas deu já para perceber que uma coisa é completamente diferente: a atitude do PT.

No Mensalão, o PT ficou acuado. Agora, como que cansado de apanhar calado, resolveu partir para o contra-ataque.

O segredo do caixa 2 de FHC

Da revista CartaCapital:

A morte, no domingo 1°, do ex-ministro e ex-senador José Eduardo Andrade Vieira, aos 76 anos, por causa de uma parada cardíaca, mantém na penumbra alguns episódios importantes da política e da economia na década de 1990.

Em 2000, o titular da Agricultura entre 1995 e 1996 revelou detalhes do caixa de campanha de Fernando Henrique, alimentado com significativo volume de aportes em espécie feitos por empresas e indivíduos para driblar a identificação dos doadores à Justiça Eleitoral.

Os horrores da Operação Golpe a Jato

pigimprensagolpista.blogspot.com.br
Da coluna "Notas Vermelhas", no site Vermelho:

Em outubro de 2014, durante a campanha eleitoral, foram divulgados depoimentos do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef à justiça federal do Paraná envolvendo o PT em esquemas de corrupção na Petrobras. A então candidata Dilma Rousseff protestou contra o vazamento seletivo de informações. O jornal O Estado de S. Paulo e a Globo ouviram então o juiz Sérgio Moro, que alegou que apenas as delações premiadas correm em segredo de justiça o que não era o caso dos dois depoimentos divulgados em nome da “transparência”.

O x da questão da Petrobras

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Emir Sader, no site Carta Maior:

Estava tudo pronto. A pantomima parecia funcionar conforme o desenhado. Cada ator cumpria perfeitamente o seu papel. Tudo parecia indicar o final sonhado.

Primeiro criou-se a imagem do caos da Petrobras, apesar da empresa bater recordes de produção. Mas o monopólio privado da mídia encarregou-se de reverter o nome publico da empresa. O fundamental parecia ter sido feito: a reversão da imagem da empresa de orgulho nacional para problema nacional.

A “massa cheirosa” vai feder em SP

http://www.marciobaraldi.com.br/

Por Altamiro Borges

Apesar das tempestades dos últimos dias, o nível do Sistema Cantareira – que abastece 6,5 milhões de paulistas – continua baixo. Nesta sábado (7), ele atingiu apenas 5,3% da sua capacidade. Para os especialistas do setor, a notícia é péssima, já que o período das chuvas está terminando. A tendência, afirmam, é do total colapso de abastecimento de água a partir de abril. Alguns especialistas, mais apocalípticos, preveem um cenário de “convulsão social” em São Paulo. O quadro é tão dramático que já incomoda até as tais celebridades midiáticas. A “massa cheirosa”, que sempre bajulou os tucanos que governam o Estado há 20 anos, teme ficar fedida. Reproduzo abaixo a hilária reportagem de Mônica Bergamo, na Folha deste sábado, sobre o clima reinante entre os “ricos e famosos”. Até Sophia Alckmin, filha do governador, revela: “Já não lavo o cabelo todo o dia”.

sábado, 7 de fevereiro de 2015

Gasto com juros garfa R$ 251,1 bilhões

http://www.marciobaraldi.com.br/
Por Altamiro Borges

Nos dois primeiros anos do seu primeiro mandato, a presidenta Dilma Rousseff decidiu enfrentar a poderosa ditadura do capital financeiro e tomou várias medidas contra os especuladores. Fortaleceu os bancos públicos, incentivou o crédito popular e, principalmente, reduziu a taxa básica de juros – a Selic. Em 2012, ela atingiu seu nível mais baixo no período recente – de 7,25% ao ano. Na sequência, sob o violento cerco da oligarquia rentista e da sua mídia, o governo cedeu e a taxa de juros voltou a disparar e hoje está em 12,25%. Atualmente, ela figura outra vez entre os mais altas do mundo. 

Lula pode liderar reação ao golpismo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nos primeiros dias de fevereiro, diminuiu consideravelmente o contingente dos que não acreditam na possibilidade de a direita midiática tentar derrubar a presidente Dilma Rousseff. Alguns fatos recentes foram decisivos para esse despertar da consciência quanto ao ímpeto golpista que se assanhou de forma tão explícita no período indicado.

Para ter ideia de quanto cresceu o nível de radicalização dos derrotados na eleição presidencial do ano passado, faça uma experiência: digite no Google, entre aspas, as seguintes expressões: “impeachment de Dilma” e “impeachment de Lula”.

Venezuela: Golpe em tempo real

Por Eva Golinger, no site Diário Liberdade:

Há um golpe de Estado em marcha na Venezuela. As peças estão se encaixando como em um filme da CIA. A cada passo um novo traidor se revela, uma traição nasce, cheia de promessas para entregar a batata quente que justifique o injustificável. As infiltrações aumentam, os rumores circulam como um barril de pólvora, e a mentalidade de pânico ameaça superar a lógica. As manchetes da mídia gritam perigo, crise e derrota iminente, enquanto que os suspeitos de sempre declaram a guerra encoberta contra um povo cujo único crime é ser guardião da maior mina de ouro negro no mundo.

Lei da Mídia Democrática bomba nas redes

http://www.paraexpressaraliberdade.org.br/assina.php
Do site do FNDC:

Milhares de compartilhamentos nas redes sociais e dezenas de matérias em portais noticiosos, de partidos políticos, sindicatos, centrais sindicais e outras entidades progressistas divulgaram o lançamento, nesta quinta (5/2), da plataforma de assinatura online em apoio ao Projeto de Lei de Iniciativa Popular da Comunicação Social Eletrônica, ou Lei da Mídia Democrática. Com isso, logo nas primeiras horas foram contabilizadas mais de duas mil assinaturas em favor da tramitação da proposta no Congresso Nacional.

Por que FHC cruzou os braços?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Confesso que ando cada vez mais espantado diante das homenagens a Paulo Francis em função das acusações de corrupção na Petrobras, feitas em 1996, no programa Manhattan Conection.

A convicção generalizada é que Francis estava absolutamente correto em suas denúncias e, ameaçado por um processo de US$ 100 milhões na Justiça de Nova York, acabou sofrendo um enfarto que provocou sua morte. Em função disso, não paramos de ouvir elogios à sua visão como jornalista e à sua argúcia como analista. Mas se Francis falou a verdade, a pergunta real é saber por que nada se fez diante do que ele disse, o que transforma as homenagens de hoje num caso exemplar de silêncio e covardia, a espera de uma investigação responsável e exemplar.

Alckmin e a rebelião dos internautas

Por Cida de Oliveira, na Rede Brasil Atual:

'SP', 'energia', 'Sistema Cantareira' e 'Sabesp'. Os quatro termos são os mais citados em 250 mil conversas e comentários de internautas sobre a mais grave crise hídrica da história do estado de São Paulo. No entanto, o nome do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 29 mil menções, chama a atenção pela forte associação aos termos relativos à seca. Em 11,6% delas, o tucano foi citado nominalmente e muitas vezes de forma dura. As conclusões são de um levantamento realizado entre os dia 1º e 31 de janeiro pela Polis Consulting/NetBase.

Lava-Jato e o fim do Estado de Direito

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sou de uma geração que cresceu tendo o Estado de Direito como um dos sinônimos de democracia.

O outro era o voto direto.

Custou-nos muito, nossa juventude, trazê-los de volta.

E, certamente por isso, é assustador ver que ele vai sendo, progressivamente, abolido em nosso país.

A Guantánamo do juiz Sérgio Moro

"Resistir juntos e retomar a iniciativa"

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Renato Rabelo, em seu blog:

Estive em Belo Horizonte nesta última sexta feira (6/2) e participei na mesa do ato público organizado pelo PT no dia de seu aniversário de 35 anos de fundação. Fui saudado fraternalmente pelo presidente Rui Falcão do PT, pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e especialmente pela Presidenta Dilma Rousseff - e deixo aqui minha saudação ao aniversário do PT:

Lula, mídia e a "criminalização do PT"

Foto: Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

O ex-presidente Lula disse esta noite, na festa do aniversário de 35 anos do Partido dos Trabalhadores, comemorado em Belo Horizonte, que o critério da mídia para a cobertura da Operação Lava Jato é o da “criminalização do PT”.

Segundo ele, “estamos assistindo a um filme com final conhecido”: acusações sem provas, falta de contraditório e julgamento pela imprensa. O ex-presidente não fez menção ao escândalo do mensalão.

Até Romário detona blogueira de O Globo

Por Altamiro Borges

A blogueira Silvia Pilz, que se acha “divertidíssima” com as suas postagens preconceituosas no jornal O Globo, está colecionando rapidamente uma legião de oponentes. Talvez até seja este seu intento narcisista e egocêntrico. Nesta quinta-feira (5), o senador Romário Faria (PSB-RJ), que desde os seus tempos de gramado sempre manteve boas relações com o império global, resolveu dar uma canelada na jornalista. Em sua página no Facebook, ele postou uma dura mensagem de repúdio às “tolices de uma pessoa com visão de mundo muito limitada”. O ex-craque da seleção brasileira, que é pai de uma menina de nove anos com Síndrome de Down, ficou irritado com um artigo escroto da blogueira contra os portadores da doença. “De cara, um anão assusta, assim como, de cara, crianças com Síndrome de Down também nos causam certo desconforto” – obrou Silvia Pilz.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Geração de empregos e o ajuste fiscal

Por Altamiro Borges

No final de janeiro, o IBGE divulgou que a taxa de desemprego em 2014 foi de 4,8% – abaixo dos 5,4% registrados no ano anterior e o menor índice desde 2002. Só isto já seria motivo para o PT – que celebra os seus 35 anos nesta sexta-feira (6) – festejar os avanços conquistados pelos governos Lula e Dilma. A mídia oposicionista, com o seu complexo de vira-lata contra o Brasil, escondeu a notícia. Ela não foi destaque no Jornal Nacional da TV Globo. Já a Folha registrou o fato pelo lado negativo: “Geração de empregos em 2014 foi a pior dos anos PT”. Pura canalhice! A queda do desemprego e a elevação da renda não são motivos de festança na mídia patronal. Ela prefere pressionar o governo, numa agressiva campanha terrorista, para que ele ceda ao “deus-mercado” e promova um drástico ajuste fiscal – o mesmo que levou à Europa a maior regressão social da sua história.

Falta papel higiênico nas escolas de SP

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

A situação de São Paulo, o Estado mais rico da federação, é deplorável. A falta de água já atormenta mais de 6,5 milhões de moradores da região metropolitana. Os trens do Metrô e da CPTM parecem latas de sardinha e dão panes constantes. Os roubos batem recorde e a insegurança pública amedronta os paulistas. A sorte do governador Geraldo Alckmin (PSDB), reeleito em primeiro turno, é que a mídia evita fazer escarcéu sobre o caos imperante – na prática, ela já está em campanha presidencial em favor do “picolé de chuchu” e até agora não sofreu cortes nos milionários anúncios publicitários e outras benesses do Palácio dos Bandeirantes. Nesta sexta-feira (6), a Folha tucana publicou uma notinha – sem qualquer destaque – para outro fato lamentável: já falta papel higiênico nas escolas de São Paulo.

Governo Dilma e os movimentos sociais


Dilma vira o jogo na Petrobras

Por Breno Altman, em seu blog:

A indicação de Aldemir Bendine para o comando da Petrobrás é mais do que uma surpresa.

O atual chefe do BB representa linha de resistência diante da escalada de forças privatistas para tomar de assalto a estatal do petróleo.

O mercado estava assanhado, afinal, para fincar cabeça-de-ponte na principal companhia brasileira.

Merval é um mestre do jornalismo papista

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Globo é tão grata a Merval que batizou um personagem da novela Império de Merival.
Foi o que me ocorreu ao saber, hoje, que existe um Merival em Império.

Espero que Merval não me processe por essa interpretação.

A Globo, como quer que seja, tem razões para ser grata a Merval. Mais do que qualquer outro jornalista da casa, ele merece o título de porta-voz dos Marinhos.

Metalúrgicos reagem aos ajustes de Levy

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Na quarta-feira 28, os trabalhadores paulistas foram às ruas contra o ajuste fiscal do governo federal, mas marcharam cada qual com sua turma. Apesar de unidas na crítica às medidas de austeridade, as centrais sindicais divergiram quanto ao tom dos ataques ao “pacote de maldades” do ministro Joaquim Levy. Em um ato unificado na Avenida Paulista, liderado por um caminhão de som a propagar o contraste entre a Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores, o grupo de Paulinho da Força, aliado de Aécio Neves nas eleições do ano passado, não poupou o governo. “Dilma mentiu, a vaca tossiu”, gritavam os integrantes do cordão laranja, ao lembrar a promessa da presidenta durante as eleições de não mexer, “nem que a vaca tussa”, em direitos e benefícios sociais. A Força chegou a invadir o pátio do prédio da Petrobras na Paulista, enquanto lideranças pediam a demissão da atual direção da estatal. Os integrantes da CUT, ligada historicamente ao PT, dispersaram-se. Unificado, o ato terminou dividido.

Pobre militante do PT

Por Bepe Damasco, em seu blog:

É de doer o coração o padecimento do militante do Partido dos Trabalhadores. Entregue à própria sorte, em meio à arena dos leões, ele tenta resistir como pode ao massacre midiático contra o governo do seu partido. Mas a solidão é grande. Diante de toda sorte de ataques sórdidos, vilanias e infâmias, o governo da presidenta Dilma adota o silêncio como tática suicida de luta. Seduzida, talvez, por aconselhamentos de marqueteiros ou paralisada diante de sua falta de jeito e vocação para a refrega política, a presidenta e seu círculo mais próximo de colaboradores conseguem não se incomodar com o escrachado movimento de desestabilização do seu governo que está em curso.

Globo ataca o Estado nacional

Por J. Carlos de Assis, no site Carta Maior:

O noticiário da Globo é tendencioso. Ninguém que seja medianamente informado pensará diferente. Entretanto, não sei se as vítimas desse noticiário perceberam que no afã de denegrir o Governo, o que está perfeitamente dentro de suas prerrogativas de imprensa livre, a Tevê Globo, sobretudo nas pessoas dos comentaristas William Wack e Carlos Sardenberg, passaram a atacar o Estado brasileiro, o que sugere crime de lesa-pátria.

Petrobras: A maior derrota em 12 anos

Por Breno Altman, em seu blog:

Pela primeira vez, desde 2003, a Petrobras deixará de ser dirigida por um representante do campo político-ideológico que governa o país, a julgar pelas notícias correntes.

O novo presidente da estatal provavelmente sairá dos quadros de seus adversários - leia-se, alguém crítico ao regime de partilha e à política de conteúdo nacional, talvez até favorável à sua privatização.

A matriz de todos os escândalos

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O noticiário de sexta-feira (6/2) marca a culminância da escalada de denúncias no escândalo da Petrobras. O ponto alto é a declaração de um dos acusadores, o ex-gerente executivo Pedro Barusco, segundo o qual o Partido dos Trabalhadores recebeu, ao longo de dez anos, um total que pode chegar a US$ 200 milhões de empresas que detinham os maiores contratos com a estatal. A denúncia produz o fenômeno das manchetes trigêmeas, que já se tornou rotina na imprensa brasileira.

A importância da comunicação pública

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em um governo, a coordenação das expectativas é arma tão ou mais relevante que a caneta.

É particularmente relevante na condução da política macroeconômica - daí a razão de, tantas vezes, ter criticado aqui a insuficiência do discurso do Ministro da Fazenda Guido Mantega.

A política econômica é composta por uma série de medidas. E é tão mais eficaz quanto menor for a resistência dos agentes econômicos.

O encontro com Fidel Castro

Por Frei Betto, no site da Adital:

Há tempos Fidel não se manifestava. Como me disse em Havana um cubano, "é gritante o silêncio do Comandante”. Muitos supunham que ele se encontrava muito doente, talvez recolhido a um hospital, e com seu estado de saúde tratado como segredo de Estado.

Pouco antes de eu viajar para Cuba, em meados de janeiro, correu a notícia de que Fidel havia morrido. Pela milésima vez... Jornalistas me ligaram interessados em saber se eu recebera confirmação de meus amigos de Cuba.

Tributação dos ricos: debate interditado

Por Paulo Gil Introíni, na revista Teoria e Debate:

A velha prática das classes dominantes de se apropriar das bandeiras populares mudando-lhes a natureza e o sentido tem sido recorrentemente aplicada ao debate da reforma tributária no Brasil. O motivo é evidente: a disputa sobre quem irá financiar o Estado e as políticas públicas é inerente à tributação. Trata-se de uma das expressões do conflito de classes.

PEC da Bengala está de volta

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A PEC da Bengala é uma das muitas ideias - novas e velhas - que o novo presidente da Câmara, Eduardo Cunha, trouxe no bolso do paletó.

Mantida no esquecimento desde o final de 2014, ela reapareceu na reunião de líderes, na noite de terça-feira.

Eduardo Cunha anunciou a intenção de votar o projeto, que aumenta de 70 para 75 anos a idade da aposentadoria compulsória para ministros do Supremo Tribunal Federal. Se a proposta vingar, o plenário do STF permanece com a mesma composição atual até o final do governo Dilma. Apenas uma vaga, já aberta pela aposentadoria de Joaquim Barbosa, será preenchida.

Como desmontar o golpe de FHC

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), do alto de seus 83 anos, tendo vivenciado como poucos brasileiros vivos todos os vícios das estruturas de poder, deveria ser o primeiro a se posicionar a favor de uma reforma política transformadora do grande problema institucional brasileiro, raiz do subdesenvolvimento, do patrimonialismo e da corrupção.

Vaccari e a operação policial PT-35

Por Renato Rovai, em seu blog:

A Polícia Federal é sempre muito criativa em dar apelidinhos chulos às suas operações. Alguns nomes ficaram na história e viraram pó, como a Castelo de Areia que foi soterrada porque atingia boa parte das mesmas empreiteiras que hoje estão na Lava Jato.

A operação de hoje foi denominada de My Way, título de uma famosa canção de Frank Sinatra.

Manifesto em defesa da Petrobras

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

Há quase um ano o País acompanha uma operação policial contra evasão de divisas que detectou evidências de outros crimes, pelos quais são investigadas pessoas que participaram da gestão da Petrobrás e de empresas fornecedoras. A ação institucional contra a corrupção tem firme apoio da sociedade, na expectativa de esclarecimento cabal dos fatos e rigorosa punição dos culpados.

Nenhum tucano vai para a cadeia?

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (2), “a Justiça de São Paulo decretou o bloqueio de R$ 282 milhões da multinacional francesa Alstom e do conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, Robson Marinho, réus em ação de improbidade movida pelo Ministério Público”. A revelação bombástica foi feita pelo jornalista Fausto Macedo, do Estadão, mas não mereceu as manchetes dos jornalões e nem os comentários hidrófobos dos “calunistas” das emissoras de rádio e tevê. Na sua seletividade escancarada, a mídia privada prefere destacar apenas as denúncias de corrupção contra a Petrobras, com o objetivo explícito de desgastar o governo Dilma. Os escândalos envolvendo os chefões tucanos foram arquivados no passado e seguem sendo abafados no presente. Se depender dos barões da mídia, nenhum tucano será preso – dado o peso simbólico que isto teria para desmascarar os falsos moralistas.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

A “reforma política” de Eduardo Cunha

Por Altamiro Borges

Se depender do novo presidente da Câmara dos Deputados, o lobista Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o sistema político e eleitoral brasileiro sofrerá graves retrocessos nesta legislatura. Ele nem acabou de ser empossado e já aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Reforma Política e a criação de uma comissão especial para analisar o polêmico tema. A pressa visa abortar a pressão da sociedade por uma reforma que amplie a democracia no país, com o fim do financiamento privado das campanhas eleitorais e a adoção de mecanismos de maior participação popular. Na prática, o deputado direitista – conhecido por suas rentáveis ligações com os empresários – defende um sistema político ainda mais restritivo e elitista, com o voto facultativo, a imposição da cláusula de desempenho, a adoção do voto distrital e a manutenção do financiamento privado.

Como cozinhar o governo Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O “parecer” do advogado de Fernando Henrique Cardoso foi – ainda que antes da hora – como aquela colher do caldo que se tira da panela para ver se o cozido já está “no ponto”.

O que cozinha, já ficou claro, é o governo – sempre é bom repetir, eleito pelo voto popular – de Dilma Roussef.

O dia em que a Folha criticou tucanos

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O projeto do governo Dilma de regulação comercial da mídia pode até ter ficado mais distante após a eleição do conservador Eduardo Cunha como presidente da Câmara, mas comentário de um leitor sobre o tema revela quão desinformados são os cidadãos comuns que fazem coro com os bilionários proprietários do oligopólio comunicacional que infecta o país.

Movimentos sociais: sem perder o foco

Editorial do site Vermelho:

A edição, por parte do Governo Federal, das Medidas Provisórias 664 e 665, alterando regras para acesso a benefícios previdenciários como, por exemplo, abono salarial, seguro desemprego, pensão por morte e auxílio doença, encontra justa resistência por parte dos movimentos sociais, em especial do movimento sindical.

Quem trabalha é que tem razão

Por Umberto Martins, no site da CTB:

A última reunião entre ministros do governo Dilma e dirigentes das centrais sindicais para debater medidas que reduzem direitos da classe trabalhadora sob a bandeira da austeridade fiscal, realizada em São Paulo terça-feira, 3, não registrou avanços. O impasse persiste e os sindicalistas estão convocando nova manifestação nacional para 26 de fevereiro.

Alckmin-2018 naufraga nas mentiras

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

“Brasil pra frente, Geraldo presidente!”

Esse grito foi lançado assim que Geraldo Alckmin terminou seu discurso de posse em janeiro. Esse plano corre um risco enorme diante do caos da falta de água em São Paulo e do Alckmin que emergiu disso: um mitômano na melhor tradição malufiana e um gestor medíocre.

Aécio e Renan batem boca no Senado

Marco Civil da Internet: a nova batalha

Por Helena Martins e Jonas Valente, na revista CartaCapital:

O caráter da Internet e os direitos e deveres dos usuários da rede são objetos de consulta pública promovida pelo Ministério da Justiça por meio de uma plataforma virtual. Iniciada na última quarta-feira (28), ela trata da minuta do decreto presidencial que vai regulamentar o Marco Civil da Internet**. Não é exagerado afirmar que o que está em jogo é o futuro das comunicações no Brasil.

A culpa de Dilma e o dolo de Ives Gandra

Por Fabio de Sá e Silva, no site Carta Maior:

Pode ser que com a anunciada demissão de Graça Foster e a substituição de toda ou quase toda a diretoria da Petrobrás, a empresa e seus atos de gestão deixem de ser objeto do superficial, mas corrosivo debate a que foram submetidos nos últimos meses.

Neste cenário, a saída de Foster seria sucedida pela nomeação de alguém bem visto pelo “mercado”, a estatal tornaria a contar com “confiança” de investidores e acionistas, e os olhos da opinião pública se voltariam para o rito mais formal e procedimentalizado da apuração das responsabilidades, no âmbito da operação Lava Jato.

O golpe paraguaio está em marcha

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Foi dada a largada. Em caudaloso artigo publicado domingo no Estadão, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deu a senha: como não há clima para um golpe militar, a derrubada do governo de Dilma Rousseff deve ficar por conta do Judiciário e da mídia, criando as condições para votar o impeachment da presidente no Congresso Nacional o mais rápido possível.