Por Philippe Leymarie, no site Outras Palavras:
É preciso compreender esse infeliz presidente Trump. Uma lei adotada durante o governo de Barack Obama (mas sob pressão republicana) obriga o executivo norte-americano a confirmar, a cada três meses, a assinatura do acordo sobre a desnuclearização militar do Irã – o Plano de Ação Integral Conjunto (JCPoA – Joint Comprehensive Plan of Action, em inglês) –, “certificando” que está suficientemente bem implementado, para que Washington retome a rodada: uma abordagem que enfurece o presidente norte-americano. Sente-se ridicularizado, ele que não parou, desde sua nomeação em novembro de 2016, de qualificar esse acordo como “catastrófico”, “injusto”, “podre”, “perigoso” e outras cortesias. Trump deu até o próximo 12 de maio aos europeus, e portanto a Emmanuel Macron, para encontrar um novo texto que preencha o que ele chama de “as terríveis lacunas” do acordo atual.