Em abril de 2016, Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), falou com o procurador Deltan Dallagnol e prometeu apoio à Operação Lava Jato. “In Fux we trust”, comemorou na época o então juiz Sérgio Moro, em mensagem a Dallagnol. Chefe do hoje ministro da Justiça, Jair Bolsonaro pode dizer o mesmo que Moro daquele que assumirá o comando do STF em setembro de 2020.
quinta-feira, 11 de julho de 2019
O filho de Luiz Fux e o filho de Bolsonaro
Moro agia contra Lula; não contra corrupção
Por Cláudio Silva, no jornal Brasil de Fato:
O povo brasileiro não aceita corrupção na política. Atentos a isso, os comandantes da Operação Lava Jato se aliaram à mídia para popularizar suas ações. Se aproveitaram de estratégias e instituições criadas nos últimos anos para combater a corrupção na política. É preciso reconhecer os avanços, mas, mesmo com um longo caminho a percorrer, vale lembrar que o período de maior investimento no combate à corrupção foram nos governos de Lula e Dilma.
A "moeda" que negociou a sua Previdência
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:
A aprovação em primeiro turno do texto-base da proposta de reforma da Previdência na Câmara mal foi concluída e já passou a ser chamada de “tratorada”, diante das artimanhas usadas pelo governo e sua base para comprar votos. Além do aumento de emendas no valor total de R$ 2 bilhões para R$ 3 bilhões para os deputados, hoje (10) o Executivo autorizou refinanciamento de dívidas de agricultores – a pedido dos ruralistas. E o ministério da Saúde liberou mais R$ 100 milhões em verbas para o setor em vários municípios.
quarta-feira, 10 de julho de 2019
Barão de Itararé presta homenagem a PHA
Do site da Centro de Estudos Barão de Itararé:
Adeus, Paulo Henrique
O Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé se despede do jornalista e ansioso blogueiro Paulo Henrique Amorim. A notícia de sua morte, nesta quarta-feira, 10 de julho de 2019, nos deixou a todos consternados e tristes.
Jornalista com longa trajetória profissional, um dos mais importantes do país, dividiu com todos nós, do Barão, o desafio de construir uma organização que tem como centro a luta por uma comunicação mais democrática.
O sorriso afiado de Paulo Henrique Amorim
Por Renata Mielli, no site Vermelho:
E lá vamos nós de perdas em perdas, acumulando luto, tristeza e tendo que respirar fundo e seguir. Nem consigo imaginar como vamos continuar daqui para frente sem o seu comentário afiado, sem a sua sagacidade, suas sutilezas nem sempre tão sutis.
Paulo Henrique Amorim não foi apenas um dos maiores jornalistas do nosso país, ele foi um dos poucos jornalistas no exercício da sua profissão que não se acomodou na indústria dos mass media.
O Paulo sabia, talvez mais do que a maioria esmagadora de nós, como a notícia era fabricada dentro das emissoras de televisão. Como ela era conduzida para atingir objetivos.
Paulo Henrique Amorim não foi apenas um dos maiores jornalistas do nosso país, ele foi um dos poucos jornalistas no exercício da sua profissão que não se acomodou na indústria dos mass media.
O Paulo sabia, talvez mais do que a maioria esmagadora de nós, como a notícia era fabricada dentro das emissoras de televisão. Como ela era conduzida para atingir objetivos.
PHA: cai um pilar da resistência
Por Tereza Cruvinel
"Obrigado, querida, disso entendemos nós dois: sobreviver". Foi o que me disse Paulo Henrique Amorim no dia 24, em resposta à minha mensagem expressando solidariedade. Ele acabava de ser afastado do Domingo Espetacular pela TV Record, por pressão do governo intolerante, autocrático e autoritário de Bolsonaro. Eu havia dito, na mensagem, que ele era um pilar da resistência e vítima do disfarçado e não comentado expurgo de jornalistas que vem acontecendo no país, afastando da mídia os combativos, os que não se vergam. "Eles passarão, nós passarinhos, ainda vamos gorjear", eu disse ainda ele.
"Obrigado, querida, disso entendemos nós dois: sobreviver". Foi o que me disse Paulo Henrique Amorim no dia 24, em resposta à minha mensagem expressando solidariedade. Ele acabava de ser afastado do Domingo Espetacular pela TV Record, por pressão do governo intolerante, autocrático e autoritário de Bolsonaro. Eu havia dito, na mensagem, que ele era um pilar da resistência e vítima do disfarçado e não comentado expurgo de jornalistas que vem acontecendo no país, afastando da mídia os combativos, os que não se vergam. "Eles passarão, nós passarinhos, ainda vamos gorjear", eu disse ainda ele.
PHA e o jornalismo que não se cala
Por Renato Rovai, em seu blog:
Foi-se o amigo, o companheiro de muitas batalhas, um dos mais irreverentes, o sarcástico e o gênio. Mas, mais do que isso, foi-se o jornalista que deixa como legado a coragem dos que não se calam. Paulo Henrique Amorim parte num momento péssimo. E provavelmente vítima dele e dos canalhas, canalhas, canalhas que o perseguiam.
Paulo foi sem sombra de dúvidas o jornalista mais processado deste período digital. Alguns processos, justificáveis. Como cada um de nós, ele também errava. A ampla maioria, de criminosos que não aceitavam que aquele baixinho carioca berrasse em alto e bom som o que lhes era merecido ouvir. E que o fizesse com um toque de humor que expunha as entranhas dos pulhas e popularizava o mal feito.
Paulo foi sem sombra de dúvidas o jornalista mais processado deste período digital. Alguns processos, justificáveis. Como cada um de nós, ele também errava. A ampla maioria, de criminosos que não aceitavam que aquele baixinho carioca berrasse em alto e bom som o que lhes era merecido ouvir. E que o fizesse com um toque de humor que expunha as entranhas dos pulhas e popularizava o mal feito.
O jornalismo brasileiro ficou mais pobre
Por Umberto Martins, no site da CTB:
A morte de Paulo Henrique Amorim, aos 77 anos, na madrugada desta quarta-feira (10) deixa um vácuo no jornalismo brasileiro. Vítima de um infarto fulminante no Rio de Janeiro. Amorim trabalhou nos veículos mais influentes da mídia nacional, inclusive Rede Globo. Conheceu de perto os barões da comunicação, frequentou seus bastidores e tornou-se um crítico afiado e mordaz do chamado quarto poder, tema que lhe inspirou um livro e inúmeras crônicas.
A morte de Paulo Henrique Amorim, aos 77 anos, na madrugada desta quarta-feira (10) deixa um vácuo no jornalismo brasileiro. Vítima de um infarto fulminante no Rio de Janeiro. Amorim trabalhou nos veículos mais influentes da mídia nacional, inclusive Rede Globo. Conheceu de perto os barões da comunicação, frequentou seus bastidores e tornou-se um crítico afiado e mordaz do chamado quarto poder, tema que lhe inspirou um livro e inúmeras crônicas.
Os bagaços: de Cunha a Moro
Por Emiliano José
Fico olhando, de soslaio.
Os de cima navegam entre o pragmatismo e a traição.
Valer-se de figuras sem princípios para atingir objetivos de um preciso instante torna-se regra.
Aliada a outra: descartá-las logo que percam utilidade.
Eduardo Cunha foi essencial no golpe contra Dilma, preservado enquanto conduzia-o "com Supremo e tudo", no dizer jucaniano.
Fico olhando, de soslaio.
Quando há crise de hegemonia, a volatilidade das figuras políticas dominantes é altíssima.
Os de cima navegam entre o pragmatismo e a traição.
Valer-se de figuras sem princípios para atingir objetivos de um preciso instante torna-se regra.
Aliada a outra: descartá-las logo que percam utilidade.
Eduardo Cunha foi essencial no golpe contra Dilma, preservado enquanto conduzia-o "com Supremo e tudo", no dizer jucaniano.
terça-feira, 9 de julho de 2019
Áudio do Dallagnol e o 'jornalixo' da Globo
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A Rede Globo, braço midiático da gangue da Lava Jato, até este exato momento, 20:26h, ainda não divulgou – em nenhum dos veículos do império de comunicação – o áudio em que Deltan Dallagnol celebra com seus parceiros a informação que recebeu em primeira mão sobre a proibição, pelo “In Fux we trust”, da entrevista do Lula à Folha de São Paulo.
Com um detalhe: o áudio foi publicado pelo Intercept às 17:22h e desde então replicado em vários veículos de comunicação.
A Rede Globo, braço midiático da gangue da Lava Jato, até este exato momento, 20:26h, ainda não divulgou – em nenhum dos veículos do império de comunicação – o áudio em que Deltan Dallagnol celebra com seus parceiros a informação que recebeu em primeira mão sobre a proibição, pelo “In Fux we trust”, da entrevista do Lula à Folha de São Paulo.
Com um detalhe: o áudio foi publicado pelo Intercept às 17:22h e desde então replicado em vários veículos de comunicação.
Lula e a brutalidade do Estado
Por Pedro Estevam Serrano, na revista CartaCapital:
As recentes divulgações feitas pelo site The Intercept Brasil de mensagens trocadas entre o ex-juiz e agora ministro da Justiça Sérgio Moro com procuradores da Lava Jato corroboram aquilo que há algum tempo venho apontando em meus estudos: no Brasil, o sistema de justiça tem sido fonte de decisões de exceção. Em vez de promover a aplicação do Direito, suspende direitos fundamentais da sociedade ou de parcela dela.
Lava Jato: sobrinha do Tio Sam?
Por Marcelo Uchôa, no site da Fundação Perseu Abramo:
As revelações exibidas pelo The Intercept Brasil já abriram capítulo especial na história nacional, tanto pela gravidade das informações que vêm trazendo a lume, como pela hesitação dos implicados em confrontá-las: ora contestando a existência de diálogos, ora denunciando distorções em textos, ora negando participação na trama, mas em todas as situações veementemente atacando o veículo informativo, ao ponto de se socorrer de um suposto esdrúxulo expediente de intimidação sobre as operações financeiras do jornal e dos jornalistas responsáveis, via articulação do Conselho de Administração Financeira (Coaf) e da Polícia Federal, esta última subordinada ao ministro da Justiça, personagem mais que comprometido nos diálogos, em reação extrema de censura à atividade de imprensa jamais vista desde a retomada do processo democrático brasileiro nos anos 1980.
As revelações exibidas pelo The Intercept Brasil já abriram capítulo especial na história nacional, tanto pela gravidade das informações que vêm trazendo a lume, como pela hesitação dos implicados em confrontá-las: ora contestando a existência de diálogos, ora denunciando distorções em textos, ora negando participação na trama, mas em todas as situações veementemente atacando o veículo informativo, ao ponto de se socorrer de um suposto esdrúxulo expediente de intimidação sobre as operações financeiras do jornal e dos jornalistas responsáveis, via articulação do Conselho de Administração Financeira (Coaf) e da Polícia Federal, esta última subordinada ao ministro da Justiça, personagem mais que comprometido nos diálogos, em reação extrema de censura à atividade de imprensa jamais vista desde a retomada do processo democrático brasileiro nos anos 1980.
Assinar:
Postagens (Atom)