Por Altamiro Borges
O jornal Estadão, que nasceu no século retrasado publicando
anúncios da venda de escravos, não nega o seu passado escravocrata. Na semana
passada, no editorial intitulado “O preço do radicalismo”, o jornalão culpou os
próprios operários pelas ameaças de demissões da montadora GM, em
São José dos Campos (SP). Na ótica da falida e decadente famiglia Mesquita, a
resistência dos trabalhadores à brutal exploração patronal emperrou a multinacional. O
melhor, aconselha, teria sido eles aceitarem o retorno à escravidão!