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| Ilustração: Mauricio Parra/Cartoon Movement |
A visão convencional recomenda que um chefe de governo em dificuldades internas assuma uma postura cautelosa nas relações internacionais, num esforço prudente para evitar dificuldades suplementares.
Nos Estados Unidos, endereço da única potência mundial ao final da Guerra Fria, a situação é diferente. Ao longo da história, a política externa de Washington tornou-se um conhecido terreno para governos em dificuldade tomar iniciativas de caráter imperial, criando áreas de tensão e instabilidade no planeta, numa tentativa de compensar tragédias domésticas com supostas vitorias fora de casa.
Ao anunciar a intenção de rever o programa de reaproximação com Cuba negociado entre Barack Obama e o governo de Raul Castro, Donald Trump dá um passo diplomático regressivo e retoma uma cartilha intervencionista que deixou uma herança de desastres e tragédias.
















