Por Altamiro Borges
Em várias viagens a trabalho
constatei a postura elitista de alguns pilotos e comissários de voo. Lembro-me
de um piloto que ao aterrissar em Congonhas, em São Paulo, aproveitou o serviço
de som do avião da empresa Gol para convocar os passageiros a participarem de
uma marcha golpista pelo impeachment de Dilma Rousseff. Recordo-me também da
conversa de alguns aeronautas em um café no aeroporto de Salvador. A retórica
machista contra a presidenta foi de dar nojo. Pensei em pedir aqueles saquinhos
para vomitar – mas evitei o confronto. A vida, porém, é dura e dá voltas.
Agora, a categoria – que não é composta majoritariamente por “coxinhas”
midiotizados – está em pânico com a “reforma” trabalhista da quadrilha de
Michel Temer e já manifestou a intenção de participar da greve geral marcada
para a próxima sexta-feira (28).














