Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
O advento das redes sociais e o aumento do acesso a elas pela inclusão digital certamente carregam virtudes e benefícios. No Brasil, entretanto, as redes têm servido também para revelar um traço horrível de parcela dos brasileiros: o ódio e sua violência latente, a intolerância, a incapacidade de aceitar a divergência e conviver com o outro, a ausência absoluta de compaixão por aquele que “não é do meu lado”, não pensa como eu, não se parece comigo.
O advento das redes sociais e o aumento do acesso a elas pela inclusão digital certamente carregam virtudes e benefícios. No Brasil, entretanto, as redes têm servido também para revelar um traço horrível de parcela dos brasileiros: o ódio e sua violência latente, a intolerância, a incapacidade de aceitar a divergência e conviver com o outro, a ausência absoluta de compaixão por aquele que “não é do meu lado”, não pensa como eu, não se parece comigo.
Em um povo que em outros tempos se dizia regido por Eros – deus do amor e do prazer na mitologia grega, que se manifestaria através da alegria, do carnaval e da leveza da alma brasileira – de repente surgem grupos dominados por Tanatos, o instinto de morte e destruição, permeado pela completa ausência da compaixão, sentimento distintivo da humanidade. Nos últimos dois dias, a pulsão de Tanatos manifestou com toda a sua força bruta, na violência das agressões, pelas redes, a dona Marisa Letícia Lula da Silva, que enfrenta em coma induzido as consequências de um acidente vascular cerebral.