sábado, 19 de outubro de 2013

Folha mantém fraude jornalística

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Meio que na surdina durante uma semana de baixa temperatura política, uma das mais impressionantes fraudes jornalísticas dos últimos anos foi praticada e, mesmo após ter sido desmascarada, vem sendo mantida por quem praticou.

Na última quarta-feira, a Folha de São Paulo publica em destaque, no alto de sua primeira página, em tom de denúncia, a informação de que a presidente Dilma aumentou o ritmo de viagens pelo país para entregar até “casas sem água e luz”.

A ditadura não é página virada

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

“Não nos importamos com os mortos e desaparecidos políticos? Hoje somem Amarildos. Não nos importamos com a tortura de presos políticos? Hoje jovens negros, pobres e da periferia são torturados, todos os dias, da mesma forma. O que buscamos mostrar no filme é exatamente isso: que a impunidade do passado dá carta branca à impunidade do presente.” O depoimento é de Paula Sacchetta, co-diretora do documentário “Verdade 12.528″, que trata da importância da Comissão Nacional da Verdade, através de depoimentos de vítimas da repressão, ex-presos políticos e outras pessoas afetadas direta ou indiretamente pela Gloriosa entre 1964 e 1985. O doc estreia na 37a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo neste sábado (19).

Bancada ruralista: tudo pela terra

Por Najar Tubino, no sítio Carta Maior:

É a maior bancada do Congresso Nacional. Oficialmente conta com 162 deputados e 11 senadores, sob a sigla de Frente Parlamentar da Agropecuária. Para se registrar como frente é necessário um terço dos congressistas (198). Porém, a bancada conta com uma legião de adeptos de última hora. A pesquisadora da USP Sandra Helena G. Costa pesquisou a vida de 374 deputados e senadores para fazer a tese “Questão agrária e a bancada ruralista no Congresso Nacional”. Inclusive com o histórico familiar e a participação na política brasileira na formação das oligarquias regionais. Sem contar 23 que não tem nenhum imóvel registrado ou qualquer ligação empresarial com o agronegócio, os restantes 351 declaram possuir 863.646,53 hectares. Os dados foram consultados nos arquivos do TSE e no cadastro do INCRA.

É preciso entender as redes e as ruas

Por Glauco Faria e Igor Carvalho, na revista Fórum:

“O caso Snowden é o último elo de uma cadeia que vem vindo de várias outras que já entenderam o enorme potencial das redes, de politizar as questões simplesmente pela circulação dos fluxos de informação. Por quê? Porque se o Estado e o mercado podem saber tudo sobre a população, explorando isso do ponto de vista do controle, por outro lado os movimentos também podem.” A ponderação é de Laymert Garcia dos Santos, doutor em Ciências da Informação pela Universidade de Paris VII e professor titular do Departamento de Sociologia do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, e remete à importância de se debater o funcionamento das redes e sua relação com as ruas, algo que veio à tona com as manifestações de junho no Brasil.

Domínio de fato e a má fé no STF

Por Luis Nassif, em seu blog:

Luis Greco, 35, e Alaor Leite, 26, apresentados na Folha como "doutor e doutorando, respectivamente, em direito pela Universidade de Munique (Alemanha), sob orientação de Claus Roxin, traduziram várias de suas obras para o português" escreveram o artigo "Fatos e mitos sobre a teoria do domínio do fato".

Nele, liquidam com a versão da teoria engendrada pelo Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Lula, internet e a mídia tradicional

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em sua conta no Facebook, Lula fez esta semana o elogio da “fantástica” internet. Colocou-a, com razão, como uma alternativa à voz única, e altamente conservadora, que domina a mídia tradicional.

O real debate em torno das coisas do Brasil se trava hoje na internet, um território florescente que não é e nem jamais será dominado por um pequeno grupo de famílias interessadas na manutenção de privilégios velhos como o bigode de Rio Branco.

Vinicius: "Operário em construção"

Vinicius de Moraes e o golpe militar

Do blog Socialista Morena:

Nos 100 anos de Vinicius de Moraes, republico a investigação do jornalista Marcelo Bortoloti sobre um episódio até hoje nebuloso: a demissão do poeta, diplomata de carreira, do Itamaraty durante a ditadura militar. O texto foi originalmente publicado em maio deste ano no blog do Instituto Moreira Salles (link aqui).

Para reparar a injustiça, em 2010 o presidente Lula sancionou a lei que concedeu a Vinicius o título de embaixador, em promoção póstuma.

Resposta ao editorial do Estadão


É uma pena que um dos maiores jornais do país, o Estado de S. Paulo, tenha dedicado seu editorial para reduzir a questões eleitorais partidárias um debate muito maior e mais importante, que é a mobilidade da cidade de São Paulo.

“O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, assumiram o papel de defensores dos sem-carro e passaram a combater, sem pensar nas consequências, a multidão dos que se atrevem a sair às ruas em seus automóveis, mesmo tendo de enfrentar grandes congestionamentos todos os dias”, afirma o jornal. E acusa o prefeito e o secretário de transportes de não se importarem com “os donos dos 7 milhões de veículos da capital”.

A mídia e o efeito Marina

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

A julgar pelas pesquisas, o segundo turno das próximas eleições presidenciais seria possível se Marina Silva fosse cabeça de chapa. É a observação que cabe nas circunstâncias. Falta, porém, um ano para o pleito e é tempo longo, tanto mais porque a agenda não inclui apenas a campanha, decerto muito acirrada, mas também a disputa de um Mundial de futebol, aqui mesmo, nos nossos estádios bilionários.

Serra é candidatíssimo a presidente

Por José Dirceu, em seu blog:

José Serra é candidatíssimo. Vai tentar e brigar para ser. A presidente da República. Em 2014. Esse é o fato político do dia que a mídia esconde, nem sei o porquê, mas não tem outro sentido suas afirmações de ontem, em Brasília, quando Serra avisa: “Eu não me aposentei da política. Muito pelo contrário.” E quando reforça: “Estou disponível para o partido para o que ser e vier”.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

O avesso do "padrão Fifa"

Por Eduardo Fagnani, na revista Teoria e Debate:

A partir do final dos anos de 1970 a ideologia neoliberal ganha expressão no cenário internacional. No plano econômico, a estratégia imposta aos países subdesenvolvidos para ajustarem-se à nova ordem capitalista mundial foi sintetizada no chamado Consenso de Washington. No campo político, foram estreitadas bases da democracia liberal representativa. No campo social, destacam-se duas frentes da ofensiva dos mercados. Primeiro, o “ataque” aos direitos trabalhistas, pela decisão de “quebrar a espinha dorsal” dos sindicatos e dos movimentos organizados da sociedade e ampliar os espaços para desregulamentar as relações de trabalho.

Lula espinafra mídia terrorista

Índios: os ruralistas contra-atacam

Por Bruna Bernacchio, no sítio Outras Palavras:

O chamado da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) levou milhares de pessoas às ruas para protestar, na semana de Mobilização Nacional Indígena, em pelo menos dez cidades do país e fora dele, em Londres. Durante cinco dias, representantes de mais de cem etnias ficaram acampados em frente ao Congresso Nacional, em Brasília – cenas que não se via desde a Constituinte.

Serra volta e atropela Aécio

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Em 2010, José Serra não queria prévias, lançou-se candidato a presidente em cima da hora e batalhou até o fim para ter Aécio Neves como vice na chapa do PSDB.

Neste ano, os papéis se inverteram: Serra não desistiu de ser candidato, quer prévias para enfrentar Aécio e já avisou que não aceita ser vice do mineiro.

Os fantasmas de Lampedusa

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Berço de antigas civilizações, o Mar Mediterrâneo abriu suas águas, por dezenas de séculos, para receber, em ventre frio e escuro, os corpos de milhares de seres humanos.

Mar de vida, morte e sonho, Ulisses, na voz de Homero, singrou suas águas. E tampando os ouvidos, para não escutar o canto das sereias, aportou em imaginárias ilhas, fugindo de Cíclope e Calipso, para enfrentar, a remo e vela, os ventos de Poseidon em fúria.

Lula pede debate; que lidere a polêmica

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O ex-presidente Lula postou ontem à noite, em seu Facebook, um apelo para que seus apoiadores usem “essa ferramenta fantástica que é a internet para falar do nosso projeto, mostrar o que já fizemos e, claro, ouvir críticas, sugestões e questionamentos”.

Tem toda a razão, porque este é hoje, já não tenho qualquer dúvida, o grande fórum de reunião, debate, identidade e mobilização social.

A inovação democrática no Equador

Por Franklin Ramírez Gallegos, no sítio Vermelho:

A questão é trabalhar para que os órgãos representativos eletivos se articulem e complementem a representação da sociedade civil em várias arenas de interação socioestatal. Isso pode contribuir para a total relegitimação global da política democrática e para sairmos do impasse entre políticos e cidadãos.

A perversidade do racismo no Brasil

Por Marcos Aurélio Ruy, no sítio da UJS:

O capítulo Segurança Pública e Racismo Institucional, da quarta edição do Boletim de Análise Político-Institucional (Bapi) do Instituto de Pesquisa econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira (17), mostra mais uma vez a necessidade de políticas públicas de combate ao racismo no país (saiba mais aqui).

O esvaziamento intelectual de Serra

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há tempos aponto o esvaziamento intelectual de José Serra. É incapaz de produzir uma entrevista com uma ideia original sequer. Não consegue desenvolver teses sobre nenhum dos grandes temas contemporâneos, políticas sociais, inovação, abertura comercial, desindustrialização.

A exemplo do Conselheiro Acácio, seu repertório de respostas limita-se a identificar um aspecto negativo em qualquer tema que lhe é perguntado e resumir sua resposta a isso. É incapaz de ir ao centro da questão, identificar o fator central e desenvolver uma ideia minimamente sofisticada. São chavões de bar em cima de bordões de turba, um niilismo medíocre e cansativo.