terça-feira, 17 de março de 2020

A embromação de Paulo Guedes

Por José Luis Oreiro, no site A terra é redonda:

Na noite do dia 16 de março, sua majestade o czar da economia brasileira anunciou seu plano de enfrentamento da crise do coronavírus. Sua apresentação de incríveis seis, isso mesmo, seis slides (onde o primeiro é a capa) já mostra o grau de despreparo do maior enrolador da história da República. No primeiro slide vemos “medidas estruturantes” onde se inclui “pacto federativo”, “PL da Eletrobrás” e “Plano Mansueto”, seja lá o que isso signifique.

Janaína Paschoal e seu ‘bebê de Rosemary’

Por Fernando Brito, em seu blog:

A ex-quase-vice de Jair Bolsonaro, Janaína Paschoal, foi à tribuna da Assembleia Legislativa de São Paulo pedir o afastamento do dito cujo da Presidência, como se vê no vídeo [aqui].

Disse que se arrependeu de seu voto, mas não disse – e nem acha – que se arrependeu de seu golpe, lá onde tudo isso nasceu. Onde se concebeu o Bebê de Rosemary que está na Presidência da República.

Pois Jair não foi, afinal, a encarnação do mal que se gerou pela epidemia do moronavírus que contaminou o Brasil?

Ao contrário do coronavírus, aquele atacou as funções cerebrais de boa parte dos brasileiros – aparentemente as dela também, colocando em curto-circuito as sinapses nervosas – e os levou à mais colérica selvageria.

Bolsonaro aumentou ameaça ditatorial

Por Jeferson Miola, em seu blog:                   

A ameaça de avanço ditatorial no Brasil está no ar; é bem palpável. É preciso atentar para essa realidade urgentemente.

Bolsonaro repete com êxito a estratégia de Mussolini e de Hitler de esgarçar a ordem vigente até o limite máximo de elasticidade do sistema. Quando finalmente atingir o ponto de ruptura, consuma o golpe institucional e instala uma ditadura. Tudo feito, naturalmente, dentro da chamada “normalidade institucional” [aqui].

No mesmo dia em que os presidentes da CNBB, OAB, ABI e Comissão Arns publicaram o histórico apelo Em defesa da democracia na Folha de São Paulo e afirmaram ser “urgente neutralizar e vencer as ameaças às instituições”, Jair Bolsonaro propagou em tempo real, na conta oficial da Presidência da República no twitter, os atos promovidos pela matilha bolsonarista pedindo o fechamento do Congresso e do STF.

Apesar de Bolsonaro, Brasil vencerá pandemia

Editorial do site Vermelho:

A humanidade enfrenta uma das piores pandemias da história recente. Milhares de vidas já foram ceifadas. A economia mundial, que há mais de uma década já se encontrava estruturalmente combalida pela crise do capitalismo, agora, impactada por esse fator, provavelmente irá mergulhar em nova recessão.

Diante dessa dramática circunstância, os governos pelo mundo afora buscam construir convergências entre todos os Poderes, conscientizar e mobilizar o seu povo, para enfrentar e vencer a pandemia de Covid 19, doença respiratória causada pelo novo coronavírus.

Nesse sentido, o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, fez um apelo enfático para que todos se empenhem nesta histórica empreitada.

segunda-feira, 16 de março de 2020

CNBB, OAB e ABI se unem pela democracia

Por Altamiro Borges

Com seus gestos fascistas e dementes – como participar neste domingo (15) de um ato em frente ao Palácio do Planalto pelo fechamento do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em plena pandemia do coronavírus –, o “capetão” Jair Bolsonaro vai despertando forças mais amplas de oposição. Aos poucos, após certa letargia, vários setores se articulam para deter a cavalgada autoritária no país. Na semana passada, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) e a Comissão Arns divulgaram um manifesto “em defesa da democracia”.

Regina Duarte está com medo de Bolsonaro?

Quem matou Gustavo Bebianno?

Por que Bolsonaro provoca, desesperadamente

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

O que mais Jair Bolsonaro fará para chamar atenção e provocar um impasse? Ontem, ele cometeu, em poucas horas, uma sequência de crimes de responsabilidade. Compareceu a uma manifestação contra a o Congresso e o STF. Desafiou os presidentes do Legislativo, citando-os pelo nome. Em meio à sombra da covid-19, e ainda sob suspeita de ser portador do coronavírus, abraçou-se com dezenas de pessoas – a maior parte, idosos, grupo de risco especialmente frágil. Quando o país mais precisa de medidas de distanciamento social, e está prestes a viver o colapso do sistema hospitalar, voltou a minimizar os efeitos da pandemia e a propor que sejam liberadas aglomerações, inclusive em estádios de futebol.

Uma aula magna de irresponsabilidade

Por Eric Nepomuceno

Superando suas próprias – e inéditas na história da República – mostras anteriores de irresponsabilidade e estupidez, Jair Messias desafiou medidas determinadas pelo seu próprio ministro de Saúde.

E como se fosse pouco, abriu uma nova e especialmente séria crise com os demais poderes constitucionais, ao se juntar a manifestantes furibundos que, entre outras coisas, exigem o fechamento do Congresso e o expurgo de vários integrantes do Supremo Tribunal Federal.

Já não dá para falar em decoro ou decência, porque isso é tão existente em Jair Messias como elefantes no Alasca.

Quando se confirma que sete integrantes da comitiva que o acompanhou em sua mais recente e vergonhosa mostra de vassalagem diante de Donald Trump estão contaminados com o coronavírus, o lógico seria Jair Messias se recolher, se não à sua insignificância, ao Palácio da Alvorada.

Guedes é tão boçal quanto seu chefe

Por Luis Felipe Miguel

A seu modo, Guedes é tão boçal quanto seu chefe. Enquanto Bolsonaro desdenha a pandemia, o ministro resolve apostar no pânico e (desculpem meu francês) tira do cu a informação de que o contágio é mais rápido no Brasil do que em outros países.

E o que ele faz?

Um mea culpa por seu trabalho incansável em prol da destruição do sistema de saúde e do serviço público no Brasil?

Não.

Guedes quer usar a crise do coronavírus para aprovar a toque de caixa o pacote de redução do Estado.

Sonegação: O problema mais caro do Brasil

Luto em luta: As sementes de Marielle

Bolsonaro sabe que seu apoio está diminuindo

Pela revogação do tetos dos gastos já!

O milagre brasileiro de ter o SUS

Coronavírus vai dizimar os mais pobres

Atos em homenagem a Marielle e Anderson

domingo, 15 de março de 2020

Efeitos da publicidade infantil na educação

Por Cláudia Motta, na Rede Brasil Atual:

A publicidade infantil é nociva ao desenvolvimento da criança, não somente por abusar da deficiência de julgamento e de experiência da criança, mas também por ser, em si, propaganda enganosa. A avaliação é da coordenadora executiva da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda.

Para Andressa, a publicidade infantil ativa no imaginário da criança o oferecimento de sensações, desejos, informações e uma série de elementos de expectativa os quais não são correspondidos através do produto. Ela considera o ambiente da internet, como o YouTube, ainda mais delicado, já que não existe nenhuma regulação para conter os eventuais abusos. Inclusive os reflexos no processo de formação e educação dos pequenos.

Coronavírus e os trabalhadores informais

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Diante do avanço da pandemia de Covid-19 no Brasil, como ficam os trabalhadores informais, aqueles que não têm direitos trabalhistas e não podem "se dar ao luxo" de ficar sem trabalhar para evitar o vírus ou, mesmo doentes, precisarão trabalhar? E, para além dos efeitos diretos aos trabalhadores em si e na economia, quais impactos esse avanço da precarização pode ter na propagação do vírus no país?

Um capitão entre generais

Por William Nozaki, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A geopolítica do petróleo tem passado, nesse início de século XXI, por transformações estruturais, o papel do continente Americano na produção tornou-se tão significativo quanto o da região do Oriente Médio no século XX e o peso do continente Asiático no consumo tornou-se tão relevante quanto o da Europa no passado. Além disso, novas tecnologias viabilizaram a ampliação da produção de hidrocarbonetos, como no caso do shale gas dos EUA, e novas fronteiras foram desbravadas colocando o petróleo offshore na dianteira da exploração petrolífera, como no caso do pré-sal do Brasil.