Por Cezar Britto, no site Congresso em Foco:
Cresci aprendendo que a portuguesa saudade era a palavra mais difícil de ser traduzida e compreendia por aqueles que não dominam a língua de Camões. Afinal, como definir em única palavra o que o genial Raul Seixas disse ser “um parafuso que quando a rosca cai só entra se for torcendo porque batendo não vai. Mas quando enferruja dentro nem distorcendo não sai”?
Como enquadrar em apenas um monótono vocábulo o inspirado conceito de Patativa do Assaré, quando, divinamente, aponta que “Saudade é canto magoado no coração de quem sente. É como voz do passado ecoando no presente”? Nem mesmo Fernando Pessoa, o poeta português mais admirado no Brasil, conseguiu um sinônimo apropriado para a sua definição, embora brindasse a todos com a lembrança de que “A saudade é a luz viva que ilumina a estrada do passado”.
Como enquadrar em apenas um monótono vocábulo o inspirado conceito de Patativa do Assaré, quando, divinamente, aponta que “Saudade é canto magoado no coração de quem sente. É como voz do passado ecoando no presente”? Nem mesmo Fernando Pessoa, o poeta português mais admirado no Brasil, conseguiu um sinônimo apropriado para a sua definição, embora brindasse a todos com a lembrança de que “A saudade é a luz viva que ilumina a estrada do passado”.