segunda-feira, 18 de abril de 2016

São 367 picaretas com anel de doutor

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

O Brasil e o mundo inteiro viram, transmitido ao vivo, o show de horrores que foi a aprovação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff pelo plenário da Câmara. Parlamentares votando em nome das próprias famílias, parlamentares falando em nome de Deus, parlamentares assumindo que o real interesse é o estatuto do desarmamento, parlamentares falando em democracia enquanto passavam por cima da Constituição e aplicavam um golpe “constitucional” numa presidente democraticamente eleita. Teve até parlamentar saudando torturador da ditadura militar. A “razão jurídica” para o impeachment da presidenta Dilma foi absolutamente esquecida, desnudando que ela pouco importa, nunca importou. O julgamento foi político.

PF prende marido da deputada "ética"

Por Renato Rovai, em seu blog:

A deputada federal Raque Muniz chamou a atenção em seu discurso na hora do voto de ontem a favor da abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff pela forma incisiva com que se posicionou.

Entre outras coisas, Raquel Muniz disse que em na sua cidade natal, Montes Claros, o prefeito Ruy Muniz, seu marido, havia criado uma secretaria contra a corrupção e que estava lutando para dar mais qualidade de vida aos montes-clarenses.

O golpe dos corruptos leva Brasil ao caos

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Depois de assistir à sessão do golpe, em Brasília, entendi porque a TFP (Tradição, Família e Propriedade – velha instituição católica de ultra-direita, que defendeu a ditadura em 64) entrou em decadência.

A TFP tornou-se desnecessária. O discurso da “família acima de tudo” ganhou a parada.

“Pela minha família, pelos meus filhos, pela minha mulher”, gritou um deputado/delegado de Goiás.

“Voto em nome do povo de Jesus”, dizia uma moça com jeito de santinha.

O que pesa contra Temer na Lava-Jato

Da revista CartaCapital:

Neste domingo 17 a Câmara aprovou a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Por 367 votos a 137, os deputados entenderam que as acusações de crime de responsabilidade procedem e impedem Dilma de continuar a governar.

O vice-presidente Michel Temer, que deve assumir a presidência da República caso o Senado confirme a decisão da Câmara, não deve ter vida fácil, entretanto. Ao contrário de Dilma, ele é citado como beneficiário nos escândalos de corrupção investigados na Lava Jato.

"Alô, mamãe, demos o golpe..."

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nada, nenhum argumento político ou jurídico será mais desmoralizante, aqui ou lá fora, para o golpe no Brasil que o comprometimento e o comportamento de seus agentes executores.

Um bando de escolares em excursão não produziria sequer a metade do que aqueles senhores, bem cevados de verbas públicas, expuseram para a vergonha do nosso país.

Conseguiram, em algumas horas, revelar mais da natureza do atraso, da mediocridade, do indecoroso deste episódio que horas e horas de qualquer discurso que os denunciasse.

Direita comemora cedo o golpe!

Editorial do site Vermelho:

O dia 17 de abril entrará para a história como um dos mais tristes capítulos da história do parlamento brasileiro. Uma maioria de deputados, mobilizados pelo espírito revanchista de um presidente atolado em denúncias, deu admissibilidade a um processo de impedimento contra o mandato popular exercido pela presidenta Dilma Rousseff.

Esse golpe não aconteceu apenas contra a vontade das urnas, mas também desconsiderando uma enorme mobilização democrática, que há tempos não se via no Brasil. Há alguns meses o país assiste a uma verdadeira comoção que fez virem à tona os melhores sentimentos de nosso povo: a tolerância, o espírito democrático, a solidariedade com os mais humildes, o patriotismo e a vontade de lutar por um país melhor. Artistas, intelectuais, trabalhadores e trabalhadoras, jovens, movimentos populares.... Tudo isso foi desconsiderado pela maioria dos deputados.

CUT: A luta contra o golpe continua!

Do site da CUT:

O dia 17 de abril de 2016 foi um dia histórico de mobilizações pelo Brasil em defesa da democracia. Mesmo com a admissão do pedido de abertura de impeachment da presidenta Dilma na Câmara dos Deputados, para a classe trabalhadora, a luta continua.

Agora a ação segue para o Senado, que é quem vai dizer se o processo deve ou não ser instaurado. Antes disso, é montada uma comissão com 42 senadores, sendo 21 titulares e 21 suplentes, que terá dez dias para elaborar um parecer. A presidenta só será intimada e afastada caso o Plenário decida que o processo deve ser instaurado.

MST: "Não tem porque desanimar"

Por José Eduardo Bernardes e Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

"Esse resultado da votação [do impeachment na Câmara] vai trazer mais gasolina para essa crise que está colocada no país. A direita não precisa ter dúvida. Os trabalhadores vão às ruas". A declaração é de João Paulo Rodrigues, da direção nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), após a vitória do "sim" ao processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados neste domingo (17). Ele acrescentou: "Nós mobilizamos o país inteiro como não se fazia há mais de 20 anos. Não tem porque desanimar. Temos que nos preparar para as batalhas políticas, e eu acho que serão batalhas maravilhosas. Nossa geração vai viver um período rico que até então não conheciamos nesse país".

CTB: A batalha apenas começou!

Por Adilson Araújo, no site da CTB:

Hoje a classe trabalhadora testemunhou um grande golpe à democracia, mas também vimos o povo se levantar pelo Brasil e afirmar que haverá luta contra esse golpe parlamentar orquestrado pelo gângster Eduardo Cunha.

A unidade, luta e resistência da classe trabalhadora serão fundamentais para as próximas batalhas. Só assim derrotaremos os sabotadores da Democracia e da Constituição Federal.

UNE: "Mobilização total contra o golpe"

Do site da UNE:

A União Nacional dos Estudantes repudia o resultado da sessão plenária da Câmara dos Deputados que, na data de hoje, aprovou de forma viciada o pedido de impeachment da presidenta da República Dilma Rousseff. O resultado da votação dá sequência ao processo ilegítimo capitaneado pelo presidente da Câmara Eduardo Cunha de apunhalar o estado democrático de direito com a condução do impedimento presidencial sem as bases legais requeridas pela lei federal 1079/50, constituindo dessa forma um sério golpe às instituições brasileiras.

Cunha e Globo consumam o golpe de Estado

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os derrotados nas urnas enfim conseguiram: deram o golpe.

Mas a luta continua.

O capítulo final do impeachment acontece apenas daqui a 6 meses, quando houver o julgamento por dois terços do Senado.

Quanto à autorização pelo Senado, que precisa de maioria simples, é provável que passe nos próximos dias.

Barrar o golpe no Senado!

Por Luciana Santos, no blog de Renato Rabelo:

A Câmara dos Deputados, por maioria dos seus votos, desferiu um golpe na democracia ao aprovar a admissibilidade do impeachment fraudulento contra a presidenta Dilma Rousseff. Os debates na Comissão Especial e no Plenário daquela Casa demonstraram cabalmente que a presidenta não cometeu crime de responsabilidade. A presidenta Dilma sequer é investigada. Teve a vida vasculhada e nada absolutamente nada foi encontrado contra ela. É honesta, proba.

"Vamos derrotar o golpe nas ruas"

Por Rodrigo Gomes, na Rede Brasil Atual:

As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo afirmaram em seguida ao resultado da votação na Câmara sacramentar a continuidade do processo de impeachment contra o mandato de Dilma Rousseff, que não vão aceitar "o golpe contra a democracia e nossos direitos". Lembrando o massacre de Eldorado dos Carajás, que em 17 de abril de 1996 vitimou 23 sem-terra e segue sem que ninguém ainda tenha sido punido, os movimentos dizem que o dia de hoje "entrará para a história como dia da vergonha". "Vamos derrotar o golpe nas ruas", completam.

A luta apenas começou!

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A plutocracia venceu.

Quer dizer: por ora, venceu.

Uma Câmara eleita pelo dinheiro das grandes empresas decidiu cassar 54 milhões de votos.

A pior Câmara que o dinheiro pôde comprar decidiu por sabotar a democracia.

Corruptos abraçados a bandeiras brasileiras juraram em nome de Deus combater a corrupção, num espetáculo de cinismo brutal.

O golpe e a justiça das serpentes

Por Jeferson Miola

“A justiça é como as serpentes. Só morde os pés descalços” - Eduardo Galeano, um humanista que eles jamais terão dentre um dos seus.

O julgamento de exceção da Dilma na Câmara dos Deputados é um golpe de Estado que jamais seria cometido contra um Presidente conservador. É um golpe perpetrado contra um governo popular, dos de baixo, um golpe contra um governo passível de ser picado pela serpente da [in]justiça, porque é um governo dos “descalços”.

domingo, 17 de abril de 2016

#ForaCunha, o chefe da máfia golpista!

Por Altamiro Borges

Com a aprovação do impeachment de Dilma, o correntista suíço Eduardo Cunha, o chefão da máfia golpista, tentará agora um novo lance de ousadia: escapar da sua própria cassação. Neste esforço, ele tem a ajuda das putrefatas bancadas do PSDB, DEM, PPS e SD, entre outras legendas compostas de moralistas sem moral, e da mídia “privada” – nos dois sentidos da palavra. Nas últimas horas, cresceu a boataria de que este pacto mafioso já orquestra uma saída “honrosa” para o lobista. Após ter obrado todo o trabalho sujo, ele renunciaria ao seu cargo de presidente da Câmara Federal e, como compensação, teria seu mandato de deputado federal preservado. Os midiotas que festejam o “Fora Dilma” terão que se olhar no espelho, como já advertiu o escritor Luis Fernando Veríssimo.

Empresários apresentam 'pacote do golpe'

Por Altamiro Borges

Em suas mansões ou restaurantes luxuosos, a elite empresarial brasileira deve estar em êxtase com a aprovação do impeachment de Dilma. Afinal, ela é a grande vitoriosa deste vergonhoso golpe na democracia. Os deputados são apenas os seus serviçais e os “midiotas” da chamada classe média são somente a sua massa de manobra. Caso a farsa seja confirmada pelo Senado Federal, em votação prevista para 11 de maio, a burguesia internacional e colonizada dará um passo importante para impor o seu plano regressivo e destrutivo ao Brasil. Será a revanche neoliberal! O “pacote de maldades” inclusive já está no forno, conforme divulgou neste sábado (16) a Folha tucana.

Greve geral contra o golpe. Já!

Por Altamiro Borges

Numa sessão deprimente, que entrará para a história como um dos momentos mais tristes da frágil democracia brasileira, a Câmara dos Deputados aprovou o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. Um “consórcio de bandidos”, liderado pelo correntista suíço Eduardo Cunha – com muitos deles falando de forma leviana “em nome de Deus” –, assaltou 54,5 milhões de votos e deu o primeiro passo para a formação do ilegítimo governo de Michel Temer, o Judas que não conta com 1% de credibilidade na sociedade. O golpe, porém, teve o seu contraponto. Neste domingo (17), milhares de pessoas saíram às ruas em defesa da democracia e dos direitos sociais. Os protestos revelam que estão sendo criadas as condições para a decretação de uma greve geral no Brasil.

A hora da escolha: Dilma ou Temer/Cunha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Hoje, no final da votação do pedido de impeachment, o Brasil estará diante de um novo destino - cujo traçado final será resolvido pelos 513 deputados federais. Não será um desenho definitivo, até porque a história é um movimento perpétuo, que admite avanços e retrocessos, que refletem as insondáveis motivações da luta política e da alma humana.

Se, como acredito, a tentativa de encerrar o mandato de Dilma for derrotada, a principal instituição de uma democracia - o respeito pelo voto popular - terá sido preservada.

Merval Pereira, enfim, a confissão

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Na coluna deste domingo (17/04) a confissão de Merval Pereira. O impeachment é o terceiro turno para empossar quem não recebeu voto nas urnas.

Para quem ainda tinha dúvidas de que toda esta campanha de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, sem que lhe apontassem um real crime de responsabilidade, nada mais é do que a longa luta da oposição pelo terceiro turno, a coluna de Merval Pereira neste domingo (17/04) coloca os pingos nos iiii.