sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Nem governismo cego e nem esquerdicídio

Por Renato Rovai, em seu blog:

Desde a eleição de Lula para presidente da República, em 2002, se acentuou uma disputa no campo progressista entre um setor que defende todas as ações do governo em nome da governabilidade e de um outro que apoiou Lula na sua primeira candidatura, mas que foi ampliando sua crítica às políticas adotadas pelo governo petista desde a reforma da Previdência, em 2003.

"Charlie": Uma charge, muitas perguntas

Osval/Rebelión
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Como não podia deixar de ser, os jornais de quinta-feira (8/1) abrem grandes manchetes para noticiar o atentado contra o semanário francês Charlie Hebdo. As edições dos diários brasileiros não podiam ser mais homogêneas e previsíveis, como se os editores tivessem planejado cada uma delas em uma mesma reunião de pauta. Mas, embora sobrem muitas questões a serem abordadas, o essencial está dito: a democracia precisa inventar uma maneira de se defender sem abrir mão daquilo que a caracteriza e justifica.

O Globo demite. Cadê os "calunistas"?

Por Altamiro Borges

Em mais uma prova de que a mídia impressa está agonizando, o jornal O Globo efetuou nesta quinta-feira (8) um drástico corte em sua redação. Ainda não há dados oficiais e o Sindicato dos Jornalistas do Rio de Janeiro sequer foi comunicado previamente sobre o facão. Fala-se de 18 a 30 funcionários sumariamente dispensados, entre repórteres, editores e colunistas. Segundo o Portal Imprensa, "entre os demitidos estão Fernanda Escóssia, ex-editora de 'País'; os colunistas Jorge Luiz ('Esporte'), Artur Xexéo ('Cultura') e Agostinho Vieira ('Meio Ambiente'); e a ex-editora de 'Rio', Angelina Nunes". A lista macabra também incluiria as repórteres Carla Alencastro, Isabela Bastos, Laura Antunes e Paula Autran, além dos diagramadores Claudio Rocha e Télio Navega. 

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

A saúde, a saúva e a virtude

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

Nenhuma outra corporação profissional se destacou tanto na guerra aberta à reeleição da Presidente Dilma quando a do jaleco branco.

O pleito foi o ápice de uma espiral de colisões iniciada em 2013, quando as entidades médicas alinharam-se ao conservadorismo mais feroz na oposição ao programa ‘Mais Médicos’.

Classificada como uma fraude, a iniciativa federal de levar cerca de 5,5 mil profissionais cubanos a rincões não cogitados por médicos brasileiros mereceu do Cremesp, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a seguinte nota, em maio de 2014: ‘Tomaremos iniciativas políticas e eventuais medidas judiciais para impedir essa afronta à saúde da população e à dignidade da medicina brasileira’.

Dr. Anastasia, melhore seus álibis

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O problema das feitiçarias é que elas acabam atingindo os aprendizes de feiticeiro.

É claro que Paulo Roberto Costa montou uma estrutura de apoios políticos para manter sua roubalheira na Petrobras.

Era um, como se diz no jargão da política eleitoral, “viabilizador” de recursos.

Atentado na França... e ódios no Brasil

Regulação da mídia, será que agora vai?

Por Renata Mielli, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé;

O objetivo da edição 2397 da revista Veja era garantir a derrota da candidata Dilma Rousseff. A divulgação antecipada de sua capa foi tratada como a bala de prata da elite brasileira contra a esquerda e os “petralhas”.

Riram antes, choraram depois. Ficaram atônicos e sem compreender como foi possível a reeleição mesmo com a guerra sem tréguas travada pelos principais veículos de comunicação contra o governo, contra o Partido dos Trabalhadores, e contra a própria Dilma.

E o mundo vai piorar, tenham certeza!

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Há muito para se lamentar no assassinato coletivo da redação do Charlie Hebdo.

Na realidade, tudo é lamentável: as mortes covardes; o silêncio imposto a raros talentos que não perderam a coragem de suas ideias.

Mas o atentado de ontem provavelmente irá gerar um efeito muito pior, mais destrutivo, mais vergonhoso, do que ele próprio.

O terrorismo e o suicídio europeu

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

O ato terrorista contra os jornalistas do Charlie Hebdo francês, em Paris, que também provocou a morte de um funcionário da revista, de dois policiais no ato e possivelmente de mais um em tiroteio posterior – num total de 12 mortos –, são apenas pontas de uma mesma ameaça.

A Europa inteira está assentada sobre uma bomba-relógio. Não é uma bomba comum, porque casos como o do Charlie Hebdo mostram que ela já está explodindo. Nas pontas da bomba estão duas forças antagônicas, com práticas diferentes, porém com um traço em comum: a intolerância herdeira dos métodos fascistas de antigamente – e de sempre.

Globo passou a perna no editor

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Em 1962 a Globo associou-se ao grupo Time-Life, em um momento em que as redes norte-americanas tentavam se internacionalizar. Recebeu cerca de US$ 6 milhões, a dólares da época, e um know-how imbatível de operação.

Foi beneficiada por uma CPI conduzida por João Calmon, dos Diários Associados, que levou os gringos a venderem sua parte. O próprio Roberto Marinho adquiriu com financiamento do Banco Nacional autorizado por José Luiz de Magalhães Lins.

Tim Maia e as falsificações da Globo

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Vi muita gente escandalizada com o fato de a Globo ter cortado, na minissérie que pretendia ser um resumo do filme sobre Tim Maia, os trechos em que Roberto Carlos desprezava o ex-colega de banda. O filme - e, portanto, a minissérie - foram baseados no livro Vale Tudo, de Nelson Motta.

Talvez por não envolver um ídolo tão popular, outros casos muitos parecidos e recentes de tentativas da emissora de reescrever a História não mereceram a mesma atenção.

Intelectuais apoiam mudanças na Grécia

Do site Vermelho:

Mais de 300 intelectuais e acadêmicos de renome internacional pediram, nesta quarta-feira (8), em um comunicado o fim das medidas de austeridade e o direito do povo grego a decidir livremente as eleições do próximo dia 25 de janeiro.

O texto publicado na Internet em cinco idiomas, sob o título de "El Cambio en Grécia", a mudança na Europa, a mudança para todos", foi subscrito por personalidades como Noam Chomsky, David Harvey, Marta Harnecker, Immanuel Wallerstein, entre outros.

Lava Jato pode atingir a oposição

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A se confirmar reportagem da Folha de São Paulo que afirma que o deputado pelo PMDB fluminense Eduardo Cunha, supostamente “favorito” para presidir a Câmara dos Deputados no início da próxima Legislatura, está entre os citados na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, poder-se-á concluir que, antes arma política anti-PT, essa Operação pode melhorar o Brasil.

Tim Maia e o vale tudo no plim-plim

Por Paulo Pacheco, na revista CartaCapital:

Vilão no filme Tim Maia (2014), Roberto Carlos virou herói na minissérie exibida pela Globo a partir do próprio longa-metragem, que foi reeditado e transformado numa mistura de ficção com documentário. No filme, Roberto Carlos, no auge da juventude e já famoso, esnoba Tim Maia, então em início de carreira. Na minissérie, Roberto Carlos é apresentado como o artista que lançou Tim Maia.

O governo Dilma está numa encruzilhada

Editorial do jornal Brasil de Fato:

O governo Dilma está numa encruzilhada. E o caminho que escolher vai definir não apenas os quatro anos de seu mandato, mas também antecipará os resultados de 2018.

A classe dominante brasileira e a direita saíram das eleições com mais força política e social. Não só pela vitória apertada da candidatura Dilma no segundo turno, mas por outras situações criadas.

Morte em Paris e dilemas da Europa


Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Uma das hipóteses mais lúgubres do sociólogo Immanuel Wallerstein concretizou-se, em parte, esta manhã em Paris. Dois homens encapuzados e vestidos de negro, aparentando (ou simulando) ser fundamentalistas islâmicos, invadiram a sede de um jornal satírico francês, o Charlie Hebdo, e executaram, a rajadas de metralhadoras, ao menos doze pessoas. Entre os mortos estão o editor da publicação e outros três chargistas de enorme talento e renome internacional. Charlie Hebdo é irreverente, inclinado à esquerda e crítico às instituições religiosas. Esta postura levou-o, algumas vezes, a provocar o islamismo, religião de milhões de imigrantes oprimidos e discriminados na Europa.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Atentado fortalece o fascismo europeu

Por Altamiro Borges

O atentado terrorista à sede da revista Charlie Hebdo, na manhã desta quarta-feira (7), em Paris, gera ainda maiores temores sobre o futuro do velho continente. A onda fascista que contagiou a Europa nos últimos anos, em decorrência da grave crise econômica, tende a ganhar maior impulso – com o fortalecimento de organizações racistas e xenófobas, o crescimento de grupos paramilitares e as vitórias eleitorais dos partidos da direita. Ainda sem a confirmação da autoria dos responsáveis pelo crime, a acusação já recai sobre os grupos fundamentalistas islâmicos. A perseguição à comunidade mulçumana, numa região já contaminada pelo ódio e o preconceito, deve crescer. O fascismo ronda a Europa.

A agonia da Editora Abril

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A retirada do busto de Victor Civita do saguão da sede da editora Abril neste começo de janeiro é um capítulo dramático do declínio acelerado daquela que foi uma das maiores empresas de jornalismo.

A Abril está morrendo.

Victor Civita foi abatido porque a Abril já não tinha mais como bancar o aluguel do megalomaníaco prédio da Marginal de Pinheiros.

A concentração da mídia e a democracia

Por Josué Franco Lopes, no site do FNDC:

A predominância do sistema privado comercial na comunicação eletrônica brasileira, fortalecido pelo sistema de concessão sem regulação e concentrado na mão de uma meia dúzia de famílias, privatiza o direito de liberdade de expressão, tornando homogênico o processo de formação da opinião subordinado a um projeto liberal conservador.

Um ataque à imprensa e aos muçulmanos

Foto: Joel Saget/AFP
Por Gilberto Maringoni, no Blog da Boitempo:

O terrível, injustificável e indefensável atentado contra a redação do Charlie Hebdo não pode ser visto apenas como a ação de muçulmanos alucinados que, contrariados com alguns cartuns, resolveram mostrar suas insatisfações através de rajadas de AKs-47.

A teia de processos e acontecimentos que desembocou no sangrento episódio possui profundas raízes na cena política francesa.