Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:
Há uma percepção geral de que o fascismo precisou tanto do caldo de cultura do profundo colapso econômico entre guerras quanto da ameaça da luta revolucionária deflagrada pela Rússia em 1917 para florescer. Porem, há um outro fator fundamental que, por vezes, passa desapercebido: o esvaziamento da política.
Com a repressão aos comunistas e a frustração de governos social democratas, a alternância no poder perdeu potencial transformador na década de 1930, em países como a França, Alemanha e Itália. Os limites das disputas políticas, sempre determinados pelos grandes interesses imperialistas, acarretaram uma enorme frustração, possibilitando a penetração de discursos demagógicos e a manipulação na qual se construiu o fascismo.
Com a repressão aos comunistas e a frustração de governos social democratas, a alternância no poder perdeu potencial transformador na década de 1930, em países como a França, Alemanha e Itália. Os limites das disputas políticas, sempre determinados pelos grandes interesses imperialistas, acarretaram uma enorme frustração, possibilitando a penetração de discursos demagógicos e a manipulação na qual se construiu o fascismo.