sexta-feira, 24 de abril de 2020

Só vão sobrar os milicos no laranjal?

Por Altamiro Borges

Em meio aos enterros do coronavírus, Jair Bolsonaro também cava sua sepultura. Na semana passada, ele chutou o popular Mandetta; agora, demitiu o diretor-geral da PF e forçou a queda do "herói"  Sergio Moro. Já há boatos de que o abutre Paulo Guedes também vai dançar. Só vão sobrar os milicos no laranjal?

Mas já há tensão nos quarteis. Ouvidos pelo jornal Estadão, "oficiais-generais avaliam que o governo de Jair Bolsonaro terá dificuldades de se levantar após a despedida de Sergio Moro... Eles se disseram 'perplexos' e 'chocados' com as declarações acusando o presidente de interferência na PF e fraude".

Ainda segundo o jornalão, "um dos militares disse que Bolsonaro virou, no mínimo, um 'zumbi' no Palácio do Planalto... 'Tudo tem limite', afirmou um dos generais à reportagem. Outro disse que o presidente cometeu 'suicídio' e não recupera mais seu capital político".

A queda de Moro, a pandemia e a mídia

Moro aposta em ser 'herói do impeachment'

Por Fernando Brito, em seu blog:

As declarações de Sergio Moro no anúncio de sua demissão são, de fato, mais que suficientes para a abertura de um processo por crime de responsabilidade.

Não apenas porque disse que Bolsonaro, como todos sabiam, queria trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e que “tinha preocupação com os inquéritos no STF”.

Mas porque Moro revelou que foi forjado um documento oficial, com o “a pedido” falso no pedido de exoneração do diretor da PF e a aposição de sua assinatura no ato de demissão.

Pior: foi explícito na afirmação de que Bolsonaro queria dirigentes da Polícia Federal que lhe passassem, até por telefone, “relatórios de inteligência”.

Comunismo tira o sono do ministro Araújo

Por Umberto Martins, no site da CTB:

O fantasma do comunismo, que parecia amuado e abatido desde a queda do Muro de Berlin, em 1989, complementada pela dissolução da União Soviética em 1991, reapareceu com força em meio a nuvens obscuras que esvoaçam sobre este Brasil desgovernado pelo Clã Bolsonaro. O pavoroso espectro não para de perturbar o sono do enigmático chefe do Itamaraty, Ernesto Araújo, personagem responsável pelas relações do país com a chamada comunidade internacional, fonte de piadas inacreditáveis e vexaminosas para a sofrida pátria.

As forças populares contra a pandemia

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Lênin: 150 anos de um líder revolucionário

Moro está fora. O próximo, por favor...

É hora de taxar as grandes fortunas

A educação em tempos de coronavírus

quinta-feira, 23 de abril de 2020

407 mortes em um dia. A tragédia avança!

"Queda" de Moro pode pirar os bolsominions

O coveiro e o carniceiro

Cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus
Foto: Edmar Barros/AP
Por Jeferson Miola, em seu blog:                                   

Depois de uma semana de recolhimento desde que assumiu o cargo, o novo ministro da saúde finalmente reapareceu e mostrou a que veio.

Na reaparição, Nelson Teich confirmou que tem todas as credenciais para ser um ministro sob medida para o necro-governo do genocida Bolsonaro [aqui].

Continua difícil, por enquanto, entender quais foram as motivações pessoais e profissionais – ou os interesses negociais – que levaram Nelson Teich a aceitar ficar encaixotado dentro do pacote fechado que Bolsonaro lhe impôs.

Ele ganhou o cargo assumindo de antemão o compromisso de implementar a estratégia genocida previamente definida, e de ser tutelado por um general como seu vice-ministro – ou o general como o ministro real, enquanto ele, como “médico” [ou empresário da saúde privada], empresta um verniz técnico à operação.

Bolsonaro barganha com a velha política

Editorial do site Vermelho:

Diante do perda de apoio crescente do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e na sociedade, ele se movimenta para tentar enfraquecer o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem defendendo as prerrogativas constitucionais do Poder Legislativo e apoiando a orientação de isolamento social.

Bolsonaro ataca o Congresso, mas pratica ao surrado toma lá dá cá para tentar obter apoio de setores do parlamento. Negocia abertamente com Roberto Jeferson, símbolo da chamada “velha política” que Bolsonaro demagogicamente amaldiçoa.