quinta-feira, 5 de dezembro de 2019
A revolta latino-americana
Em um primeiro momento, pareceu que a direita retomaria a iniciativa, e se fosse necessário, passaria por cima das forças sociais que se rebelaram, e surpreendeu o mundo durante o “outubro vermelho” da América Latina. No início de novembro, o governo brasileiro procurou reverter o avanço esquerdista adotando uma posição agressiva e de confronto direto com o novo governo peronista da Argentina. Em seguida interveio, de forma direta e pouco diplomática, no processo de derrubada do presidente boliviano, Evo Morales, que havia acabado de obter 47% dos votos nas eleições presidenciais da Bolívia. A chancelaria brasileira não apenas estimulou o movimento cívico-religioso da extrema-direita de Santa Cruz, como foi a primeira a reconhecer o novo governo instalado pelo golpe cívico-militar e dirigido por uma senadora que só havia obtido 4,5% dos votos nas últimas eleições.
Um espectro ronda Bolsonaro: o povo na rua
Por José Dirceu, no site Metrópoles:
Os fatos recentes no Equador, no Peru, no Chile, na Bolívia e na Colômbia nos remetem de novo ao militarismo, e as fotos não mentem: as forças armadas desses países, com exceção da Colômbia, voltaram ou reafirmaram seu papel de tutela sobre o sistema político, com o agravante de mantenedoras da ordem social e econômica mesmo às custas da democracia, apesar de as Constituições proibirem expressamente qualquer papel político para aqueles aos quais a nação entregou sua defesa em armas.
Contundente e ferina reação aos ataques
Por João Guilherme Vargas Netto
No último artigo da MP 905 há um festival de revogações de leis e decretos-lei anteriores cancelando direitos.
Entre estas revogam-se integralmente as regulamentações de diversas profissões e suas normas regulamentadoras relativas, até mesmo os registros profissionais. São prejudicados os corretores de seguros, os publicitários, os atuários, os jornalistas, os guardadores e lavadores de veículos, os arquivistas, os radialistas, os músicos, os estatísticos, os sociólogos e os secretários. Também são revogadas as multas decorrentes do não cumprimento das legislações regulamentadoras.
Entre estas revogam-se integralmente as regulamentações de diversas profissões e suas normas regulamentadoras relativas, até mesmo os registros profissionais. São prejudicados os corretores de seguros, os publicitários, os atuários, os jornalistas, os guardadores e lavadores de veículos, os arquivistas, os radialistas, os músicos, os estatísticos, os sociólogos e os secretários. Também são revogadas as multas decorrentes do não cumprimento das legislações regulamentadoras.
quarta-feira, 4 de dezembro de 2019
Joice garante: Eduardo é líder das milícias
Por Altamiro Borges
Em seu tão esperado depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News nesta quarta-feira (4), a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) detonou o filho 03 do “capetão”, o que pode colocar em risco o seu mandato. “Eduardo Bolsonaro está amplamente envolvido” nas milícias digitais, garantiu a ex-líder do laranjal na Câmara Federal, que hoje está em guerra contra o clã fascista, sofrendo ferozes ataques virtuais e correndo até risco de agressões. Ela ainda afirmou que assessores parlamentares, outros deputados federais e estaduais e membros do Palácio do Planalto fazem parte do “gabinete do ódio” montado para atacar opositores.
Em seu tão esperado depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) das Fake News nesta quarta-feira (4), a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) detonou o filho 03 do “capetão”, o que pode colocar em risco o seu mandato. “Eduardo Bolsonaro está amplamente envolvido” nas milícias digitais, garantiu a ex-líder do laranjal na Câmara Federal, que hoje está em guerra contra o clã fascista, sofrendo ferozes ataques virtuais e correndo até risco de agressões. Ela ainda afirmou que assessores parlamentares, outros deputados federais e estaduais e membros do Palácio do Planalto fazem parte do “gabinete do ódio” montado para atacar opositores.
O punitivismo neoconservador no Brasil
Por Raphael Boldt, na revista CartaCapital:
O final do ano está às portas. E, com isso, chega ao fim também o primeiro ano de um novo (velho) governo. Novo do ponto de vista cronológico, velho com relação a certas práticas e, sobretudo, no que se refere aos discursos que delineiam a atual política criminal no Brasil. Na realidade, uma das principais novidades da atual administração está nos traços marcadamente e escancaradamente neoconservadores do controle penal que, sem qualquer cerimônia, reproduz o que há de pior no modelo norte-americano.
Doria e o genocídio em Paraisópolis
Por Raimundo Bonfim, na revista Fórum:
A ação ocorreu no Morumbi, um dos bairros mais nobres de São Paulo. Porém, o exato local escolhido foi a favela Paraisópolis, cravada no meio da fina flor da elite paulistana. Policiais dispararam gás lacrimogêneo, balas de borracha, além de garrafas de vidros, coronhadas, tapas, socos e pontapés. O que ocorreu não foi confronto. Foi genocídio mesmo.
A Polícia Militar do governador João Doria invadiu um baile funk na madrugada do último domingo (1), na favela Paraisópolis, e assassinou nove jovens; sete ficaram feridos.
A ação ocorreu no Morumbi, um dos bairros mais nobres de São Paulo. Porém, o exato local escolhido foi a favela Paraisópolis, cravada no meio da fina flor da elite paulistana. Policiais dispararam gás lacrimogêneo, balas de borracha, além de garrafas de vidros, coronhadas, tapas, socos e pontapés. O que ocorreu não foi confronto. Foi genocídio mesmo.
Livro radiografa o "reino" de Edir Macedo
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
Com 61 anos, o jornalista paulistano Gilberto Nascimento passou grande parte de suas quatro décadas de profissional cobrindo assuntos ligados à religião, notadamente a católica, por diversos veículos, como Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo e IstoÉ. Atuou também no jornal O São Paulo, da Arquidiocese paulistana. Desses postos pôde observar diversas transformações e fenômenos, como o enfraquecimento de alas progressistas e a expansão de grupos pentecostais, entre os quais destaca-se a Igreja Universal do Reino de Deus, do midiático Edir Macedo.
Seriam os neoliberais terraplanistas?
Por Marcos Barbosa de Oliveira, no site Outras Palavras:
Em Universidade: por trás do projeto Weintraub, publicado em Outras Palavras em 26/7/2019, discuti o processo de mercantilização da ciência e da Universidade enquanto um aspecto do neoliberalismo, com foco no inovacionismo. Este foi definido como o movimento, no campo das políticas científicas e tecnológicas, que promove a produção de inovações como objetivo primordial da pesquisa científica, sendo uma inovação definida como uma invenção rentável seguramente e a curto prazo. Como a instância que determina o que é e o que não é rentável é o mercado, o inovacionismo faz com que a definição dos rumos da pesquisa – ou, em outras palavras, a decisão sobre quais projetos de pesquisa devem ser financiados – fique nas mãos do mercado. A presente contribuição versa sobre a mesma temática, e divide-se em duas partes: a primeira parte é mais geral, envolve uma interpretação e uma crítica do inovacionismo; a segunda diz respeito à conjuntura, mas precisamente, ao status do inovacionismo nos dias de hoje.
Em Universidade: por trás do projeto Weintraub, publicado em Outras Palavras em 26/7/2019, discuti o processo de mercantilização da ciência e da Universidade enquanto um aspecto do neoliberalismo, com foco no inovacionismo. Este foi definido como o movimento, no campo das políticas científicas e tecnológicas, que promove a produção de inovações como objetivo primordial da pesquisa científica, sendo uma inovação definida como uma invenção rentável seguramente e a curto prazo. Como a instância que determina o que é e o que não é rentável é o mercado, o inovacionismo faz com que a definição dos rumos da pesquisa – ou, em outras palavras, a decisão sobre quais projetos de pesquisa devem ser financiados – fique nas mãos do mercado. A presente contribuição versa sobre a mesma temática, e divide-se em duas partes: a primeira parte é mais geral, envolve uma interpretação e uma crítica do inovacionismo; a segunda diz respeito à conjuntura, mas precisamente, ao status do inovacionismo nos dias de hoje.
Trump e a vassalagem de Bolsonaro
Quando o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, lançou o slogan "América em primeiro lugar", ele não deixou margens para dúvidas de que comandaria um jogo comercial de regras brutais. Isso ficou mais definido em sua intervenção no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, de 2018. Na ocasião, Trump disse que o livre-comércio “precisa ser justo e recíproco”.
terça-feira, 3 de dezembro de 2019
Barão promove 'confra' de fim de ano
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
2019 vai chegando ao fim e, após um ano de árduo trabalho na trincheira contra os retrocessos e o autoritarismo, é hora de recarregarmos as baterias. A tradicional festa de fim de ano do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, desta vez, ocorre no Armazém do Campo, em São Paulo, no dia 15 de dezembro!
A confraternização, que reúne representantes de movimentos sociais, militantes, ativistas e simpatizantes da luta pela democratização da comunicação, contará com o irresistível cardápio árabe de Maria Inês Nassif (Romã Deli). A música ficará por conta do grupo de chorinho de Luis Nassif.
2019 vai chegando ao fim e, após um ano de árduo trabalho na trincheira contra os retrocessos e o autoritarismo, é hora de recarregarmos as baterias. A tradicional festa de fim de ano do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, desta vez, ocorre no Armazém do Campo, em São Paulo, no dia 15 de dezembro!
A confraternização, que reúne representantes de movimentos sociais, militantes, ativistas e simpatizantes da luta pela democratização da comunicação, contará com o irresistível cardápio árabe de Maria Inês Nassif (Romã Deli). A música ficará por conta do grupo de chorinho de Luis Nassif.
A guerra moderada da Folha contra Bolsonaro
Por Bepe Damasco, em seu blog:
“Jair Bolsonaro não entende nem nunca entenderá os limites que a República impõe ao exercício da presidência. Trata-se de uma personalidade que combina leviandade e autoritarismo.”
Este é apenas o primeiro parágrafo do editorial do jornal Folha de São Paulo do último dia 29. Sob o título “Fantasia de imperador: Bolsonaro é incapaz de compreender a impessoalidade da administração republicana”, o jornal paulista, sem dúvida, bate duro na postura e na forma antidemocrática e totalitária como Bolsonaro trata as questões de governo.
No entanto, parece-me equivocada a conclusão de que a Folha se pintou, finalmente, para a guerra contra Bolsonaro.
“Jair Bolsonaro não entende nem nunca entenderá os limites que a República impõe ao exercício da presidência. Trata-se de uma personalidade que combina leviandade e autoritarismo.”
Este é apenas o primeiro parágrafo do editorial do jornal Folha de São Paulo do último dia 29. Sob o título “Fantasia de imperador: Bolsonaro é incapaz de compreender a impessoalidade da administração republicana”, o jornal paulista, sem dúvida, bate duro na postura e na forma antidemocrática e totalitária como Bolsonaro trata as questões de governo.
No entanto, parece-me equivocada a conclusão de que a Folha se pintou, finalmente, para a guerra contra Bolsonaro.
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