segunda-feira, 27 de abril de 2020

Celso de Mello e as acusações de Moro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A semana começa como a continuação da sexta-feira passada, o 24 de março que talvez fique na história como o dia que marcou o início do fim do governo Bolsonaro.

No final de semana Moro começou a ser chamado de “traidor da pátria” e até de comunista pelos bolsonaristas. Um grupelho fez uma manifestação pró-Bolsonaro na Esplanada, em Brasília, mas as redes sociais mostraram que a extrema direita rachou.

Quanto Bolsonaro perderá, é cedo para saber. Só com as novas pesquisas.

Moro, que chocou o ovo da serpente de muitas cabeças que envenenou o Brasil – neofascismo, antipetismo, negacionismos e fobias de toda ordem - reclamou dos ataques e fake-news.

Bolsonaro cai? Não parece provável agora

Por Fernando Brito, em seu blog:

Haverá, é certo, alguma perda de apoio na classe média, mas não é de crer que a demissão de Sérgio Moro vá reduzir de forma significativa o apoio remanescente a Jair Bolsonaro.

Perde, é verdade. na classe média, mas neste grupo o seu prestígio já estava bastante abalado e os danos, pode-se assim dizer, foram perda sobre perda. Menores, portanto.

Mas que não se subestime o efeito que a distribuição da renda emergencial que o choque da pandemia do novo coronavírus obrigou o governo a fazer não vá provocar efeitos positivos sobre a popularidade do presidente, o que é natural dado o estado de miséria em que se encontra boa parte do país.

Saúde, emprego, renda e democracia

Copiado do banner da Confederación Intersindical Galega (CIG)
Por João Guilherme Vargas Netto

Amanhã, dia 28 de abril, o mundo prestará atenção às vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, como faz todo ano. Neste, o foco será a solidariedade aos trabalhadores da saúde que enfrentam o coronavírus e são atingidos pela doença.

O sindicato dos metalúrgicos de Curitiba organizou um evento virtual – com filmes, entrevistas e frases de efeito – para marcar a data, chamando também a atenção para a situação dos trabalhadores que devem exercer suas funções e exigem cuidados sanitários redobrados nas empresas e em suas atividades.

O pedido dos empresários do ensino

Por Carlos Pompe

As entidades dos empresários do ensino enviaram ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ofício pedindo “medidas estruturais que minimizam o impacto na educação” da pandemia do Covid-19, no que consideram a “maior crise que o país já enfrentou em sua história”. Com essa atitude, negaram o que vinham dizendo à Contee e ao Ministério Público do Trabalho nas conversações sobre busca da saída da crise. “Eles disseram que não queriam ajuda do governo e, na verdade, estão excluindo os trabalhadores e estudantes das tratativas e negociando os nossos direitos, buscando vantagens exclusivamente para eles. Revelam, mais uma vez, que têm interesse apenas no lucro, e nenhum na educação”, denuncia o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.

Flávio Bolsonaro e as milícias do RJ

Genocídios por atos, gestos e palavras

Uma bolsonarista arrependida

A geopolítica do petróleo na pandemia

As mortes escondidas em Minas Gerais

Bolsonaro e Moro: quem está mentindo?

Sergio Moro não é um herói

domingo, 26 de abril de 2020

Queda de Moro agita hospício bolsonarista

Por Altamiro Borges

A queda de Sergio Moro atiçou Joice Hasselmann, que hoje é uma antibolsonarista militante. A deputada está decidida a conseguir o impeachment do "capetão". Nesta sexta-feira (24), a líder do PSL na Câmara Federal protocolou o pedido, acusando o presidente de crime de responsabilidade.

A ex-bolsonarista alega que houve crime de falsidade ideológica na informação publicada no Diário Oficial da União sobre a exoneração 'a pedido' do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. A deputada também acusa o presidente de "notória tentativa de intervenção na PF" em várias investigações.

Generais sustentam o capitão. Até quando?

A macroeconomia na crise de 2020

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

O debate econômico no Brasil mudou muito nos meses recentes, mas ainda está engatinhando em face da dimensão avassaladora da crise. Logo nos primeiros momentos, estabeleceu-se virtual unanimidade quanto à urgência de uma rápida e substancial ampliação do gasto público. “Somos todos keynesianos agora”, repetiu-se urbi et orbi. Ora, como dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra – e esta não escapa à regra rodrigueana.

Bolsonaro, duro na queda!

Foto: Carolina Antunes/PR
Por Manuel Domingos Neto

Eduardo Costa Pinto logo intuiu que o apoio a Bolsonaro poderia não ser afetado imediatamente pela demissão espetaculosa de Moro.

A pesquisa da XP realizada entre os dias 23 e 24, divulgada neste sábado, dia 25, confirmou sua hipótese. Os que alimentam expectativa boa, ótima e regular sobre o governo somam 44% dos entrevistados. Os que têm expectativa ruim e péssima chegam a 49%. Tendo em vista o desemprego, a penúria reinante e os descalabros governamentais, é um desempenho extraordinário.

A pesquisa registra que 77% dos entrevistados disseram ter conhecimento da saída de Moro. Ou seja, pode não ter decorrido ainda o tempo necessário para que a exploração do episódio mostre seus desdobramentos.

O power point de Bolsonaro/Moro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Sergio Moro começou a provar a volta do cipó de aroeira.

Gaguejou em seu pronunciamento quando reconheceu que nem Lula nem Dilma interferiam politicamente nas investigações da Polícia Federal.

Dela, disse o nome completo.

A Lula, que condenou num processo que ainda pode ser anulado por conta de tantos vícios e da inconsistência das provas, referiu-se gaguejando ao "ex-presidente Luiz...".

A nova vida de Moro na planície começa prestando esclarecimentos ao STF sobre as acusações que fez a Bolsonaro.

E em breve o STF vai julgar a ação de Lula arguindo sua parcialidade.

A pandemia e o momento do golpe

Desemprego aumenta na América Latina

A saída de Moro e a reação de Bolsonaro

Bolsonaro recoloca Moro no centro da política

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Ao longo de seus 16 meses, Sérgio Moro foi o Ministro da Justiça mais subserviente da história moderna do país.

Atendeu Bolsonaro várias vezes, abrindo inquéritos contra críticos baseado na Lei de Segurança Nacional.

Invocando a mesma LSN, colocou a Polícia Federal em cima de um caseiro para obrigá-lo a mudar seu depoimento. Não incluiu o miliciano Adriano da Nóbrega – procurado pela polícia de dois estados – na lista dos maiores criminosos brasileiros.

Mais do que isso, suportou toda espécie de humilhações quando Bolsonaro estava no auge. Ontem mesmo – segundo ele próprio admitiu – estaria disposto a aceitar a demissão de Marcelo Valeixo, se pudesse opinar sobre seu substituto.