quinta-feira, 22 de agosto de 2019
A boca incendiária de Bolsonaro acusa ONGs
Por Fernando Brito, em seu blog:
Nos velhos humorísticos, Ofélia, a mulher de Fernandinho, “só abria a boca quando tinha certeza”, o que não a impedia de falar bobagens a três por quatro.
O sr. Jair Bolsonaro fala bobagens em escala planetária mas, ao contrário de Ofélia, protege sua irresponsabilidade dizendo que “não pode provar nada”.
Hoje, para arranjar culpados pela escalada de queimadas que está devastando o país, saiu-se com a história de que isso poderia ser uma “vingança das ONGs” que perderam repasses federais para seus projetos.
Nos velhos humorísticos, Ofélia, a mulher de Fernandinho, “só abria a boca quando tinha certeza”, o que não a impedia de falar bobagens a três por quatro.
O sr. Jair Bolsonaro fala bobagens em escala planetária mas, ao contrário de Ofélia, protege sua irresponsabilidade dizendo que “não pode provar nada”.
Hoje, para arranjar culpados pela escalada de queimadas que está devastando o país, saiu-se com a história de que isso poderia ser uma “vingança das ONGs” que perderam repasses federais para seus projetos.
Crise capitalista mundial e tendências
Por Nilson Araújo de Souza, no site da Fundação Maurício Grabois:
Quando falamos em crise hoje, o que vem à memória, de imediato, é a grande recessão de 2007-2009 que, como sabemos, foi deflagrada nos Estados Unidos pela implosão da bolha hipoteco-imobiliária alavancada pelos chamados títulos subprime, pelos títulos podres, títulos tóxicos.
E que títulos eram esses? Eram hipotecas ruins. Os bancos refinanciaram os imóveis das famílias, garantindo-se com a emissão de hipotecas, mas as famílias não tinham salário suficiente para cobrir este refinanciamento, bancar a cobertura da hipoteca depois. Daí que eram chamadas de subprime essas hipotecas impagáveis. E por que, apesar disso, os bancos refinanciavam os imóveis? Por duas razões: 1) porque podiam emitir derivativos com base nessas hipotecas e vender para terceiros; 2) porque, se o cliente não pagava a hipoteca, tomavam os imóveis dados em garantia. Foi a implosão dessa bolha hipoteco-imobiliária que deflagrou a crise.
E que títulos eram esses? Eram hipotecas ruins. Os bancos refinanciaram os imóveis das famílias, garantindo-se com a emissão de hipotecas, mas as famílias não tinham salário suficiente para cobrir este refinanciamento, bancar a cobertura da hipoteca depois. Daí que eram chamadas de subprime essas hipotecas impagáveis. E por que, apesar disso, os bancos refinanciavam os imóveis? Por duas razões: 1) porque podiam emitir derivativos com base nessas hipotecas e vender para terceiros; 2) porque, se o cliente não pagava a hipoteca, tomavam os imóveis dados em garantia. Foi a implosão dessa bolha hipoteco-imobiliária que deflagrou a crise.
Privatização e o diálogo de Machado de Assis
Não se pode falar em desenvolvimento e soberania nacional sem desprivatizar o Estado, distinguindo claramente o público do privado e demarcando bem o espectro de ação de ambos. A isso se dá o nome de projeto de nação, algo que a Constituição de 1988 estabeleceu com certa nitidez. Esse conceito se formou com os êxitos dos ciclos que impulsionaram o país, dotando-o de um nível médio de desenvolvimento industrial e tecnológico, sobretudo o deflagrado pela Revolução liderada por Getúlio Vargas em 1930.
quarta-feira, 21 de agosto de 2019
Portugal, o novo alvo da extrema-direita
Manifestação organizada pela Frente Unitária Antifascista contra a conferência neonazi em Lisboa,10 de agosto de 2019 |
Vários acontecimentos recentes têm revelado sinais cada vez mais perturbadores de que o internacionalismo de extrema-direita está transformando Portugal num alvo estratégico. Entre eles, saliento a tentativa recente de alguns intelectuais de jogar a cartada do ódio racial para testar as divisões da direita e da esquerda e assim influenciar a agenda política; a reunião internacional de partidos de extrema-direita em Lisboa e a simultânea greve do recém-criado Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas.
Sociedade e jornalismo se movimentam
Por Laurindo Lalo Leal, na Rede Brasil Atual:
De um lado da Avenida Paulista, próximas às grades do Parque Trianon, duas fileiras de soldados do batalhão de choque da Policia Militar, com seus indefectíveis escudos e cassetetes intimidavam, como sempre, os que ali passavam. Do outro lado, junto ao Masp um caminhão de som ampliava as vozes dos que discursavam contra o atual governo e suas barbaridades. No meio, com as pistas da avenida fechada para veículos, entre os manifestantes destacava-se um grupo de cerca de 10 pessoas portando crachás da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Eram integrantes da Comissão de Direitos Humanos da Seccional de São Paulo da Ordem dos Advogados do Brasil.
Quem é essa OAB?
O presidente da República, Jair Bolsonaro, lançou ao público a pergunta título deste artigo, acrescentando mais uma: Qual a intenção da OAB? No seu estilo autoritário e descompromissado com a verdade, carregou nas indagações o pacote de maldades que tem caracterizado o seu mandato, desta vez em perigoso flerte com o crime de responsabilidade. É que, querendo intimidar o atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a própria Casa da Advocacia, o governante de plantão confessou saber do cometimento de graves crimes contra a humanidade - tortura, assassinato e desaparecimento forçado de Fernando Santa Cruz, pai do mandatário da OAB - sem adotar qualquer medida para apuração dos delitos e permitir que uma família possa enterrar com dignidade o ente querido.
Mídia tenta comparar bolsonarismo e esquerda
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Certas avaliações ouvidas e lidas no oligopólio da mídia sobre o período de trevas que vivemos no Brasil, embora aparentemente críticas ao autoritarismo crescente e à disseminação do ódio, são marcadas por um vício de origem: a mentira. Pôr no mesmo saco o fascismo e a esquerda acaba sendo uma envergonhada maneira de apoiar o que há de pior e mais nefasto na política. Senão vejamos:
1- O clima de Fla-Flu, com a sociedade polarizada e radicalizada de parte a parte, está matando a democracia e corroendo a convivência entre as pessoas.
Certas avaliações ouvidas e lidas no oligopólio da mídia sobre o período de trevas que vivemos no Brasil, embora aparentemente críticas ao autoritarismo crescente e à disseminação do ódio, são marcadas por um vício de origem: a mentira. Pôr no mesmo saco o fascismo e a esquerda acaba sendo uma envergonhada maneira de apoiar o que há de pior e mais nefasto na política. Senão vejamos:
1- O clima de Fla-Flu, com a sociedade polarizada e radicalizada de parte a parte, está matando a democracia e corroendo a convivência entre as pessoas.
"Capitão motosserra" e os focos de incêndio
Por Ricardo Kotscho, em seu blog:
Vamos parar com essa conversa mole de que os incêndios na floresta são provocados por bitucas de cigarro jogados na beira da estrada, por algum descuido ou acidente.
Nada disso: trata-se apenas do cumprimento de mais uma promessa de campanha do “Capitão Motosserra” (assim ele se autodenominou), transformada em projeto de governo, como escreveu hoje Gregorio Duvivier em sua coluna na Folha (“Queimar era um prazer”).
Resultado: já foram contabilizados 72.843 focos de incêndio nos oito meses de governo Bolsonaro.
O Brasil está pegando fogo, com a Amazônia queimando para transformar a maior floresta do mundo em pasto do agronegócio bolsonariano.
Aliados ativos contra o desemprego
Por João Guilherme Vargas Netto
Alguém que lê os jornais preocupado com a situação dos trabalhadores é bombardeado todo dia com as notícias mais aterradoras.
Nas televisões aparecem costumeiramente as multidões que enfrentam filas quilométricas em busca de escassos empregos.
Os comentaristas e colunistas nos veículos nem parecem se preocupar com isso. A mídia grande está anestesiada com o drama social do desemprego e quando o registra trata-o como o novo normal.
E, no entanto, este é o verdadeiro grande problema conjuntural e a permanência do desemprego alto vai desorganizando ainda mais a vida em sociedade: aumento da miséria, aumento da desigualdade, aumento da criminalidade, aumento das doenças e do desespero, decadência do movimento sindical.
Alguém que lê os jornais preocupado com a situação dos trabalhadores é bombardeado todo dia com as notícias mais aterradoras.
Nas televisões aparecem costumeiramente as multidões que enfrentam filas quilométricas em busca de escassos empregos.
Os comentaristas e colunistas nos veículos nem parecem se preocupar com isso. A mídia grande está anestesiada com o drama social do desemprego e quando o registra trata-o como o novo normal.
E, no entanto, este é o verdadeiro grande problema conjuntural e a permanência do desemprego alto vai desorganizando ainda mais a vida em sociedade: aumento da miséria, aumento da desigualdade, aumento da criminalidade, aumento das doenças e do desespero, decadência do movimento sindical.
Traição em Itaipu requer impeachment
Por Leonardo Wexell Severo
“Quando se tem um presidente da República que pode ser extorquido por outro presidente para seus negócios pessoais, como você se sentiria? O que dizer diante do seu presidente flagrado numa atitude de entrega e servilismo? Que sensação teria diante de tamanha manifestação de antipatriotismo, como demonstrou Mario Abdo Benítez?”, questionou a senadora paraguaia Esperanza Martínez, em entrevista exclusiva a Leonardo Wexell Severo, da Hora do Povo. Líder da bancada da Frente Guazú no Senado, a ex-ministra da Saúde do governo de Fernando Lugo defendeu o impeachment de Marito e a mobilização em defesa da represa de Itaipu como patrimônio público, denunciou o objetivo de privatização da Eletrobrás e da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) e assinalou que “por trás de duas figuras como Bolsonaro e Mario Abdo estamos falando de grupos econômicos muito poderosos, de capitais transnacionais, dos quais provavelmente sejam simplesmente a fachada”. Para Esperanza, é fundamental a solidariedade para se contrapor a “estas cúpulas econômicas mafiosas transnacionais que vêm se apoderar das nossas riquezas”.
“Quando se tem um presidente da República que pode ser extorquido por outro presidente para seus negócios pessoais, como você se sentiria? O que dizer diante do seu presidente flagrado numa atitude de entrega e servilismo? Que sensação teria diante de tamanha manifestação de antipatriotismo, como demonstrou Mario Abdo Benítez?”, questionou a senadora paraguaia Esperanza Martínez, em entrevista exclusiva a Leonardo Wexell Severo, da Hora do Povo. Líder da bancada da Frente Guazú no Senado, a ex-ministra da Saúde do governo de Fernando Lugo defendeu o impeachment de Marito e a mobilização em defesa da represa de Itaipu como patrimônio público, denunciou o objetivo de privatização da Eletrobrás e da Administração Nacional de Eletricidade (ANDE) e assinalou que “por trás de duas figuras como Bolsonaro e Mario Abdo estamos falando de grupos econômicos muito poderosos, de capitais transnacionais, dos quais provavelmente sejam simplesmente a fachada”. Para Esperanza, é fundamental a solidariedade para se contrapor a “estas cúpulas econômicas mafiosas transnacionais que vêm se apoderar das nossas riquezas”.
O apagão ambiental de Bolsonaro
Por Gilberto Maringoni
A noite precoce desta segunda-feira jogou a questão ambiental - algo propagado como exotismo neohippie - na cara de todos, como uma bofetada.
O Brasil viveu neste 19 de agosto seu apagão ambiental. É uma tragédia ainda mais dramática que o apagão energético de 11 de março de 1999, quando 18 estados ficaram no escuro.
A grande São Paulo conheceu a escuridão a partir do meio de uma tarde cinzenta e chuvosa.
Fumaças de incêndios florestais do Norte e do Centro-oeste cobriram um pedaço do Sudeste com a fuligem de um país em combustão.
A noite precoce desta segunda-feira jogou a questão ambiental - algo propagado como exotismo neohippie - na cara de todos, como uma bofetada.
O Brasil viveu neste 19 de agosto seu apagão ambiental. É uma tragédia ainda mais dramática que o apagão energético de 11 de março de 1999, quando 18 estados ficaram no escuro.
A grande São Paulo conheceu a escuridão a partir do meio de uma tarde cinzenta e chuvosa.
Fumaças de incêndios florestais do Norte e do Centro-oeste cobriram um pedaço do Sudeste com a fuligem de um país em combustão.
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