quinta-feira, 7 de julho de 2016

Pressão derruba o “general da Funai”

Foto: Victo Pires/ISA

Por Altamiro Borges

Antes mesmo de tomar posse, mais um "notável" do covil golpista de Michel Temer é defenestrado. Desta vez foi o general da reserva Sebastião Roberto Peternelli, que havia sido indicado para presidir a Fundação Nacional do Índio (Funai). Após a enérgica reação das comunidades indígenas e da repercussão negativa na imprensa internacional, o truculento ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciou nesta quarta-feira (6) que o viúvo da ditadura militar não assumirá mais a pasta. “Não há nenhum óbice ou veto pessoal ao nome que foi indicado pelo PSC, mas não será ele o presidente da Funai. Estamos em negociação com outro tipo de perfil”, justificou, constrangido, o ministro interino. De recuo em recuo, o Judas Michel Temer vai mostrando sua fragilidade!

quarta-feira, 6 de julho de 2016

Serra quer exportar o golpe para o Mercosul

Por Jeferson Miola

Na mesma terça-feira, 5 de julho, em que o presidente usurpador cumpria agendas com os sócios golpistas no Palácio do Planalto para fazer a partilha do butim, o chanceler usurpador José Serra esteve no Uruguai para promover um golpe nas regras do Mercosul com o objetivo de atacar a Venezuela.

Nesta empreitada, o governo usurpador do Brasil é acompanhado pelo governo reacionário do Horácio Cartes [Paraguai], e conta com a simpatia do ultra-liberal e também reacionário governo Maurício Macri, da Argentina.

Marilena Chaui, o PT e a geopolítica

Por Renato Rovai, em seu blog:

O PT vive o momento mais dramático de sua história política. E isso tem relação com os muitos erros que cometeu.

O PT fez acordos exageradamente pragmáticos com partidos fisiológicos e isso lhe tornou também bastante fisiológico.

O PT aceitou chantagens do campo conservador e por isso passou a ser refém do conservadorismo.

O PT passou do ponto em concessões econômicas liberais e isso lhe fez perder parceiros do movimento social.

A resistência urgente a Temer

Por Miguel Martins, na revista CartaCapital:

Historicamente, a mídia nativa apega-se a eufemismos para classificar as rupturas políticas no Brasil. Em 1964, o termo “revolução” foi adotado pelos principais veículos do País para celebrar o golpe civil-militar que impôs 21 anos de ditadura. Neste ano, a conspiração de Michel Temer para desencadear o impeachment de Dilma Rousseff assumiu a fachada perfumada de um “governo de salvação nacional”. Em meio à narrativa única dos jornais brasileiros, sempre dispostos a rechaçar qualquer ilegalidade no afastamento da presidenta eleita, o contraditório depende da solidariedade militante para se fazer ouvido.

General na Funai está no padrão Temer

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

A Funai (Fundação Nacional do Índio), que desde o primeiro dia do governo provisório de Michel Temer está sem presidente, agora deverá se preocupar duplamente.

O PSC (Partido Social Cristão) indicou um general para presidir a instituição. Exatamente. Um militar, cristão, para tratar da questão indígena. É como escalar Luisito Suarez para atuar pela seleção brasileira num jogo contra o Uruguai.

Eduardo Cunha e o novo protegido da mídia

Por Pedro Breier, no blog O Cafezinho:

O tratamento dado a Eduardo Cunha pela mídia corporativa no início de 2015, quando foi eleito presidente da Câmara, é digno de estudo de caso sobre dissimulação no jornalismo. Uma edição da Veja teve como manchete de capa "A súbita força de Eduardo Cunha". A reportagem elogiava as habilidades políticas e conhecimentos regimentais de Cunha, falando somente de passagem sobre os seus podres, para no final afirmar algo como "se ele deixou para trás as malfeitorias, tudo bem". Na cobertura da Globonews sobre a eleição à presidência da Câmara o tom era o mesmo. Destaque para a capacidade de articulação de Eduardo Cunha e para sua disposição em enfrentar o Planalto. Seu passado tenebroso era solenemente ignorado.

A surra histórica de FHC na Al Jazeera

A pátria dos pobres exige respeito

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Com a lucidez de quem esteve na margem correta de grandes tragédias políticas de seu tempo, seja em 1954, seja em 1964, Tancredo Neves deixou palavras de grande utilidade para as gerações que enfrentam o abismo de julho de 2016, quando os brasileiros se encontram diante de um golpe de Estado que pode sacrificar três décadas de conquistas democráticas e dar início a um retrocesso histórico:

- Nosso progresso político deveu-se mais à força reivindicadora dos homens do povo do que à consciência das elites, afirmou Tancredo. A pátria dos pobres está sempre no futuro e, por isso, em seu instinto, eles se colocam à frente da história.

O SUS pede coragem

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

“O correr da vida embrulha tudo.
A vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem” (Guimarães Rosa)


Hoje, 6 de Julho, milhares de conselheiros, usuários, trabalhadores, estudantes e pesquisadores marcham rumo a Brasília em defesa do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Seguridade Social. Esta marcha foi precedida de inúmeros debates, rodas de conversa, manifestações, escrachos ministeriais, tuitaços, AbraSUS, moções em conselhos, gritos de guerra ecoando em congressos e seminários, caminhadas, vigílias e ocupações. Todos em defesa do SUS.

Defender a Petrobras é tarefa de todos

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

"A 'Campanha do Petróleo' foi, efetivamente, a maior e mais original contribuição à criação de uma atitude ‘nacionalista brasileira democrática’" - Maria Augusta Tibiriçá Miranda

A Petrobras, enquanto maior e mais importante empresa brasileira, passa por uma terceira fase de afirmação frente ao conjunto de ataques, questionamentos internos e externos dos seus detratores. O seu enfrentamento requer fundamental e decidida resposta ante a possibilidade do maior comprometimento da Petrobras ao projeto do senador José Serra (PSDB-SP), que a retira da exclusividade nas atividades de exploração do petróleo e encerra a obrigação de participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios sob o comando do pré-sal.

“Escola sem partido”, escola silenciada

Por Cleo Manhas, no site Outras Palavras:

O que seria a tão falada, e pouco explicada “escola sem partido”? Basicamente, trata-se de uma falsa dicotomia, pois não diz respeito à não partidarização das escolas, mas sim à retirada do pensamento crítico, da problematização e da possibilidade de se democratizar a escola, esse espaço de partilhas e aprendizados ainda tão fechado, que precisa de abertura e diálogo.

A pauta que precisamos debater é a da qualidade da educação, e não falácias ideológicas sobre a “não ideologização da escola”, algo que se vê até mesmo em alguns diálogos sobre a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

A criminalização da política e da democracia

Editorial do site Vermelho:

A exacerbação da criminalização da política, que assistimos em nossos dias, está ligada à condenação da ação dos movimentos sociais e do protagonismo do povo na política.

São duas facetas de um mesmo movimento conservador; elas se dirigem contra a compreensão da democracia como espaço político de participação que extrapola os limites formais que a classe dominante tenta impor ao sistema político.

A mídia hegemônica, setores do Poder Judiciário e do aparato policial investem contra ações de reivindicação do povo, a pretexto da defesa do direito de propriedade e da ordem estabelecida. São ataques que vão, nesse sentido, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), à União Nacional dos Estudantes (UNE) e outras entidades populares.

Rombo de R$ 160 bilhões será obra de Temer

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O governo interino só vai anunciar na quinta-feira, 7, a meta fiscal para 2017, mas a equipe econômica chefiada por Henrique Meirelles já perdeu a disputa com o núcleo político palaciano liderado por Eliseu Padilha e Geddel Vieira Lima. Temer deve bater o martelo sobre a previsão de um déficit de R$ 160 bilhões, contra a defesa de algo entre R$ 140 bi e R$ 150 bi da área econômica, que na semana passada falava apenas em déficit “superior a R$ 100 bilhões”.

A decisão será um claro reflexo da contradição entre o discurso de austeridade que angariou apoio dos mercados à posse de Temer e a natureza fisiológica da base política que perpetrou o golpe contra Dilma. Para atender seu apetite, preservar a maioria parlamentar e consumar o golpe, o governo optará por uma meta “mais folgada” e começará a sacrificar a credibilidade de Meirelles.

O maior problema do "general da Funai"

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O maior símbolo da defesa dos povos indígenas deste país é um militar: Cândido Rondon, ele próprio descendente de índios terena e bororo, que conduziu com métodos bem diferentes dos da cavalaria americana a nossa versão da “marcha para o Oeste”.

Com toda a crueldade que hoje se percebe na ocupação dos territórios tradicionais dos povos indígenas, todos os que olham a história percebem as virtudes de um militar – e nos tempos em que um civil não poderia fazê-lo – tomar a si esta tarefa. A maior delas, sua melhor qualidade: o exercício da tolerância, que se expressa na frase que lhe ficou de mais típica: “morrer, se preciso for; matar, nunca”.

A lambança fiscal de Temer

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

A indulgência da mídia com a lambança fiscal no país é reveladora da cumplicidade de certo jornalismo com o golpe que assaltou o poder democrático no Brasil há 40 dias.

E que há 40 dias e 40 noites faz chover dinheiro em Brasília.

Sitiado entre a impopularidade, o fisiologismo e a vassalagem à finança, o golpe se sustenta com padrões de gastos sem precedente em governos anteriores, acusados diuturnamente de irresponsabilidade nas contas públicas.

terça-feira, 5 de julho de 2016

Marilena Chauí desmascara Moro e Serra

Mídia "fascistizante" dissemina o ódio

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:



A onda de preconceito e ódio que assola o país tem tudo a ver com a mídia, segundo a filósofa Marcia Tiburi. "O discurso fascistizante de alguns meios", para ela, "não permite qualquer tipo de vôo intelectual", culminando em um cenário no qual o senso comum é formado por verdades absolutas. A crítica foi feita durante bate-papo nesta segunda-feira (4), em São Paulo, em atividade do Ciclo de Debates Que Brasil é Este?.

A onda de ódio e preconceito na sociedade

Não à "escola sem partido"

Por Camila Lanes

Todo o trabalho de uma escola deve estar voltado para a realidade que a cerca. É para formar jovens com possibilidade de olhar para o mundo e se desafiar a torná-lo um lugar melhor através do seu trabalho e dos seus conhecimentos. Para que isso aconteça, não podemos confundir o ato de ensinar com a simples ação de transmitir conhecimento. O ser humano não é um robô. Apenas na reflexão crítica sobre a prática poderemos melhorar o mundo, torná-lo mais justo e mais democrático. Esse é o sentido de uma educação libertadora.

Delações da Lava-Jato atingirão o STF?