sábado, 10 de junho de 2017

Michel Temer, o presidente surreal

Por Fábio Terra, na revista CartaCapital:

“Quem não quer ser lobo, não lhe vista a pele”, diz o adágio popular. Logo, quem quer ser, que a vista.

Michel Temer sabe disso muito bem. Assim, a melhor forma de entender a resistência do peemedebista em renunciar ao cargo de presidente é olhar para todos os esforços que ele fez para chegar ao cargo.

O primeiro sinal da vontade de Temer de ser presidente foi o lançamento, em outubro de 2015, do "Ponte para o Futuro", um programa de governo do PMDB que, naquela época, ainda fazia parte do governo Dilma Rousseff.

Gilmar Mendes e o escárnio do TSE

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Do blog Viomundo:

"O tribunal é muito valente para cassar prefeitos de interior, por exemplo, mas é muito reticente em relação às disputas nas capitais. O TSE é muito corajoso às vezes para cassar um governador da Paraíba, mas não quer se intrometer na disputa em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, ou mesmo em Minas Gerais. Há uma assimetria e talvez tenha uma razão… Cassamos governadores de Rondônia, Roraima, Maranhão, mas somos cautelosos em relação sobretudo à Presidência da República. Mas a questão tem gravidade que precisa ser pelo menos examinada, e é isso que estou colocando neste momento". Gilmar Mendes, quando se examinava ação aberta por seu parceiro Aécio Neves contra Dilma Rousseff.

O próprio Aécio Neves, senador afastado, ex-presidente do PSDB e candidato derrotado ao Planalto em 2014, admitiu em conversa com o delator Joesley Batista que só pretendia “encher o saco” do PT quando ingressou com ação no TSE para cassar a chapa Dilma-Temer.

Na mesma conversa, Aécio afirmou que Michel Temer pediu que ele retirasse a ação, mas que não tinha como fazê-lo, já que o Ministério Público daria continuidade ao processo.

MPF reconhece não ter provas contra Lula

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

O Blog da Cidadania tratou da questão política envolvendo o direito do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de disputar a eleição presidencial de 2018. Agora, neste post, trata da questão judicial, ou seja, da razão pela qual não será possível impedir na Justiça que o pré-candidato do PT entre na disputa.

Recentemente o Ministério Público declarou, em suas alegações finais ao juizado da 13a vara de Curitiba, que NÃO TEM PROVAS CONTRA O EX-PRESIDENTE LULA. Desse modo, esta página lança um desafio: publicará qualquer prova REAL contra o ex-presidente, o que não inclui acusações sem provas de delatores que acusam para escapar da prisão.

40 anos do 3º Encontro dos Estudantes

Do Jornal GGN:

No próximo dia 10 de junho, o Diretório Acadêmico da Faculdade de Medicina da UFMG, em Belo Horizonte, irá celebrar os 40 anos da luta contra a repressão da ditadura ao 3º Encontro Nacional dos Estudantes.

Em junho de 1977, tropas de choque da Polícia Militar atuaram para impedir que os estudantes realizassem o encontro na Universidade Federal de Minas Gerais, cercando o local do evento e prendendo pessoas que pretendiam participar do ENE. Cerca de 400 estudantes foram detidos pela repressão da ditadura.

O cafajeste provinciano que destruiu o país

Gilmar Mendes e a "degradação do Judiciário"

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em 2002, o jurista Dalmo Dallari escreveu na Folha um artigo profético sobre a indicação de GM ao STF por Fernando Henrique Cardoso.

Chamava-se “Degradação do Judiciário”.

“Meu primeiro enfrentamento com Gilmar Mendes foi justamente na questão indígena, em que ele defendia os invasores. E lá já ficou muito evidente que a posição dele não era determinada pela Constituição, mas por interesses”, disse ele ao DCM.

Segundo Dallari expôs no jornal, o presidente da República (FHC) agiu “com afoiteza e imprudência muito estranhas”.

O que houve no Tribunal Superior Eleitoral

Por Haroldo Lima

Logo depois de concluída a sessão do Tribunal Superior Eleitoral de ontem, que não cassou a chapa Dilma-Temer, o jornal O Globo criticou o fato em editorial intitulado “TSE erra o passo”. E continuou: “De quebra o Tribunal deixa Dilma livre para concorrer em 2018”.

No mesmo diapasão crítico, pela manhã, antevendo o resultado que não desejava no julgamento do TSE, o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, dos mais vorazes de Curitiba, no seu estilo agressivo e desrespeitoso dizia “ o verdadeiro cúmulo do cinismo é a cegueira intencional da maioria dos ministros do TSE...” (Blogs Fausto Macedo).

Realmente, o resultado do julgamento do TSE foi uma derrota para a república de Curitiba. Membros do Tribunal Superior Eleitoral, especialmente seu presidente, o controvertido Juiz Gilmar Mendes, que também é do Supremo Tribunal Federal, STF, fizeram críticas contundentes a métodos arbitrários da Lava Jato e deram elementos jurídicos que mostravam o golpe que foi dado contra Dilma Rousseff.

Liberdade de expressão em tempos de exceção

sexta-feira, 9 de junho de 2017

Brasileiros rejeitam as "reformas" de Temer

Da Rede Brasil Atual:

As propostas de reformas trabalhista e previdenciária do governo de Michel Temer (PMDB) deixam os brasileiros inseguros quanto ao presente e futuro – entre o trabalho precário e o fim da aposentadoria – mostra o recorte da pesquisa CUT/Vox Populi, realizada entre sexta (2) e domingo (4), que apontou enorme rejeição tanto ao desempenho de Temer (75%) como às reformas.

Para 89% dos brasileiros, se o Senado aprovar o contrato intermitente de trabalho, um dos itens da reforma trabalhista que já foi aprovado pela Câmara dos Deputados, será impossível sustentar suas famílias. Outros 90% afirmam que não teriam coragem de fazer um crediário ou financiamento para comprar uma casa, um carro ou um eletrodoméstico se o contrato de trabalho for temporário.

Bloquear o WhatsApp pode ou não?

Por Renata Mielli, no site Mídia Ninja:

O aplicativo de mensagens WhatsApp já foi tirado do ar, no Brasil, três vezes, em função de decisões de juízes de primeira instância. As três determinações tinham como base a recusa da empresa em divulgar o conteúdo das mensagens trocadas entre pessoas que estavam sendo alvo de investigação policial. Mas será que impedir milhões de usuários a terem acesso ao serviço é correto? Quem vai tomar essa decisão é o Supremo Tribunal Federal.

Vamos pensar um pouco sobre o assunto. Imagine, por hipótese, que uma empresa telefônica se negasse a fazer um grampo entre os terminais telefônicos de pessoas alvo de alguma investigação. Diante da negativa, então, um juiz determina que todas as comunicações telefônicas do país sejam suspensas como sanção à empresa por não ter cumprido a pedido judicial. Isso seria justo?

A justiça e seus penicos

Por Joan Edesson de Oliveira, no site Vermelho:

Clodoveu Arruda foi um advogado cearense, de Sobral, Secretário do Interior e Justiça e Secretário da Fazenda no governo de Faustino de Albuquerque, cujo mandato foi de 1947 a 1951.

Homem culto, conservador, foi destacado ator na política cearense, especialmente na zona norte do estado. Deixou um vasto anedotário, especialmente na sua área de atuação, o Direito.

Uma dessas deliciosas histórias, contada pelo ex-prefeito de Sobral Veveu Arruda, seu neto e homônimo, diz respeito à contestação de uma sentença judicial, considerada injusta por Clodoveu Arruda.

No TSE, o preço do certo é o errado

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

No momento em que escrevo estas mal traçadas linhas, para usar uma expressão anterior ao computador e a internet, a absolvição da chapa Dilma-Temer é o resultado mais provável no julgamento do TSE.

Tão provável que dois dias atrás foi possível antecipar o resultado, ainda que num placar mais dilatado. Escrevi 5 votos a 2. Desde ontem tudo indica que o resultado final deve ser 4 a 3.

O significado desse resultado não deve exagerado nem confundido com aquilo que não é.

Temer se enrola nas mentiras

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer, dias atrás, lutava para que triunfasse a versão de que ele “mal conhecia” Joesley Batista e que, afinal, tudo o que surgira era uma espécie de “armadilha” de um empresário “falastrão” que, às voltas com a Justiça, resolvera gravar o Presidente da República para, com isso, entrar no “bocão da delação” e limpar a própria barra.

Fosse verdade, seria uma versão plausível.

A mala de dinheiro entregue ao assessor de “boa índole”, Rodrigo Rocha Loures, foi o primeiro fato e desmontar a ideia de que o encontro pudesse ter sido quase uma “social” que o Planalto fazia com um grande empresário.

Rua, voto e politização do desenvolvimento

Por Saul Leblon, no site Carta Maior:

O país é melhor do que a matilha que o tomou de assalto e mastiga seu futuro e sua esperança pelo pescoço.

A equação do desenvolvimento é mais diversa, mais flexível e por certo mais criativa do que querem nos fazer convencer o dinheiro, sua bancada e seus jornalistas, que reputam aos direitos sociais a condição de um atentado aos mercados.

O ultimato conservador teme a amplitude da história que pulsa na luta pelo desenvolvimento justo com soberania, que já produziu um Tiradentes, um Prestes, um Getúlio, um Juscelino, um Vargas, um Lula, um Boulos – ‘é preciso detê-los.

A concordata de direitos sociais por vinte anos, conforme a PEC do Teto, ou para sempre –como aspiram as reformas na Previdência e CLT, omite alternativas fiscais ecumênicas sequer toleradas como hipótese de reflexão pela mídia conservadora.

Gilmar Mendes e o Posto Ipiranga

Por Jeferson Miola

A rede de postos de combustíveis Ipiranga faz uma propaganda na qual enaltece a inigualável versatilidade das suas lojas de conveniências.

Na propaganda, o Posto Ipiranga é apresentado como o lugar onde se consegue encontrar tudo a qualquer hora do dia, da noite e da madrugada: ingresso de cinema, padaria, preservativo, bebida, café, guloseima, passagem aérea, reconhecimento de firma, jogo do bicho, pão de queijo, ovo de páscoa, tatuagem etc e, inclusive, combustível e óleo de motor.

Gilmar Mendes é o Posto Ipiranga do PSDB, do Aécio Neves e do Michel Temer. Ele é, em alguns momentos, um simulacro de juiz do STF e do TSE e, na maior parte do tempo, um militante partidário faz-tudo do PSDB.

A Folha apoia as “pedaladas” do PSDB

Por Maria Izabel Azevedo Noronha

O editorial do jornal Folha de S. Paulo, denominado “ensino engessado”, publicado no dia 9 de junho, é uma demonstração eloquente de como funciona o mecanismo de blindagem do Governo Estadual do PSDB em São Paulo por parte da grande mídia.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) move uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o Governo Alckmin pela ilegal utilização de recursos da educação para pagamento de inativos, por meio da SPPREV. Diante desta ação, a Folha de S. Paulo faz o papel de anteparo do Governo Estadual, utilizando argumentos estapafúrdios para justificar a lambança de Alckmin, entre eles a afirmação de que “tanto faz” essa utilização indevida, porque só há “um Orçamento”.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Mídia não consegue animar o consumidor

Por Altamiro Borges

A mídia chapa-branca, cevada com o aumento das verbas publicitárias, até que tentou convencer a sociedade de que o país estaria superando a crise econômica e voltando a crescer. Antigos urubólogos, como Miriam Leitão e Carlos Alberto Sardenberg – da Rede Globo – viraram os otimistas de plantão. Antes, durante os governos Lula e Dilma, até as notícias positivas eram acompanhadas do alerta: “mas vai piorar”. Agora é o contrário. O desemprego cresce, as empresas falem, a renda das famílias despenca, mas “o Brasil vai melhorar” – juram os mercenários da imprensa. Toda esta propaganda, porém, não está conseguido ludibriar a sociedade. Até parece que o covil golpista de Michel Temer está desperdiçando dinheiro público com os seus anúncios milionários!

Sheherazade e a retratação do SBT

Por Altamiro Borges

Silvio Santos, o bilionário proprietário do SBT, adora contratar fascistoides e outras figuras exóticas para trabalhar na sua emissora de televisão. Esta opção, porém, começa a dar dores de cabeça ao patrão e pode até resultar no questionamento legal sobre a concessão pública para as suas empresas. Na semana passada, o pseudo-humorista Danilo Gentili, que exibe o programa "The Noite", sofreu duas surras na Justiça em decorrência dos seus comentários que estimulam o ódio e o preconceito. Já nesta semana, a jornalista Rachel Sheherazade, âncora do principal telejornal da emissora, finalmente foi punida por suas declarações racistas. Vale conferir a informação postada no site "Notícias da TV" nesta quinta-feira (8):

Ações em defesa da democratização da mídia

Do site do FNDC:

Realizada no Campus Darcy Ribeiro da Universidade de Brasília (UnB), no dia 28 de maio, a 20ª Plenária Nacional do FNDC aprovou a agenda prioritária da entidade contendo seis principais pontos: fortalecer a Campanha Calar Jamais!, denunciar o desmonte e lutar pelo fortalecimento da radiodifusão pública; monitorar as outorgas de rádio e televisão; combater a entrega da infraestrutura de telecomunicações, defender a universalização do acesso à internet e a privacidades nas redes; fortalecer a comunicação alternativa, comunitária, popular e as mídias livres e articular estratégias de diálogo com movimentos sociais e centrais sindicais.

Coalizão de 145 igrejas pede "Diretas-Já"

Por Norma Odara, no jornal Brasil de Fato:

A Aliança ACT, uma coalizão internacional composta por 145 igrejas, lançou uma carta em repúdio aos retrocessos no Brasil, pedindo a saída do presidente golpista, Michel Temer (PMDB), do poder e a convocação de eleições diretas.

O Conselho Diretivo da Aliança ACT Global se reuniu nos dias 1 e 2 de junho, em Genebra, e expressou"profunda preocupação com a crise política brasileira". Para os religiosos, "a situação no Brasil exige cuidadosa atenção, compromisso e solidariedade permanentes".

No texto, eles ressaltam ainda que "com a escalada da violência, diminuem os espaços de participação democrática, sendo que as populações de baixa renda e marginalizadas são as mais afetadas" e pedem a revogação das reformas constitucionais, como o congelamento de investimentos sociais por vinte anos, a terceirização total da mão-de-obra, a reforma trabalhista, que extingue a mediação dos sindicatos e vulnerabiliza os trabalhadores, bem como o fim da reforma da Previdência.