domingo, 17 de março de 2013

Chávez e os novos militares

Por Mauro Santayana, em seu blog:

A morte, prematura, de Hugo Chávez, deixa uma certeza: a Venezuela não voltará a ser o país que foi antes de sua presença no Palácio de Miraflores. Como anotou o New York Times, o presidente não construiu auto-estradas nem grandes edifícios, mas legou a seu povo uma nova forma de ver e sentir o país. E esse povo não voltará a aceitar as regras antigas de submissão social. Chávez não era predestinado ao poder, como tantos outros líderes militares latino-americanos, que viam as forças armadas como “a última aristocracia”.A definição é do poeta argentino Leopoldo Lugones, ao discursar no centenário da Batalha de Ayacucho, travada em 1826 no Alto Peru, que expulsou os espanhóis de nosso continente.

A perseguição às rádios comunitárias


A organização Artigo 19 e a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (Amarc Brasil), com apoio do Movimento Nacional das Rádios Comunitárias (MNRC), estiveram em Washington no dia 11 de março (segunda) para denunciar violações ao direito humano à comunicação no Brasil. A ação foi realizada em uma audiência temática da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), órgão da Organização dos Estados Americanos (OEA), que abordou questões relativas às rádios comunitárias.

Campos e o jantar com os empresários

Por Renato Rovai, em seu blog:

Só Dilma pode tornar Eduardo Campos um candidato forte. Já afirmei isso aqui. Elegê-lo então será um desafio hercúleo não só para Dilma, como para boa parte dos seus ministros e também para o PT.

Uma das formas de fortalecer o governador de Pernambuco é continuar fazendo o que boa parte dos assessores e ministros continuam fazendo, dialogando pouco. Campos já percebeu isso. E ontem em jantar com 60 empresários na casa do dono da Riachuelo, disse: “O governo, além de tudo, às vezes não dialoga. A solução é falar com o governo pela imprensa. Não quer me receber? Você pode tuitar.”

Chávez e os excluídos dos EUA

Por Deisy Francis Mexidor, no sítio Vermelho:

"Os Estados Unidos perderam um amigo que nunca souberam que tinham e os pobres do mundo um defensor", lamentou o ator Sean Penn quando recebeu a notícia da morte do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

E de suas palavras podem dar fé hoje os quase dois milhões de estadunidenses de baixos rendimentos que receberam calefação gratuita para se proteger do rigoroso inverno graças à solidariedade do mandatário.

"Salve Jorge" faz mal à saúde mental

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Você assiste à novela das 9, Salve Jorge?

Eu também não. Mas eu tentei. Duas vezes. Na primeira, numa zapeada, fiquei 30 segundos. Parei num esgar de Claudia Raia. Na segunda, uma frase idiota de Giovanna Antonelli, que faz uma delegada, bastou.

Qual o sentido de seguir uma telenovela? Não são assunto de boas conversas, não interessam, ninguém se importa. Veja os números. Segundo o Ibope, Salve Jorge é a novela das 9 com pior índice de audiência em todos os tempos, com 31,9 pontos de média. A atração anterior, Avenida Brasil, cravou 39, o que já não era um estouro.

Jornal Nacional se ajoelha para o papa

Por Lino Bocchini, no blog Desculpe a nossa Falha:

A exemplo de quarta-feira, quando foi eleito o novo papa, o Jornal Nacional de ontem também foi quase todo dedicado ao assunto. Com a íntegra em mãos, planejava contar quantas vezes, em 33 minutos de noticiário, determinadas palavras apareceram. Desisti após o primeiro bloco, quando já se somavam 23 “papas”, sete “Jesus Cristo”, seis “missa” e uma pilha de “cardeais”, “igreja”, “basílica”, “deus”, “cúria”, “senhor” etc. Montei então o roteiro de frases abaixo, todas ditas pelos apresentadores William Bonner (nos estúdios da Globo no Rio) e Patrícia Poeta (no Vaticano) e pelos repórteres da emissora que fizeram a cobertura por lá, na Argentina e em Jerusalém. É bom sublinhar que esse texto nem de longe consegue retratar o que foi essa edição do JN de fato. Tudo o que é descrito a seguir vinha acompanhado da entonação certa, trilha “emocionante”, edição cuidadosa, sorrisos etc. As frases estão em ordem de aparição no programa:

Dom Bergoglio e dom Paulo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Um número grande de leitores do blogue tem escrito para reclamar de meus textos sobre o novo Papa.

A queixa mais recente envolve uma citação. Em nota recente, defini o jornalista Horácio Verbitsky como uma das grandes autoridades sobre direitos humanos na Argentina. Os leitores escrevem para lembrar que Verbitsky participou do grupo armado Montoneros, que cometeu sequestros e até execuções de inimigos durante o regime militar.

O jornal que incomoda fardas e batinas

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

Na manhã seguinte ao anúncio de um Papa argentino, o jornal ‘Página 12’ sacudiu Buenos Aires com a manchete: ‘!Dio, Mio!’

Na 6ª feira, dois dias depois, como relata o correspondente de Carta Maior, Eduardo Febbro, direto do Vaticano, o porta-voz da Santa Sé reclamou do que classificaria como ‘acusações caluniosas e difamatórias’ envolvendo o passado do Sumo Pontífice.

PSDB quer entregar o pré-sal

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Nos anos 1990, o governo Fernando Henrique Cardoso vendeu por cerca de cem bilhões de dólares um portfólio de patrimônio público que, à época, valia, no mínimo, o triplo. Para que se possa mensurar o tamanho do roubo de patrimônio, a mineradora então chamada Vale do Rio Doce foi vendida a estrangeiros por cerca de um ano de faturamento.

sábado, 16 de março de 2013

Vale-Cultura não é da TV Globo

Por Altamiro Borges

A pressão social muitas vezes consegue reverter péssimas ideias dos governantes. Nesta terça-feira, a ministra Marta Suplicy anunciou que desistiu de incluir a TV por assinatura no programa Vale-Cultura. “Foram fundamentais os encontros que tive nos fóruns de cultura em Porto Alegre e Belo Horizonte, com mais de 500 pessoas. Sou uma pessoa que escuta. Coloquei argumentos a favor e ouvi também os contra. Fui pesando e decidi, então, que vamos focar no teatro, na música e no livro”, afirmou durante um evento em São Paulo.

Merval e a falta de pudor dos juízes

Por Altamiro Borges

Para quem duvida do pacto firmado entre os barões da mídia, a oposição tucana e setores do Judiciário, a foto do lançamento do livro “Mensalão”, do jornalista Merval Pereira, nesta semana em Brasília, é bem emblemática. O “imortal” da Academia Brasileira de Letras e fiel escudeiro da famiglia Marinho aparece ladeado pelo senador mineiro Aécio Neves, o cambaleante presidencial do PSDB, pelo ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Carlos Ayres de Britto, e pelo sinistro Gilmar Mendes.

O lobby midiático pela alta dos juros

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

As políticas de “austeridade” neoliberal desintegram a Europa, com recordes de desemprego, suicídios e outros dramas sociais, mas a mídia rentista não desiste da sua cruzada pela retomada da alta dos juros no Brasil. Nos últimos dias, os jornalões e emissoras de tevê intensificaram o lobby para pressionar o Banco Central a elevar a taxa básica de juros, a Selic. Os chamados “analistas de mercado” – nome fictício dos porta-vozes dos agiotas financeiros – foram escalados para bombardear a sociedade num coro uníssono e repetitivo.

O jogo matreiro de Gilberto Kassab

Por Altamiro Borges

Na fundação do PSD, o ex-prefeito Gilberto Kassab teorizou que o seu partido “não é de esquerda, nem de direita e nem de centro” – quase a mesma tese “pós-moderna” defendida por Marina Silva na criação da Rede. Esta definição serve para muitas coisas, inclusive para justificar o pragmatismo exacerbado. No caso do ex-demo, ela possibilita que o novo partido faça acordos com a oposição e a situação, num jogo matreiro do vale-tudo. Isto ficou nítido nesta semana, quando Kassab deu um fora em Dilma Rousseff. 

Lula entra na briga por São Paulo

Por Altamiro Borges

A propaganda do PT paulista veiculada na rádio e tevê na quarta-feira (13) deve ter deixado muitos tucanos preocupados. Nela, o ex-presidente Lula foi a principal estrela e insinuou que pode vir a disputar o governo estadual em 2014. “Temos sido o partido que mais fez pelo Brasil. Está na hora agora de a gente ser o partido a fazer mais por todo o estado de São Paulo”, afirmou no comercial de 30 segundos. A presidenta Dilma também foi escalada e falou das recentes reduções da conta de luz e dos impostos da cesta básica.

Sardenberg prega privatizar Petrobras

Por Altamiro Borges

Com grande alarde na mídia, o PSDB realizou nesta semana um evento para discutir a “crise” da Petrobras. Na maior caradura, Aécio Neves, o cambaleante presidenciável tucano, defendeu “reestatizar” a empresa. Nas entrelinhas, porém, ele deixou escapar que prega o retorno das concessões de petróleo e é contra o modelo de partilha no pré-sal – que garante maior soberania ao Brasil. Na prática, os tucanos gostariam que a Petrobras se chamasse Petrobrax e que fosse privatizada. O que eles não têm coragem de explicitar por motivos eleitoreiros, o jornalista Carlos Alberto Sardenberg escancarou em artigo ontem no jornal O Globo.

sexta-feira, 15 de março de 2013

Serra bica Aécio. PSDB vai implodir?

Por Altamiro Borges

A mídia até que tentou ocultar ao máximo as sangrentas bicadas no ninho tucano, mas não deu mais para conter a sangria. Nesta semana, os jornalões finalmente deram destaque para a violenta disputa entre o mineiro Aécio Neves, o cambaleante presidencial do PSDB, e o paulista José Serra, o eterno candidato da legenda. O clima é de guerra e há risco real de implosão no principal partido da oposição de direita. Serra já mandou avisar que só fica na sigla se abocanhar a sua presidência nacional.

Chávez e a América Latina

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Em 14 anos promoveu 17 eleições (a 18ª travar-se-á no dia 14 de abril ainda em torno de sua legenda) e ganhou nada menos de 16! Mas é um ‘ditador’, diz o Departamento de Estado dos EUA e o repetem nossos jornalões, reproduzindo suas matrizes ideológicas.

Convocou por plebiscito uma Constituinte autônoma e a confirmou em referendo. Nossa democracia, vencida com tanta dor a ditadura (cujos crimes só agora começam a ser oficialmente apurados!), teve de se conformar com um Congresso ordinário (inchado até com senadores biônicos) autoinvestido de poderes constituintes.

Ao invés de PNBL, privilégio e monopólio

Por Carlos Lopes, no jornal Hora do Povo:

Somente entre 2005 e 2012, a receita líquida - ou seja, depois de pagos os impostos e feitos alguns descontos - dos monopólios de telecomunicações no Brasil montou a R$ 911 bilhões e 437 milhões, quase um trilhão de reais.

Os números de cada ano estão na Pesquisa Anual de Serviços do IBGE (e, no caso de 2011 e 2012, como ainda não foram publicadas as pesquisas do IBGE referente a esses anos, usamos os números do próprio balanço das teles).

Mídia calada sobre golpe da TelexFree

Por Antônio Mello, em seu blog:

Quando acontece uma situação como a de agora, em que a mídia alternativa vem divulgando há semanas o golpe da empresa TelexFree, que montou um esquema de pirâmide capaz de movimentar este ano R$ 1 bilhão, vê-se que não servem para nada os jornalões, as grandes redes de TV, que se omitem e não dão cobertura nem denunciam a fraude que a cada dia lesa mais e mais brasileiros.

Kamel persegue e "Veja" comemora

Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Quem diria, virei notícia!

O Radar on-line, da Veja, acaba de dar uma nota, repercutida imediatamente pelo portal Imprensa, noticiando que devo indenizar Ali Kamel, o todo-poderoso do jornalismo da TV Globo.
 
O valor que o juiz arbitrou: 15 mil reais.
 
No entanto, devo informar a todos que a nota está incompleta.