Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
O projeto do governo Dilma de regulação comercial da mídia pode até ter ficado mais distante após a eleição do conservador Eduardo Cunha como presidente da Câmara, mas comentário de um leitor sobre o tema revela quão desinformados são os cidadãos comuns que fazem coro com os bilionários proprietários do oligopólio comunicacional que infecta o país.
Esse comentário está sendo citado porque fez o blogueiro esbarrar em uma verdadeira pérola. Qual seja, matéria antiga da Folha de São Paulo sobre regulação da mídia no Brasil e em outros países.
Antes da reprodução dessa matéria, porém, confira, abaixo, o comentário do leitor supracitado. Ele comentou resposta deste que escreve a outro leitor, explicando como funciona a regulação da mídia nos EUA, onde a audiência de cada veículo é limitada pela lei do país no âmbito da proibição de oligopólios nas comunicações.
Guilherme Gusmão
Enviado em 05/02/2015 as 01:13 | Em resposta a eduguim.
Cara, você tem certeza disso que escreveu? Estou imaginando um fiscal do governo americano passando de casa em casa e desligando as televisões depois de perceber que um determinado canal avançou a cota de audiência. Seria possível citar a fonte? Pois é difícil de acreditar nisso!
Foi explicado ao leitor que o órgão estadunidense que trata de combater a chamada “propriedade cruzada” chama-se Federal Communications Commission e só permite um certo nível de audiência das televisões. E que, ultrapassada essa audiência, o veículo tem que se desfazer de retransmissoras de sua programação.
Como o leitor pediu a fonte dessa afirmação, apesar de ela ser bastante conhecida entre os que militam pela democratização da comunicação e mesmo entre os profissionais da grande imprensa, o editor desta página entendeu ser válido fornecer mais informações a alguém que talvez tenha opiniões erradas por falta de informação, apenas.
Eis que na busca de informações sobre regulação da mídia norte-americana surge uma surpreendente matéria da Folha de São Paulo de 14 anos atrás (2001), já no fim do governo Fernando Henrique Cardoso.
Além de o texto explicar muito bem como o Brasil já caminhava na contramão do mundo desenvolvido no que diz respeito às comunicações, ainda explica como EUA e Europa eliminaram essa distorção absurda que faz da mídia brasileira esse horror de parcialidade e irresponsabilidade ao qual estamos acostumados.
Por fim, a matéria “Política de mídia está na contramão da de EUA e Europa”, publicada no jornal Folha de São Paulo de 14 de outubro de 2001, mostra por que o PSDB, até hoje, tem tanto apoio da mídia oligopolizada que temos no país. FHC tratou de evitar que o Brasil adotasse regras para o setor de comunicação que só o Terceiro Mundo não adotou, à época.
Confira, abaixo, a excelente reportagem da Folha de 14 de outubro de 2001. Reportagem que, aliás, contraria tudo o que a mídia – inclusive a própria Folha – diz hoje sobre regular o setor de comunicações.
O projeto do governo Dilma de regulação comercial da mídia pode até ter ficado mais distante após a eleição do conservador Eduardo Cunha como presidente da Câmara, mas comentário de um leitor sobre o tema revela quão desinformados são os cidadãos comuns que fazem coro com os bilionários proprietários do oligopólio comunicacional que infecta o país.
Esse comentário está sendo citado porque fez o blogueiro esbarrar em uma verdadeira pérola. Qual seja, matéria antiga da Folha de São Paulo sobre regulação da mídia no Brasil e em outros países.
Antes da reprodução dessa matéria, porém, confira, abaixo, o comentário do leitor supracitado. Ele comentou resposta deste que escreve a outro leitor, explicando como funciona a regulação da mídia nos EUA, onde a audiência de cada veículo é limitada pela lei do país no âmbito da proibição de oligopólios nas comunicações.
Guilherme Gusmão
Enviado em 05/02/2015 as 01:13 | Em resposta a eduguim.
Cara, você tem certeza disso que escreveu? Estou imaginando um fiscal do governo americano passando de casa em casa e desligando as televisões depois de perceber que um determinado canal avançou a cota de audiência. Seria possível citar a fonte? Pois é difícil de acreditar nisso!
Foi explicado ao leitor que o órgão estadunidense que trata de combater a chamada “propriedade cruzada” chama-se Federal Communications Commission e só permite um certo nível de audiência das televisões. E que, ultrapassada essa audiência, o veículo tem que se desfazer de retransmissoras de sua programação.
Como o leitor pediu a fonte dessa afirmação, apesar de ela ser bastante conhecida entre os que militam pela democratização da comunicação e mesmo entre os profissionais da grande imprensa, o editor desta página entendeu ser válido fornecer mais informações a alguém que talvez tenha opiniões erradas por falta de informação, apenas.
Eis que na busca de informações sobre regulação da mídia norte-americana surge uma surpreendente matéria da Folha de São Paulo de 14 anos atrás (2001), já no fim do governo Fernando Henrique Cardoso.
Além de o texto explicar muito bem como o Brasil já caminhava na contramão do mundo desenvolvido no que diz respeito às comunicações, ainda explica como EUA e Europa eliminaram essa distorção absurda que faz da mídia brasileira esse horror de parcialidade e irresponsabilidade ao qual estamos acostumados.
Por fim, a matéria “Política de mídia está na contramão da de EUA e Europa”, publicada no jornal Folha de São Paulo de 14 de outubro de 2001, mostra por que o PSDB, até hoje, tem tanto apoio da mídia oligopolizada que temos no país. FHC tratou de evitar que o Brasil adotasse regras para o setor de comunicação que só o Terceiro Mundo não adotou, à época.
Confira, abaixo, a excelente reportagem da Folha de 14 de outubro de 2001. Reportagem que, aliás, contraria tudo o que a mídia – inclusive a própria Folha – diz hoje sobre regular o setor de comunicações.
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