segunda-feira, 6 de novembro de 2017

PSDB pode começar a sua dieta detox

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Passado o feriadão e a licença-médica, Temer reabre o saco de maldades e o Congresso retoma a votação de medidas da agenda de retrocessos. Temer, com sua compulsão privatizante, começou o dia acertando a modelagem da venda da Eletrobrás, projeto que deve ser enviado ao Congresso amanhã com pedido de urgência. No final do dia, planejou combinar a pauta semanal com seus líderes e os presidentes da Câmara e do Senado mas enfrentará a pressão de partidos do Centrão para que demita ministros tucanos e nomeie aliados mais fieis. PP e PTB não devem comparecer.

Meirelles não confia nos bancos brasileiros

Liberdade de opressão: a ditadura veste toga

Por Tadeu Porto, no blog Cafezinho:

Recentemente, o cantor e compositor Caetano Veloso foi surpreendido com uma ordem judicial que o proibia de realizar um show para uma ocupação do MTST – Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – na cidade paulista de São Bernardo do Campo. Estarrecido, o baiano declarou que era “a primeira vez que tinha um show censurado no período democrático”.

Oras, é um pouco óbvio demais que não vivemos mais numa democracia, depois da ruptura institucional abrupta que o país viveu com o impeachment da presidenta Dilma em 2016, já consolidado Golpe de 16, portanto, Caetano não deveria ficar surpreso com censuras dessa espécie. Contudo, uma questão chama bastante atenção em todo episódio que envolve o ex-tropicalista: o método da censura.

Entrega de Alcântara é um ato de traição

A manipulação jurídica substitui as armas

Por Zillah Branco, no site Vermelho:

O sistema capitalista tenta superar a sua crise final mascarando a realidade com a ficção da democracia e do respeito pelo Estado de Direito.

Ao contrário dos inúmeros golpes militares que chacinaram sanguinariamente populações em todo o mundo, hoje fazem uso das leis para matarem as populações mais pobres pela fome e a miséria social, destruírem as riquezas que garantem soberania nacional, adoecerem as novas gerações pela promoção das drogas e de uma cultura anti-ética que as torna alienadas, e pela corrupção financeira que elimina figuras públicas que poderiam atuar construtivamente na transição da sociedade para uma melhor distribuição dos rendimentos a caminho do socialismo. Assim, os golpistas aparentemente não mancham as mãos com o sangue, e a consciência com o peso da traição à pátria e à humanidade. Pensam poder passar por "pessoas respeitáveis", eternizando a sua posição na elite dominante.

A falsa economia do governo Temer

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

Dentre as razões do golpe de 2016 que destituiu a presidente Dilma – democraticamente eleita –, encontrava-se a prometida reorganização das finanças públicas. No último mês de setembro, a dívida bruta do setor público foi de R$ 4,8 trilhões, representando 73,9% do valor do Produto Interno Bruto (PIP), ao passo de que em setembro de 2016 era de 4,3 trilhões (70,7% do PIB). Ou seja: em 12 meses, a dívida bruta pública cresceu 500 bilhões de reais.

domingo, 5 de novembro de 2017

Gás de cozinha sobe 54%. Cadê os coxinhas?

Por Altamiro Borges

Na sexta-feira (3), a Petrobras anunciou um novo reajuste no gás de cozinha para embalagens em botijões de 13 kg. A facada desta vez será de 4,5%. É o quinto aumento consecutivo imposto pela quadrilha de Michel Temer desde que a companhia mudou sua política de preços para o GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), em junho passado. Neste curto período, o produto essencial na maioria dos lares brasileiros já acumula uma alta de 54%.

Meirelles, um “presidenciável” do Caribe

Por Altamiro Borges

A edição brasileira da rede britânica BBC publicou neste domingo (5) uma longa reportagem sobre as sinistras contas de Henrique Meirelles em offshores no Caribe. A explosiva denúncia não mereceu qualquer destaque na mídia nativa, nutrida com milhões em publicidade do covil golpista de Michel Temer. Afinal, o czar da economia ainda é cotado para ser o candidato das forças de direita e dos abutres financeiros na disputa presidencial de 2018. Nada pode abalar a campanha do queridinho do “deus-mercado”. A reportagem, porém, repercutiu nas redes sociais e pode atrapalhar as pretensões de Henrique Meirelles – que já coleciona desastres com a estagnação da economia brasileira e a imposição de inúmeras maldades contra os trabalhadores.

Cyrella e a mais atrevida tacada de Doria

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

João Doria Jr é um bem sucedido homem de negócios. Por tal, não se entenda o empreendedor convencional, ou o gestor. Toda a carreira empresarial de Doria foi feita no campo dos patrocínios, permutas e lobbies, colocando empresários em contato com autoridades através dos múltiplos fóruns da LIDE. A missão da LIDE é montar eventos que permitam a empresários e autoridades estreitar relacionamentos.

As autoridades vão porque querem um público de empresários e CEOS. E estes vão porque querem contato direto com as autoridades.

O sentido da vida não se perdeu

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Quem olha o panorama brasileiro sob a ótica da ética (toda ótica produz sua ética) não deixa de ficar desolado e profundamente entristecido. Um presidente não é apenas portador do poder supremo de um país. O cargo possui uma carga ética. Ele deve testemunhar, por sua vida e atos, os valores que quer que seu povo viva.

Aqui temos o contrário:um presidente tido por corrupto, não só por acusação de políticos, nem sequer por delações, sempre discutíveis, mas por investigação séria da Polícia Federal e de outros órgãos como o Ministério Público. Mas a desmesurada vaidade do cargo e a total falta de respeito face ao seu próprio país, se mantem à base de corrupção feita à luz do dia, comprando votos de deputados e oferecendo outros benesses. E os deputados, gaiamente, se deixam corromper, porque muitos são corruptos, aproveitam a ocasião para conquistar funções e outros benefícios.

A liberdade de expressão não é absoluta

Por Bia Barbosa, na revista CartaCapital:

Uma série de decisões proferidas pelo Poder Judiciário esta semana, em diferentes varas, instâncias e estados do País, reafirmam o conceito – consolidado em tratados internacionais e na Constituição brasileira – de que a liberdade de expressão não pode ser usada para violar outros direitos fundamentais. Como afirma a Declaração Universal dos Direitos Humanos e um conjunto de pactos internacionais ratificados pelo Brasil, os direitos fundamentais são interdependentes e indivisíveis, não podendo ser estabelecida uma hierarquia entre eles. Ou seja, o limite de um direito é o outro – e, nos casos avaliados pela Justiça esta semana, o limite colocado à liberdade de expressão veio de direitos como a dignidade humana, a liberdade de crença, a livre orientação sexual e à não incitação à violência.

Cármen Lucia e a vingança de Alexandre Frota

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Três anos depois que o craque Daniel Alves comeu uma banana para manifestar seu repúdio ao racismo durante um jogo de futebol na Espanha, a presidente do STF Carmen Lúcia deu uma preocupante marcha-a ré no esforço dos brasileiros e brasileiras para construir uma "sociedade fraterna, pluralista e sem preconceito", como define o artigo 5 da Constituição de 1988.

A ministra foi chamada a dar palavra final numa disputa particularmente instrutiva entre os organizadores do Enem, que defendiam nota zero para redações que "desrespeitem os direitos humanos" e uma ação do Ação Escola Sem Partido, para quem a regra não passa de uma tentativa de impor "aos candidatos, respeito ao politicamente correto". Numa concessão óbvia aos tempos de conservadorismo em alta, Carmen Lucia decidiu a favor da Escola Sem Partido e escreveu: "não se combate a intolerância social com maior intolerância estatal".

Temer assume agenda das multinacionais

Por Felipe Coutinho, no blog Viomundo:

Desde que Temer ascendeu ao poder, o governo assumiu a agenda das multinacionais do petróleo e de seus controladores. Trata-se da agenda do sistema financeiro internacional e dos países estrangeiros que controlam as multinacionais, privadas e estatais.

Mas o que exatamente desejam as multinacionais e seus controladores?

Querem a propriedade do petróleo brasileiro, ao menor custo possível, com total liberdade para exportá-lo.

A classe média como capataz da elite

Por Jessé Souza, no blog Diário do Centro do Mundo:

Este artigo é o resumo parcial de um fio condutor que percorre meu último livro a ser lançado em setembro de 2017, pela editora Leya, com o título “A Elite do Atraso: da escravidão à lava jato”. Neste livro, busco enfrentar o desafio ambicioso de formular uma gênese histórica alternativa à narrativa hoje dominante, seja na direita seja na esquerda do espectro político, da sociedade brasileira contemporânea. Embora no livro reconstrua a escravidão e seus efeitos desde o Brasil colônia, aqui a limitação de espaço me obriga a inquirir acerca de sua feição mais moderna. Como se constrói, no século XX, uma sociedade que reproduz todas as iniquidades do ódio, humilhação e desprezo contra os mais frágeis que caracterizam a escravidão?

O Globo e o marqueteiro 'caixa 2' do PMDB

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O Globo publica hoje o vazamento da delação do publicitário Renato Pereira, que, em acordo de colaboração premiada fechado com a Procuradoria-Geral da República diz que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, o ex-prefeito Eduardo Paes, o ex-candidato a prefeito e deputado federal Pedro Paulo (PMDB-RJ) e o ex-governador Sérgio Cabral negociavam, por seu intermédio, pagamentos “por fora” para suas campanhas eleitorais, através de sua agência de propaganda.

Samarco: Dois anos de lama, luto e luta

Por Camilla Veras, no jornal Brasil de Fato:

Neste domingo (05) o maior crime socioambiental do Brasil - e da mineração dos últimos cem anos - completa dois anos. A memória do rompimento da barragem de minérios de ferro da Samarco segue viva. Os impactos na vida e na saúde continuam afetando a população em toda região da bacia do Rio Doce.

O rompimento da barragem de Fundão despejou aproximadamente 50 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de minério liquefeitos ao longo de 663 km da bacia hidrográfica do Rio Doce, levando a morte 19 pessoas e um abortamento. A lama de rejeitos seguiu o curso dos rio Gualaxo Norte, Carmo e Doce. Contaminou a bacia, comprometeu a pesca e inviabilizou o fornecimento de água ao longo das cidades ribeirinhas.

Bispo-prefeito quer destruir carnaval do RJ

Foto do site http://www.carnavalesco.com.br
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Dorival Caymmi registrou para a posteridade no Samba da Minha Terra : “Quem não gosta de samba bom sujeito não é, ou é ruim da cabeça ou doente do pé.” E a cabeça ruim, retrógrada e fundamentalista do bispo neopetencostal, e dublê de prefeito do Rio, Marcello Crivella, é hoje a maior ameaça ao desfile das escolas de samba do Rio e ao carnaval como um todo.

Faltando cerca de 100 dias para o carnaval, o desespero começa a tomar conta dos responsáveis pelo desenvolvimento do enredo das escolas. Agindo como líder religioso, e não como prefeito de uma cidade que tem no carnaval sua maior festa popular e traço cultural marcante, Crivella reduziu à metade a subvenção às escolas do Grupo Especial, de R$ 2 milhões para R$ 1 milhão, dividido em duas parcelas. Se depender do bispo, está condenado à morte por inanição o valioso produto de exportação do Rio, fator de atração de recursos e geração de emprego e renda.

Os estranhos poderes do Uber no Brasil

Henrique Meirelles e o presidente da Uber, Dara Khosrowshahi
Foto: Adriano Machado/Reuters
Por Roberto Santana dos Santos e João Claudio Platenik Pitillo, no site Outras Palavras:

Nesta terça-feira dia 1º de novembro o Senado votou um projeto (PLC-28) que deveria ser a regulamentação do Uber e demais aplicativos de transporte privado. Ao contrário do estardalhaço dos apoiadores do Uber, o projeto era muito simples e visava adequar esses aplicativos ao Código de Trânsito Brasileiro. Reduzia a fatia – de 25% para 5% – a fatia dos rendimentos dos motoristas abocanhada pela transnacional norte-americana. Exigia, entre outras coisas, vistoria anual nos veículos, registro dos mesmos no nome dos motoristas e habilitação adequada para o transporte particular de pessoas. Regras básicas de segurança e legalidade.

O partido Novo que já nasceu velho

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

O ex-presidente do Banco Central do governo FHC, Gustavo Franco, anunciou sua desfiliação do PSDB. Na última segunda-feira, ele deu entrevista para a Folha se mostrando bastante decepcionado com a crise ética pela qual passa o partido e decidiu se filiar ao Partido Novo. Foi o mesmo caminho seguido pelo ex-tucano e técnico de vôlei Bernardinho em abril. Com o PSDB dividido entre continuar apoiando ou não um governo marcado pela corrupção, talvez essa revoada de tucanos para o Novo seja uma tendência nos próximos meses. É um caminho natural, as eleições estão aí. Certamente muita gente vai querer dar uma repaginada no visual e trocar o desgastado uniforme azul e amarelo.