sábado, 4 de fevereiro de 2017

Moro matou Marisa Letícia?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Num romance de Agatha Christie, uma pessoa é assassinada a bordo de um trem.

Quem matou?

Em mais uma de suas grandes tramas, Agatha revela, no final, que não havia um assassino — mas vários. Foi um homicídio coletivo: um grupo de pessoas dá, uma por vez, uma facada na vítima.

Esse romance me vem à cabeça quando penso na morte de Marisa Lula da Silva.

Nas redes sociais, muita gente atribuiu a Moro e à Lava Jato a tragédia de Marisa. Mais precisamente, as circunstâncias que tornaram sua vida um tormento e podem ter aberto as portas para o AVC.

Médicos não amam a morte

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não dá nenhuma alegria a decisão dos empregadores de dois dos médicos envolvidos na monstruosa chacota feita nas redes sociais com o AVC de Marisa Letícia Lula.

Também não tenho “peninha” do que lhes aconteceu: são adultos e caso se pretendam médicos o mínimo que que se pode pedir a quem confiamos para nos abrir a barriga a bisturi é que saiba, ao menos, fechar a própria boca quando o ódio quer transformá-la em cloaca.

O que me entristece, mesmo, são duas outras coisas.

Fachin e a cara de pau de Moro

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Atendendo a "pedidos da imprensa" e "diante do contexto, com humildade", o Juiz Sérgio Moro não perde a oportunidade de exercer o papel com que vem se acostumando, habitualmente, no âmbito da Operação Lava Jato, devido a um STF constantemente pressionado por uma opinião pública manipulada e fascista - o de rabo abanando o cachorro.

Companheira Marisa, sentiremos sua falta!

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Neste momento de dor extrema, CartaCapital está ao lado de Lula, e desta vez não é por razões políticas. Tanto mais fortes as minhas, amigo leal e sincero do casal há 39 anos. Nos últimos tempos, Marisa me vem à mente amiúde, e a vejo moça que acena da porta de um bar enquanto o marido toma um derradeiro gole de pinga com cambuci. E eu me vou a bordo de um carro da reportagem de IstoÉ. É imagem nítida, bem gravada na memória, e alegre com um leve travo de melancolia.

Metalúrgicos do ABC: Obrigado, Marisa!

Ataques a Marisa partem da "escória"

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Os ataques à ex-primeira-dama Marisa Letícia e manifestações de pessoas que “comemoraram” sua morte, ocorrida ontem (2) em São Paulo, são coisas típicas “de uma escória, de uma ralé”. “A classe média alta é constituída por uma escória. As pessoas não suportam a evolução de uma pessoa de origem modesta.” A opinião sobre as manifestações recentes não só contra Marisa, mas também dirigidas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é do jurista Celso Antônio Bandeira de Mello.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Privatizar a Petrobras faz mal ao Brasil!

Do site da Federação Única dos Petroleiros (FUP):

A privatização que o governo golpista vem impondo ao Sistema Petrobrás reflete diretamente na queda do PIB e no desemprego que atinge mais de 20 milhões de brasileiros. O que está em risco não é só um patrimônio construído há mais de 60 anos, mas toda a cadeia produtiva de um setor estratégico para a soberania e o desenvolvimento do país. Este crime, além de comprometer o futuro da petrolífera, cujas reservas já retrocederam 15 anos, está desmontando a engenharia nacional e a indústria naval, como nos anos 90.

São Paulo na contramão do mundo

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Rafael da Silva Barbosa, no site Brasil Debate:

Na contramão das maiores cidades do mundo, a cidade de São Paulo tomou uma decisão que poderá aumentar o seu número de acidentes. A recente decisão do atual prefeito da cidade de elevar os limites da velocidade em suas principais vias arteriais, marginais Tietê e Pinheiros, passando de 50 para 70 quilômetros por hora, na pista local, e de 70 para 90 quilômetros por hora, na expressa, fere recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de limites de 50 km/h em vias arteriais e 30 km/h para áreas pavimentadas de circulação de pedestres e ciclistas.

O austericídio e o desemprego

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

O mês de janeiro começa a se despedir, mas não sem perder a oportunidade de oferecer ao conjunto de nossa sociedade uma nova leva dos péssimos números a respeito do desempenho da economia brasileira. Os responsáveis pelo governo bem que tentam ensaiar uma ginástica retórica para tentar justificar o que não conseguem. E dá-lhe blábláblá a respeito da chamada “herança maldita” que teriam recebido dos governos anteriores ou a conhecida derrapada pela direita, esquecendo o momento atual e apontando para esperados cenários futuro de “despiora”. Sim, pois os brasileiros somos mesmo incomparáveis na criação de neologismos para fugir do enfrentamento da realidade concreta em que vivemos. Enfim, no entender de alguns ‘especialistas” deveríamos nos contentar pois se ainda não melhorou, ao menos já teria deixado de piorar. Sic!

Perigo: médicos querem morte de pacientes

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

"Esses fdp vão embolizar ainda por cima (procedimento de provocar o fechamento de um vaso sanguíneo para diminuir o fluxo de sangue em determinado local). Tem que romper no procedimento. Daí já abre pupila. E o capeta abraça ela".

O comentário acima, em linguagem típica de membros do PCC, foi escrito pelo neurocirurgião Richam Faissal Ellakkis, que presta serviços no hospital da Unimed São Roque, no interior paulista, num grupo de whatsapp de médicos e reproduzido em reportagem de Thiago Herdy, em O Globo.

Os urubus e as mortes de Dona Marisa

Por Urariano Mota, no site Vermelho:

Em 2005, quando faleceu Miguel Arraes publiquei no La Insignia, na Espanha:

“Os obituários que sempre esvoaçam e rondam a agonia dos grandes homens desta vez falharam no alcance e na sua mira. Urubus, de boa visão e argúcia, desta vez os obituários erraram o cadáver do brasileiro que se vai. E não exatamente por falta de tempo e de informações.”

O que publiquei antes, também se aplica agora, de modo mais cruel em relação a Dona Marisa, a companheira da vida de Lula. Primeiro, porque a mataram de forma lenta e perversa, indigna, quando a envolveram em crimes de corrupção – quem? Sérgio Moro e bando – em compra de apartamento que jamais possuiu. E mais pedalinhos para os netos!

Por que a Globo prendeu o Eike Batista?

A miséria dos economistas de mercado

Por Felipe Calabrez, no site Outras Palavras:

Um artigo recentemente publicado no Valor Econômico atraiu a atenção de parte dos economistas e jogou lenha na fogueira do debate macroeconômico nacional. Sob o provocante título “Juros e Conservadorismo Intelectual”, André Lara Resende apresenta o debate dito de fronteira da disciplina e que apresentaria achados contraintuitivos e reveladores: O primeiro foi revelado por estudos que analisaram a política do Quantitative Easing na Europa pós-2008. A medida de estímulo à economia por meio do aumento da oferta de moeda revelou, ao contrário do que defendia a Teoria Quantitativa da Moeda, que não produz sempre e necessariamente efeitos inflacionários. De acordo com Resende, as versões dessa teoria, já desacreditadas, deveriam ser enterradas de vez.

Marisa Letícia e a ética da Lava-Jato

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Qual a intenção de Sérgio Moro e dos Procuradores da Lava Jato em denunciar dona Marisa? Do ponto de vista jurídico, nenhuma. Jamais comprovaram que o tríplex era de Lula. Mesmo se fosse, não havia nada que pudesse ser impingido a dona Marisa. Ela não participava de discussões políticas, menos ainda de negócios. Limitava-se a cuidar dos filhos e netos e dar amparo emocional ao marido.

A intenção foi puramente política, de bater, bater, bater em Lula, até que arriasse emocionalmente.

Ódio no Brasil. A guerra ainda não começou

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Políticos, religiosos e parte da mídia inflamam a população, desumanizando o adversário e transformando o jogo democrático em uma luta do bem contra o mal. Quando um grupo de pessoas passa a desejar e a festejar a morte daqueles que foram desumanizados, os políticos, os religiosos e essa parte da mídia dizem que não têm nada a ver com isso.

Líderes de certos movimentos travam guerras na internet, dizendo que a esquerda é a razão de toda a corrupção e dor que há no mundo. Quando um punhado de ignorantes resolve espancar quem ousa vestir roupas vermelhas ou quando médicos passam a divulgar e ridicularizar, nas redes sociais, prontuários médicos sigilosos de pacientes de esquerda, os líderes desses movimentos dizem que não têm nada a ver com isso.

Segredo não combina com vitrine do STF

Montagem extraída do blog A justiceira de esquerda
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os caminhos que levaram a escolha de Luiz Fachin para irá ocupar o lugar de Teori Zavaski como relator da Lava Jato em sua fase atual, na função mais importante da história do STF, devem ser explicados e esclarecidos para os brasileiros.

O país tem o direito de conhecer o logaritmo que leva a escolha do novo relator. Também deve ser informado sobre outros fatores que podem ter influenciado na escolha, como a carga de trabalho de cada ministro disponível.

Essa visão pode parecer estranha, já que a maioria das pessoas está habituado a associar um ambiente de reserva e reclusão ao funcionamento da Justiça. Na verdade, me parece a consequência natural do modo de funcionamento assumido pelo STF no início desta década, e que marca seu comportamento até aqui.

Uma vítima da injusta perseguição a Lula

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

A mulher de Lula, dona Marisa, morreu hoje após dez dias internada no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, vítima de um AVC (acidente vascular-cerebral). Imediatamente, as redes sociais se encheram de mensagens de pesar e solidariedade ao ex-presidente, mas também de repugnantes manifestações de ódio. Marisa, uma mulher honesta e digna, foi tratada por “cidadãos de bem” como se fosse ladra e corrupta, mesmo tratamento que seu marido tem recebido nos últimos anos por parte de políticos de direita, da Justiça a serviço de partidos, da imprensa hegemônica e da elite a quem ela representa.

Faxina ética não pode excluir a imprensa

Por Sergio Araujo, no site Sul-21:

Com o clamor das ruas ainda ecoando pelos corredores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, pedindo a valorização da ética e da moralidade como pilares de uma nova era para a política e para a administração pública do país, observamos uma espécie de euforia midiática pela prisão de grandes figurões do cenário nacional.

O curioso é que foi justamente a mídia a principal responsável pela criação de vários dos mitos hoje encarcerados. Eike Batista por exemplo. Endeusado pela imprensa como exemplo de empreendedor bem sucedido, a criadora desse estereótipo age agora como carrasco impiedoso. Ou não é isso que ocorre na massificação das imagens de políticos e empresários indiciados pela Lava Jato e humilhantemente expostos em roupas de presidiário, com a cabeça raspada e habitando celas fétidas?

Mais um dia de popstar para Sergio Moro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Podemos dizer, sem medo de errar, que Sérgio Moro é o juiz mais midiático da história do Brasil. Joaquim Barbosa teve seus momentos, mas Moro, O Justiceiro, o supera de longe.

Só hoje há três notícias envolvendo o herói coxinha em destaque nos portais da velha imprensa.

A primeira: Moro mandou soltar Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, que estava preso desde junho do ano passado.

Obviamente era mais uma prisão cautelar, ou seja, sem que o cidadão sequer tenha sido julgado. Oficialmente a prisão foi determinada para que Ferreira não atrapalhasse as investigações.

Marisa Letícia, a bordadora de estrelas

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

Marisa Letícia Lula da Silva bordou a primeira bandeira do Partido dos Trabalhadores. A estrela que foi ganhando forma com seu trabalho haveria de iluminar a história brasileira. A luz que se apaga agora deixa ainda presente o calor de sua memória. Há a política que se exerce com ações públicas, mas há a política, tão ou mais necessária, que se tece no dia a dia, em relações marcadas pela coragem e ancoradas no amor e na solidariedade com os próximos.