terça-feira, 14 de maio de 2019

Não à capitalização na Previdência

Por Paulo Nogueira Batista Jr., na revista CartaCapital:

A reforma previdenciária é o carro-chefe do governo Bolsonaro na área econômica. Com apoio veemente da tenebrosa turma da bufunfa, o Ministério da Economia proclama a impossibilidade de adiá-la. Afirma-se que ela é indispensável para evitar o colapso das finanças públicas.

Mas algo não bate bem na retórica dos defensores da reforma. O cerne da proposta apresentada ao Congresso parece ser a implantação de um regime de capitalização, baseado em contas individuais, no lugar do atual regime de repartição, considerado falido e insustentável. Ora, a transição para a capitalização impõe tremenda sobrecarga às finanças públicas. Que sentido faz impor tal sobrecarga se o desequilíbrio das contas do governo é um dos principais problemas do País? A reforma não é justificada pela contribuição que daria ao reequilíbrio fiscal?

Não basta não ser racista

Por Ana Mielke 

Hoje, neste dia 13 de maio, não vou falar sobre o genocídio da juventude negra, que mata 23 mil jovens negros por ano no país. Nem sobre o racismo insidioso que nos apaga, nos invisibiliza e nos cala na história que nos é contada e também em nosso sistema de mídia.

Também não vou falar que 63,7% dos 13 milhões de desempregados no Brasil são negros; que a reforma da previdência vai impactar principalmente a vida de mulheres negras; nem tampouco que 61,7% dos presos no sistema carcerário brasileiro são negros.

Bolsonaro e Moro fizeram acordo espúrio

Da Rede Brasil Atual:

A promessa do presidente, Jair Bolsonaro (PSL) de indicar seu ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), continua sendo alvo de críticas. A presidenta do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), afirmou, em vídeo divulgado nesta segunda-feira que Moro e Jair Bolsonaro fizeram um acordo espúrio. "Foi por isso que ele prendeu o ex-presidente Lula. A situação é escandalosa", disse.

Um mundo sem fronteiras?

Por Boaventura de Sousa Santos, no site Outras Palavras:

Vivemos num tempo de abolição de fronteiras ou num tempo de construção de fronteiras? Se tivermos em conta dois dos poderes ou instrumentos que mais minuciosamente governam as nossa vidas – o capital financeiro e a internet – é inescapável a conclusão de que vivemos num mundo sem fronteiras. Qualquer tentativa de qualquer dos 195 Estados que existem no mundo para regular estes poderes será tida como ridícula. No atual contexto internacional, a avaliação não será muito diferente, se a regulação for levada a cabo por conjuntos de Estados, por mais ominoso que seja o provável desenlace da falta de regulação. Por outro lado, se tivermos em conta a incessante construção ou reafirmação de muros fronteiriços, facilmente concluímos que, pelo contrário, nunca as fronteiras foram tão mobilizadas para delimitar pertenças e criar exclusões. Os muros entre os EUA e o México, entre Israel e a Palestina, entre a Hungria e a Sérvia, entre a Crimeia e a Ucrânia, entre Marrocos e o povo saharaui, entre Marrocos e Melila/Ceuta aí estão a afirmar o dramático impacto das fronteiras nas oportunidades de vida daqueles que as procuram atravessar.

Coaf com Moro vai na contramão da Europa

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                 

A transferência do Coaf [Conselho de Controle de Atividades Financeiras] do Ministério da Fazenda para o “Ministério do Sérgio Moro”, como pretende Moro com o apoio entusiasta da Rede Globo, vai totalmente na contramão do que acontece na Europa.

Essa é a conclusão da pesquisadora brasileira do Instituto Max Planck, da Alemanha, Ana Carolina Carlos de Oliveira, que alerta que esse retrocesso “pode não ser bom para a relação do Coaf com as outras unidades de inteligência financeiras de países importantes”. Com a medida, o Brasil perderia capacidade de cooperação e coordenação com entidades internacionais no enfrentamento de crimes financeiros.

Quebra de sigilo apavora os Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Desde a semana passada, ligou-se aqui “os pontinhos” e afirmou-se que o “tsunami” previsto por Jair Bolsonaro atingia aquilo que é o mais importante para ele: o seu clã .

Hoje, o surgimento de declarações do pai e do filho Flávio atacando a investigação do caso Fabrício Queiroz como “uma perseguição política” também era sinal de que algo pesado estava a caminho.

Estava: o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do sigilo bancário do senador Flávio Bolsonaro , do ex-policial militar Fabrício Queiroz e de quase uma centena de funcionários do gabinete do filho presidencial e de empresas que fizeram negócios com o agora senador.

segunda-feira, 13 de maio de 2019

Mídia rifa Moro, o ministro que virou bagaço

Por Altamiro Borges

Os abusos da Operação Lava-Jato, que ajudaram a demonizar a política e a chocar o ovo da serpente fascista no país – resultando na eleição do miliciano Jair Bolsonaro –, só foram possíveis graças ao apoio entusiástico da mídia falsamente moralista. Sem cumprir o seu papel informativo, ela nunca questionou os métodos arbitrários e ilegais de Sergio Moro.

O juizeco de primeira instância, também apelidado de “marreco de Maringá”, virou herói do Partido da Imprensa Golpista – o PIG. Ele foi homenageado inúmeras vezes pela Rede Globo e paparicado por outras emissoras de rádio e tevê, ocupou várias capas da Veja e de outras revistonas e teve espaço generoso, quase diário, nos jornalões.

Doria quer uma TV Cultura “pró-mercado”

Por Altamiro Borges

O Estadão informou neste domingo (12) que João Doria, o lobista que virou governador de São Paulo, quer transformar a TV Cultura num canal “pró-mercado”. Um dia depois, o mesmo o jornal revelou que o fascista travestido de tucano já escolheu o novo presidente da Fundação Padre Anchieta, que controla a emissora pública paulista: será José Roberto Maluf, ex-dirigente da Band e SBT. O Estadão só não informou que o tal executivo também já foi vice-presidente executivo da Doria Associados, o biombo marqueteiro do atual governador.

Moro vira bagaço no "laranjal" de Bolsonaro

Bolsonaro tira Moro da frente em 2022

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Falem o que quiserem do capitão presidente, mas burro ele não é, ou não teria vencido a eleição em 2018.

Pode parecer uma loucura - e é -, mas Bolsonaro já está pensando na reeleição em 2022.

Foi só por isso, e para agradar à sua seita nas redes sociais, que ele antecipou o pagamento da fatura a Sergio Moro por ter prendido Lula e deixado o campo livre para a sua vitória.

Vejam o que ele disse, com todas as letras, em entrevista à rádio Bandeirantes no domingo:

“A primeira vaga que tiver no STF, eu tenho esse compromisso com Moro, e se Deus quiser nós cumpriremos esse compromisso. Acho que a nação toda vai aplaudir um homem com esse perfil dentro do STF”.

Site do Barão-RJ sofre censura do Facebook

Por Larissa Ormay, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Quando o Facebook anunciou que contrataria o serviço de checagem de notícias para combater a desinformação na rede social, já sabíamos que a mídia alternativa correria um sério risco de censuras. É corriqueiro o silenciamento de vozes que ousam se levantar para contrapor a narrativa da mídia que atua como partido político das oligarquias na América Latina. A oportunidade do Facebook não seria desperdiçada.

Já se notabilizam casos estapafúrdios envolvendo a checagem de notícias com viés preconceituoso contra a blogosfera progressista. Talvez o exemplo mais famoso se refira ao episódio da tentativa de entrega de um terço a Lula.

Unir, unir e unir contra os retrocessos

Por João Guilherme Vargas Netto

Não me impressionaram as palavras do presidente Bolsonaro anunciando para esta semana um tsunami. Menos que um alerta, soaram como uma nova tentativa de turvar as águas.

E, como estamos sob o signo de personagens históricas da esquerda, há um trotskismo evidente no “tsunami permanente” que sofrem os milhões de brasileiros desempregados em uma economia que não lhes oferece emprego, diferentemente do que foi anunciado pelos promotores da deforma trabalhista.

Esta é a base grande do mal estar que tem originado o começo de reações maciças ao descalabro agravado pelas medidas governamentais.

A entrevista de Lula a Kennedy Alencar

Sidão é vítima da ignomínia da Globo

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Segundo o dicionário online dos significados, “ignomínia é um substantivo feminino que significa vergonha pública grave, e é sinônimo de infâmia, opóbrio, estultícia e vitupério. Essa palavra tem origem no termo latim ignominia que significava uma desgraça ou o ato de perder o bom nome.

A ignomínia é uma manifestação que tem como objetivo humilhar ou rebaixar uma pessoa, consistindo num ultraje ou numa afronta. Exemplo: quando fui demitido, o meu chefe me insultou na frente dos meus colegas. Essa foi a maior ignomínia que eu já passei.”

Bolsonaro diz que "racismo é coisa rara"

Do blog Socialista Morena:

“Afirmar que o racismo é raro no Brasil é desconhecer o preconceito enfrentado por mais da metade da população negra brasileira, que luta todos os dias por seus direitos e contra o retrocesso”, disse o presidente da Associação Nacional dos Defensores Públicos Federais do Brasil (Anadef), Igor Roque.

O posicionamento da entidade é uma resposta às declarações do presidente da República, Jair Bolsonaro, que afirmou durante entrevista a Luciana Gimenez, da RedeTV!, que o racismo “é uma coisa rara no País” e que “já encheu o saco”. Em seu afã de bajular Bolsonaro, a apresentadora concordou: “É, isso não cola mais”.

Revolução 5G e a vigilância dos humanos

Por Aram Aharonian, no site Carta Maior:

A nova geração de comunicação móvel 5G significa uma profunda transformação tecnológica, com importantes consequências empresariais, sociais e geopolíticas, desde o momento em que os investigadores e empresas chinesas tomaram a dianteira, despertando a paranoia dos estrategistas e governo estadunidenses, tendo em conta as consequências geopolíticas e inclusive militares da mesma.

Brasil vai parar para salvar a educação

Por Francisca Seixas, no site Vermelho:

Contra todos os retrocessos do desgoverno de Jair Bolsonaro, os profissionais da educação vão parar o Brasil de ponta a ponta nesta quarta-feira (15). Antes mesmo de assumir a Presidência, os ataques às conquistas da classe trabalhadora e à educação dominavam os discursos de presidente eleito no ano passado.

Ele não aceita a educação com liberdade e insufla o ódio às professoras e professores para justificar o desmonte da educação pública para favorecer conglomerados econômicos com a privatização deses setor fundamental para o desenvolvimento soberano do país e para as classes menos privilegiadas melhorarem de vida.


O pacto de R$ 2,5 bi da fundação da Lava-Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Esse Xadrez vai mostrar a promiscuidade existente entre procuradores do DoJ e grandes escritórios de advocacia e lançar mais luzes sobre o episódio mais controvertido da Lava Jato: as razões para a Petrobras ter aceitado pagar US$ 3 bilhões em um acordo fechado no âmbito de uma class action com a participação direta do Departamento de Justiça e da Lava Jato.

Por aqui se entenderá melhor o contexto geral da barganha que direcionaria R$ 2,5 bilhões para a tal fundação a ser gerida pela Lava Jato do Paraná.

domingo, 12 de maio de 2019

Estadão chora sua decepção com a economia

Por Altamiro Borges

Durante os governos Lula e Dilma, o oligárquico jornal Estadão fez de tudo para desestabilizar política e economicamente o país – como já havia feito no passado contra Getúlio Vargas, Juscelino Kubitschek e João Goulart. Membros da famiglia Mesquita chegaram a carregar cartazes nas marchas golpistas pelo impeachment da presidenta. O decadente diário difundia a seus leitores mais tacanhos que bastava derrubar Dilma Rousseff – e prender Lula – para a economia voltar a crescer.

As “pedaladas” de Doria com publicidade

Por Altamiro Borges

A Folha deste domingo (12) publica uma longa reportagem que poderia servir para baixar a bola do governador João Doria – que segue na sua ofensiva para escantear os tucanos históricos, tomando de assalto o comando do PSDB, e para garantir a sua candidatura presidencial em 2022. Segundo a matéria, o ex-prefake da capital paulista teria gastado 122% a mais em publicidade do que o permitido em lei para um ano eleitoral. Se a Justiça não fosse tão seletiva e parcial, a bombástica denúncia motivaria a abertura de um processo de cassação do seu mandato como governador.