domingo, 30 de junho de 2019

Perigo de homens medíocres como Bolsonaro

Por Esther Solano, na revista CartaCapital:

Nada mais perigoso do que um homem medíocre e triste que odeia a inteligência e a felicidade alheias. Esta é a cara do governo Bolsonaro. Personagens de uma mediocridade tão ostensiva que disfarçá-la é tarefa impossível. Como me disse um dia um aluno, é a burrice ostentação. Juntam-se a essa mediocridade as paixões tristes que o movem.

Há dois tipos de medíocre: o que é consciente de sua limitação e fica recolhido nela humildemente ou se esforça para crescer e o que, incapaz dessa humildade ou desse crescimento, tenta destruir, exterminar tudo aquilo ou todos aqueles que brilham mais que ele. Não é preciso dizer a qual dos dois tipos pertencem os patéticos personagens bolsonaristas.

sábado, 29 de junho de 2019

Vaza-Jato e o jornalismo

As milícias se unem contra Luva Livre

Avião, cocaína e a tragédia do desemprego

Por Umberto Martins, no site da CTB:

Enquanto o presidente Jair Bolsonaro esmera-se na arte de achincalhar a imagem do Brasil no exterior, com um escândalo de 39 quilos a bordo de um avião presidencial, o IBGE divulga mais um retrato aterrador do mercado de trabalho brasileiro.

O número de trabalhadoras e trabalhadores considerados subutilizados, que inclui desempregados, desalentados e subocupados, subiu a 28,5 milhões, um trágico recorde. Desempregados diretos (que continuam procurando emprego diariamente, mas não encontram) são 13 milhões. Para quem é jovem o cenário é mais sombrio: 27% estão desocupados. A informalidade continua em alta, em detrimento do trabalho formal, com carteira assinada.

Pauta regressiva tem que ser barrada

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

O ataque à soberania nacional que o governo Bolsonaro está patrocinando não tem precedentes. Por isso a questão nacional nunca foi tão relevante. A oposição, no Congresso e nas ruas, precisa agir. É o que afirma o economista Paulo Nogueira Batista Jr. em entrevista ao Tutaméia.

Na sua análise, a agenda regressiva da extrema direita está gerando reações no exterior e, sobretudo, aqui. “A oposição está se aproveitando dos erros sucessivos do governo. Não só a oposição parlamentar, mas oposição social. Mulheres, negros, estudantes, LGBTs, cineastas, cantores: todos estão vendo que a pauta destrutiva em curso tem que ser parada. A força do pessoal que autenticamente rejeita a barbárie é muito grande.

Bolsonaro envergonha o Brasil

Lula seguirá preso. Moro segue mentindo!

Sindicalismo e os protagonistas relevantes

Por João Guilherme Vargas Netto

A medida provisória 873, de 1º de março deste ano – a medida provisória do boleto sindical – caducou, perdeu validade.

Editada às vésperas do Carnaval com a intenção malévola de desorganizar ainda mais as relações de trabalho e garrotear os sindicatos dos trabalhadores não teve o apoio das direções partidárias nem das direções das grandes empresas; a malvadeza de Rogério Marinho somente prosperou entre os contadores de empresas dirigidas por patrões-piratas.

As direções sindicais e os deputados ligados aos trabalhadores fizeram um bom trabalho que levou à falência da medida provisória dificultando a instalação e os trabalhos da comissão especial que a analisaria.

Curuguaty e a mobilização dos paraguaios

Por Leonardo Wexell Severo

Os movimentos populares paraguaios do campo e da cidade começaram a realizar uma série de mobilizações em apoio ao juiz Emiliano Rolón Fernández, acusado pela procuradora geral do Estado, Sandra Quiñonez, de “mal desempenho em suas funções” por ter absolvido os camponeses condenados pelo massacre de Curuguaty.

Comandado por seguidores do general Alfredo Stroessner, que governou o país por 45 anos (1954-1989) e amigos de Blas Riquelme (ex-presidente do Partido Colorado, o da ditadura), que se autoproclamava proprietário de Marina Kue, em Curuguaty, o Júri de Acusação de Magistrados (JEM) marcou para o próximo dia 9 de julho a decisão sobre o futuro de Emiliano.

União Europeia 7x1 Mercosul

Por Marcelo Zero

A apresentação da conclusão do acordo entre a União Europeia e o Mercosul como um “grande avanço” é, provavelmente, a maior fake news do governo Bolsonaro.

O governo e a imprensa venal falam da “grande conquista” de um acordo que demorava 20 anos para ser concluído.

Pudera. Na época em que tínhamos um governo que defendia o Brasil e o Mercosul, os nossos negociadores preferiam não fechar um acordo do que fechar um acordo ruim, lesivo à nossa soberania.

Deve-se entender que em toda negociação comercial, os países participantes têm interesses ofensivos, normalmente vinculados aos seus setores produtivos mais competitivos, e interesses defensivos, relacionados aos seus setores econômicos mais frágeis e que precisam de proteção para se desenvolver.

Urnas apontam novos rumos para a ABI

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Bastou darem voz aos sócios da tradicional Associação Brasileira de Imprensa (ABI) que eles se manifestaram uníssonos. Na sexta-feira (27/06), pela segunda vez os associados da Casa do Jornalista foram chamados às urnas para decidirem sobre a futura administração da entidade. A primeira votação, em 16 de maio, com 256 eleitores participando, foi embargada judicialmente pelo ex-presidente da casa, João Domingos Meirelles.

Os estádios vazios na Copa América

Por Ricardo Flaitt, no site Lance:

Os grandes eventos esportivos, como a Copa América, em suas peças publicitárias, estão impregnados de mensagens de união e integração dos povos, porém, no mundo real, o que se explicita são estádios vazios, ressaltando o apartheid social a que a população é submetida. A grande massa, que sustenta os campeonatos estaduais e nacionais, diante de valores incompatíveis com a realidade econômica do país, é relegada a assistir os jogos do sofá de sua casa.

sexta-feira, 28 de junho de 2019

Jornalistas perseguidos; democracia sucumbe

A destruição da soberania e da ciência

Foto:  Felipe Bianchi
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Reconhecido mundialmente, o neurocientista Miguel Nicolelis avisa: a renascença vivida pelo Brasil com a ampliação das universidades e do acesso ao ensino superior, bem como os programas de fomento e estímulo ao desenvolvimento científico, chegou ao fim. E não é só isso. O processo de desmonte que começou com Michel Temer e vem sendo agravado com Jair Bolsonaro é tão profundo que custará décadas de reconstrução ao país. As declarações foram dadas durante debate nesta terça-feira (25), no Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo.

"Aeroína", Bolsonaro e a bolha de idiotas

Por Leandro Fortes

Bolsonaro tem, claro, o benefício da dúvida. Afinal, contra tudo e contra todos, ele vetou a gratuidade de bagagens nos voos nacionais. No limite, portanto, ele não permitiria, ao menos de graça, o embarque de 39 quilos de cocaína pura no avião presidencial reserva (!?) que o acompanhava ao Japão.

Mas a tolerância com Bozo e sua trupe, rumo ao Oriente, para por aí.

Isso porque imaginar que apenas um militar da FAB, cujo nome ainda está providencialmente mantido em sigilo, montou sozinho um esquema com potencial de faturamento de quase 50 milhões de reais é ridículo, até para a lógica bolsonarista.

Bolsonaro, o mais impopular

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Desde que Bolsonaro chegou ao Palácio do Planalto, e ficou clara sua incapacidade colossal, um fantasma atormenta certos setores da oposição. O presidente estaria, no fundo, encenando uma peça, para “convocar o caos”, derrubar o sistema político e instalar um governo francamente fascista? A nova pesquisa de popularidade presidencial divulgada hoje pelo Ibope ajuda a desfazer esta fantasia. Governo péssimo resulta, realmente, em perda rápida de apoio. Em menos de seis meses de governo, o percentual de apoio ao presidente (os que julgam sua gestão “ótima” ou “boa”) despencou para 32% da população.

Moro e o sargento da coca que "agiu sozinho"

As fotos na Internet, sobre carregamentos de 40 kg de cocaína,
comprovam a impossibilidade do sargento ter atuado sozinho
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O vice-presidente, general Hamilton Mourão, declarou o óbvio: o tal sargento da aeronáutica não agiu sozinho. Têm-se, aí, um caso grave, um problema que já afetou Forças Armadas de diversos países, mais ainda aquelas que foram colocadas na linha de frente da luta contra a droga.

O abuso de autoridade e a majestade da lei

Editorial do site Vermelho:

A aprovação no Senado do projeto de lei que pune abuso de autoridade praticado por magistrados e integrantes do Ministério Público foi um passo institucional de suma importância. Ela avança na criação de um instrumento de contenção da marcha do arbítrio contra o Estado Democrático de Direito e ao mesmo tempo de aprimoramento da institucionalidade democrática do país. Numa conjuntura em que há uma inequívoca tendência ao retrocesso civilizatório, instituir essa medida equivale a acender uma luz na escuridão.

Ibope: segue a erosão de Bolsonaro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A pesquisa CNI-Ibope divulgada hoje confirma o que todos os levantamentos têm indicado e avança mais um degrau: o apoiamento público do governo de Jair Bolsonaro está se erodindo continuamente e ele ainda preserva seu núcleo mais fanático, embora esteja perdendo progressivamente outro tanto que lhe deu o voto em outubro.

Desta vez, porém, o número de insatisfeitos com o ex-capitão supera, pela primeira vez, o número de satisfeitos.

Lula sob custódia militar e sem direitos

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

Em 6 meses o STF adiou 3 vezes o julgamento do habeas corpus em que Lula pede sua liberdade devido à atuação interessada, documentalmente comprovada, de Sérgio Moro no processo farsesco para condená-lo, prendê-lo e afastá-lo da eleição presidencial.

O 3º adiamento dá a exata noção da anomalia do judiciário brasileiro, que está tutelado pelas facções militares hegemônicas.

Habeas corpus, no Direito, tem valor equivalente ao atendimento médico urgente, inadiável e improrrogável. Em nenhuma hipótese o socorro imediato pode ser negado se presentes os requisitos para seu pedido; sua negação pode levar a risco de morte do paciente.