Num romance de Agatha Christie, uma pessoa é assassinada a bordo de um trem.
Quem matou?
Em mais uma de suas grandes tramas, Agatha revela, no final, que não havia um assassino — mas vários. Foi um homicídio coletivo: um grupo de pessoas dá, uma por vez, uma facada na vítima.
Esse romance me vem à cabeça quando penso na morte de Marisa Lula da Silva.
Nas redes sociais, muita gente atribuiu a Moro e à Lava Jato a tragédia de Marisa. Mais precisamente, as circunstâncias que tornaram sua vida um tormento e podem ter aberto as portas para o AVC.