quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020
Ataque a jornalista é "tática machista"
Patricia Campos Mello (reprodução do Twitter) |
Hans River do Rio Nascimento mentiu em seu depoimento à Comissão Mista Parlamentar de Inquérito (CPMI) das Fake News, nesta terça (11). A mentira – além dos insultos e ofensas misóginas à repórter Patricia Campos Mello – é comprovada por áudios, registros e prints das mensagens trocadas pelo ex-funcionário da empresa Yacows com a jornalista da Folha de S.Paulo.
Patricia Campos Mello e o veículo publicaram, à noite, as provas que desmontam as acusações da testemunha à reportagem. A jornalista revelou a contratação de empresas, entre elas a Yacows, para disparar ilegalmente mensagens em massa pelo WhatsApp para benefícios políticos. Baseada em documentos da Justiça do Trabalho e relatos do ex-funcionário, a matéria mostrou o uso fraudulento de nome e CPF de pessoas idosas para registrar chips de celular e garantir disparos de lotes de mensagens.
Treze teses sobre a catástrofe ecológica
Por Michael Löwy, no site A terra é redonda:
I.
A crise ecológica já é, e será ainda mais nos próximos meses e anos, a questão social e política mais importante do século XXI. O futuro do planeta, e, portanto, da humanidade, será decidido nas próximas décadas. Os cálculos de alguns cientistas sobre cenários para o ano 2100 não são muito úteis, por duas razões: (a) científica: considerando todos os efeitos retroativos que são impossíveis de calcular, é muito arriscado fazer projeções de um século; (b) política: no final do século todos nós, os nossos filhos e netos, teremos partido, então qual é então o objetivo?
I.
A crise ecológica já é, e será ainda mais nos próximos meses e anos, a questão social e política mais importante do século XXI. O futuro do planeta, e, portanto, da humanidade, será decidido nas próximas décadas. Os cálculos de alguns cientistas sobre cenários para o ano 2100 não são muito úteis, por duas razões: (a) científica: considerando todos os efeitos retroativos que são impossíveis de calcular, é muito arriscado fazer projeções de um século; (b) política: no final do século todos nós, os nossos filhos e netos, teremos partido, então qual é então o objetivo?
terça-feira, 11 de fevereiro de 2020
Petardos: Trump escorraça vira-lata Bolsonaro
Por Altamiro Borges
A Folha informa que “EUA retiram Brasil da lista de nações em desenvolvimento e restringem benefícios comerciais ao país”. O servilismo do “capetão” diante do Trump vai custar anos de atraso para o Brasil. A cloaca burguesa que tira selfies com o subserviente também sairá perdendo.
***
Do UOL: "Para CNI, medida de Trump sobre Brasil é 'ilegal' porque quebra regras da OMC". Ao invés de bajularem o "capetão", empresários deviam exigir do governo postura mais altiva diante dos EUA. Cloaca burguesa é cúmplice do servilismo de Bolsonaro, que prejudica as exportações.
***
Como aponta o sociólogo Marcelo Zero, a decisão de Trump de retirar o Brasil da lista do sistema de preferências dos EUA para países em desenvolvimento (Generalized System of Preferences-GSP) "deverá afetar aproximadamente US$ 4,45 bilhões das exportações brasileiras".
A Folha informa que “EUA retiram Brasil da lista de nações em desenvolvimento e restringem benefícios comerciais ao país”. O servilismo do “capetão” diante do Trump vai custar anos de atraso para o Brasil. A cloaca burguesa que tira selfies com o subserviente também sairá perdendo.
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Do UOL: "Para CNI, medida de Trump sobre Brasil é 'ilegal' porque quebra regras da OMC". Ao invés de bajularem o "capetão", empresários deviam exigir do governo postura mais altiva diante dos EUA. Cloaca burguesa é cúmplice do servilismo de Bolsonaro, que prejudica as exportações.
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Como aponta o sociólogo Marcelo Zero, a decisão de Trump de retirar o Brasil da lista do sistema de preferências dos EUA para países em desenvolvimento (Generalized System of Preferences-GSP) "deverá afetar aproximadamente US$ 4,45 bilhões das exportações brasileiras".
Medida dos EUA afeta exportações brasileiras
A retirada do Brasil da lista do sistema de preferências dos EUA para países em desenvolvimento (Generalized System of Preferences-GSP) era algo bastante previsível.
Esse sistema de preferências tarifárias, criado pelo Trade Act de 1974, assegura, aos países em desenvolvimento, acesso facilitado ao mercado norte-americano para cerca de 3.500 produtos. Trump, no entanto, vem restringindo cada vez mais os países e os produtos do sistema de preferências tarifárias.
No mesmo diapasão, a administração Trump vem fazendo grande pressão, na OMC, para acabar (ou restringir) com o tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento.
Um ditador millenial em El Salvador
Por Franklin Selva, especial para o Centro de Estudos Barão de Itararé:
Desde que Nayib Bukele chegou à presidência de El Salvador, em junho de 2019, tem sido surpreendente a sua forma particular de lidar com o campo midiático, desde o uso, com inteligência, das redes sociais, aproveitando sua popularidade e o desgaste do resto dos partidos políticos, até o apelo ridículo a uma permanente vitimização política.
Desde que Nayib Bukele chegou à presidência de El Salvador, em junho de 2019, tem sido surpreendente a sua forma particular de lidar com o campo midiático, desde o uso, com inteligência, das redes sociais, aproveitando sua popularidade e o desgaste do resto dos partidos políticos, até o apelo ridículo a uma permanente vitimização política.
Em um chamado irresponsável à insurreição, Bukele passou de ser o presidente “cool” e “millenial” ao tradicional e obsoleto político que, nas décadas de 1960 e 1970, utilizou o assédio militar para amedrontar o povo. O atual mandatário, porém, usa o expediente para intimidar deputados da Assembleia Legislativa, como neste domingo (9), tomando o controle do Palácio Legislativo, após falta de quórum para realizar uma sessão extraordinária convocada pelo presidente. A ausência de deputados contrastou com uma enorme quantidade de militares. Ao invés de estarem patrulhando as inúmeras zonas perigosas de San Salvador, os soldados concentraram-se em ocupar o centro do governo na capital do país.
Destruição econômica é efeito da praga Guedes
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não e só na Educação, na Saúde, nos programas sociais, nas liberdades individuais, nas instituições republicanas, na universidade, na política – siga aí você com a lista, infindável – que o Brasil sofre um processo de destruição.
Os quatro anos de crise econômica – porque, afinal, tudo o que se anunciou como “retomada” foi ou está sendo, senão zero, bem perto disso – se assemelham a um cenário de devastação, e não daqueles que se tem após algum desastre, mas a uma terra arrasada, como nos versos e Sérgio Ricardo: “Quando a terra se arrebenta/Sem jeito de consertar”.
Afinal, todos os projetos econômicos, há cinco anos, resumem-se cortar investimentos, despesas, desmontar serviços estatais, alienar patrimônio… Ou seja, podar a árvore da economia e recolher lenha para queimar.
Não e só na Educação, na Saúde, nos programas sociais, nas liberdades individuais, nas instituições republicanas, na universidade, na política – siga aí você com a lista, infindável – que o Brasil sofre um processo de destruição.
Os quatro anos de crise econômica – porque, afinal, tudo o que se anunciou como “retomada” foi ou está sendo, senão zero, bem perto disso – se assemelham a um cenário de devastação, e não daqueles que se tem após algum desastre, mas a uma terra arrasada, como nos versos e Sérgio Ricardo: “Quando a terra se arrebenta/Sem jeito de consertar”.
Afinal, todos os projetos econômicos, há cinco anos, resumem-se cortar investimentos, despesas, desmontar serviços estatais, alienar patrimônio… Ou seja, podar a árvore da economia e recolher lenha para queimar.
Arapuca do Moro para enganar miliciano?
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Além de descumprimento de obrigação funcional, a não inclusão do miliciano Adriano da Nóbrega na lista nacional de bandidos do Ministério da Justiça foi interpretada como gesto de camaradagem e, ao mesmo tempo, de servilismo do ministro Sérgio Moro ao clã Bolsonaro.
No último 31 de janeiro, o Ministério justificou que “as acusações contra ele [o miliciano Adriano] não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”.
Esta justificativa é insustentável, porque desde janeiro de 2019 existe um alerta vermelho da Interpol para a captura internacional do miliciano vinculado ao clã Bolsonaro. Adriano foi incluído na lista da Interpol com outros foragidos e investigados na Operação Intocáveis, do MP/RJ.
Interpol é a sigla de Organização Internacional de Polícia Criminal, entidade da qual a Polícia Federal faz parte.
Além de descumprimento de obrigação funcional, a não inclusão do miliciano Adriano da Nóbrega na lista nacional de bandidos do Ministério da Justiça foi interpretada como gesto de camaradagem e, ao mesmo tempo, de servilismo do ministro Sérgio Moro ao clã Bolsonaro.
No último 31 de janeiro, o Ministério justificou que “as acusações contra ele [o miliciano Adriano] não possuem caráter interestadual, requisito essencial para figurar no banco de criminosos de caráter nacional”.
Esta justificativa é insustentável, porque desde janeiro de 2019 existe um alerta vermelho da Interpol para a captura internacional do miliciano vinculado ao clã Bolsonaro. Adriano foi incluído na lista da Interpol com outros foragidos e investigados na Operação Intocáveis, do MP/RJ.
Interpol é a sigla de Organização Internacional de Polícia Criminal, entidade da qual a Polícia Federal faz parte.
O desprezo de Paulo Guedes aos servidores
Editorial do site Vermelho:
A exasperação do ministro da Economia Paulo Guedes ao chamar os servidores públicos de “parasitas” vai muito além da ofensa propriamente dita. Na exaltação, ele revelou o pensamento do governo Bolsonaro sobre o papel do Estado. Suas desculpas não revogam a concepção de desprezo por essa categoria essencial.
Paulo Guedes tem dito isso abertamente, um meio para passar a mão nos R$ 296 bilhões que diz ser possível “economizar” com a “reforma” administrativa. Ele apenas expressou a forma como essa ideologia vê o povo. Para ela, a sociedade é composta de dois universos, sendo que um, o dos donos do dinheiro, se acha investido, por algum desígnio divino, de plenos poderes para decidir o que o outro deve fazer.
A exasperação do ministro da Economia Paulo Guedes ao chamar os servidores públicos de “parasitas” vai muito além da ofensa propriamente dita. Na exaltação, ele revelou o pensamento do governo Bolsonaro sobre o papel do Estado. Suas desculpas não revogam a concepção de desprezo por essa categoria essencial.
Paulo Guedes tem dito isso abertamente, um meio para passar a mão nos R$ 296 bilhões que diz ser possível “economizar” com a “reforma” administrativa. Ele apenas expressou a forma como essa ideologia vê o povo. Para ela, a sociedade é composta de dois universos, sendo que um, o dos donos do dinheiro, se acha investido, por algum desígnio divino, de plenos poderes para decidir o que o outro deve fazer.
Silêncio dos Bolsonaro aumenta as suspeitas
Quarenta e oito horas depois, tudo é mistério e silêncio sobre a morte do miliciano Adriano Nobrega, domingo, no interior da Bahia.
Foi queima de arquivo? Houve confronto? Há fotos do corpo? Quem o protegeu na sua fuga? Que segredos guardavam seus 13 celulares? Onde será o enterro?
A família presidencial limitou-se a soltar uma nota do seu advogado, negando qualquer relação com o falecido, que o então deputado Jair Bolsonaro já defendeu da tribuna da Câmara.
Pelo segundo dia seguido, Jair Bolsonaro simplesmente negou-se a falar com os jornalistas sobre o acontecido.
Preferiu exaltar Donald Trump aos seus seguidores na porta do Alvorada. O que Trump teria a ver com isso?
EUA são a verdadeira ameaça militar ao Brasil
Por José Reinaldo Carvalho, no blog Resistência:
Os Estados Unidos e a Otan se preparam para gigantescas manobras militares no território do Velho Continente, os exercícios denominados Defender Europa 2020.
No total, os EUA e a organização que é na prática o seu braço armado para a região do Atlântico Norte e alhures, mobilizarão 37 mil militares, 20 mil dos quais norte-americanos nas manobras bélicas que se realizarão nos meses de abril e maio, as maiores desde a Guerra Fria.
O objetivo declarado é reforçar a cooperação entre os Estados Unidos e a Aliança Atlântica e a presença estadunidense na Europa, como afirmou poucos dias depois da cúpula da Otan em Londres, em dezembro último, o general Barre Seguin, responsável por supervisionar as operações conjuntas. As manobras demonstram a “união transatlântica e o compromisso dos EUA para com a Otan”, disse.
No total, os EUA e a organização que é na prática o seu braço armado para a região do Atlântico Norte e alhures, mobilizarão 37 mil militares, 20 mil dos quais norte-americanos nas manobras bélicas que se realizarão nos meses de abril e maio, as maiores desde a Guerra Fria.
O objetivo declarado é reforçar a cooperação entre os Estados Unidos e a Aliança Atlântica e a presença estadunidense na Europa, como afirmou poucos dias depois da cúpula da Otan em Londres, em dezembro último, o general Barre Seguin, responsável por supervisionar as operações conjuntas. As manobras demonstram a “união transatlântica e o compromisso dos EUA para com a Otan”, disse.
"Reforma" administrativa e Estado-Coronel
Por Paulo Kliass, no site Outras Palavras:
Sob o título genérico e pomposo de “Reforma” Administrativa, Paulo Guedes tenta convencer seu chefe a encaminhar ainda nessa semana, ao Congresso Nacional, um conjunto de medidas para cumprir mais uma etapa em sua missão de promover a destruição do Estado e de finalizar o desmonte das políticas públicas.
Esse processo vem de longe. Desde que se consolidou nas classes dominantes e nos meios de comunicação a ideia força de “austeridade” fiscal a qualquer custo, a agenda política passou a ser dominada por essa verdadeira obsessão emanada pelos sucessivos responsáveis da política econômica dos diferentes governos. A única alternativa que esse pessoal enxerga para resolver a maior recessão que o Brasil já enfrentou em sua História é insistir no “cortar, cortar e cortar”. Seria apenas triste, se não fosse tão trágico.
Sob o título genérico e pomposo de “Reforma” Administrativa, Paulo Guedes tenta convencer seu chefe a encaminhar ainda nessa semana, ao Congresso Nacional, um conjunto de medidas para cumprir mais uma etapa em sua missão de promover a destruição do Estado e de finalizar o desmonte das políticas públicas.
Esse processo vem de longe. Desde que se consolidou nas classes dominantes e nos meios de comunicação a ideia força de “austeridade” fiscal a qualquer custo, a agenda política passou a ser dominada por essa verdadeira obsessão emanada pelos sucessivos responsáveis da política econômica dos diferentes governos. A única alternativa que esse pessoal enxerga para resolver a maior recessão que o Brasil já enfrentou em sua História é insistir no “cortar, cortar e cortar”. Seria apenas triste, se não fosse tão trágico.
Garotada do MBL abraça o bolsonarismo
Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:
Depois de ajudar a eleger Bolsonaro, o MBL passou a fazer uma oposição de fachada ao bolsonarismo. Enquanto esperneia nas redes contra a chucrice bolsonarista, apoia com entusiasmo o projeto ultraliberal dos fascistoides que estão no poder. É o velho cacoete de um certo tipo de liberal em se indignar com o autoritarismo no campo político, mas tolerá-lo em nome das medidas econômicas que protegem os interesses dos mais ricos. A história está farta desses exemplos, desde o nazismo na Alemanha até o golpe militar no Brasil em 1964.
segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020
Medidas de Doria mergulharam SP no caos
Por Mauro Donato, no Diário do Centro do Mundo:
São Paulo e cidades vizinhas amanheceram submersas nesta segunda-feira após algumas poucas horas de chuva ininterrupta.
Embora certamente ouviremos e leremos ao longo de todo o dia afirmações do tipo “choveu mais do que o previsto” ou mesmo diagnósticos estupendos como o do prefeito de Belo Horizonte em situação semelhante (“Essa água veio do céu”, disse ele há poucas semanas), a verdade é que esse desastre tem o dedo de João Doria.
Ainda no ano passado, o governador Doria extinguiu órgãos que regulamentavam e fiscalizavam setores ligados ao urbanismo e ao meio ambiente.
Embora certamente ouviremos e leremos ao longo de todo o dia afirmações do tipo “choveu mais do que o previsto” ou mesmo diagnósticos estupendos como o do prefeito de Belo Horizonte em situação semelhante (“Essa água veio do céu”, disse ele há poucas semanas), a verdade é que esse desastre tem o dedo de João Doria.
Ainda no ano passado, o governador Doria extinguiu órgãos que regulamentavam e fiscalizavam setores ligados ao urbanismo e ao meio ambiente.
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