Charge: Steve Bell |
Os resultados das recentes eleições parlamentares no Reino Unido contrariaram todas as pesquisas de opinião e a maior parte dos analistas. Apressados em celebrar a morte dos trabalhistas e, mais generalizadamente, das políticas reformistas, essas vozes da razão de repente foram contraditadas por mais uma patada da massa ignara, aquela que resiste à modernidade e vota “contra seus interesses”.
Não é a primeira vez que algo semelhante acontece. Em junho de 2016, realizou-se no Reino Unido um plebiscito para decidir se a Grã-Bretanha permanecia na União Europeia. Venceu a opção do Brexit – o “Br” de “britain” e o “exit”, de “saída”. Um total de 52% dos votantes escolheu esse caminho. A permanência (remain) fora defendida pelo Partido Trabalhista (Labour) e também pela liderança do Partido Conservador, que chefiava o governo.