domingo, 10 de maio de 2020

Desmatamento continua na Amazônia

Por Jaime Sautchuk, no site Vermelho:

A grande mídia firmou o foco em outros temas e deixou este de lado, mas eu lamento informar que o desmatamento segue firme e forte na Amazônia brasileira. Na última terça-feira, dia 5 de maio, por exemplo, uma equipe de fiscalização do Ibama foi cercada e agredida no município de Uruará, no Sudoeste do Pará, durante operação de combate ao desmatamento ilegal.

Madeireiros, garimpeiros e grileiros estão com a corda toda, após diversas manifestações do presidente da República e de outros membros do governo federal em favor do desmatamento e contra ações de repressão. Em Uruará, seguindo a legislação em vigor, a equipe do Ibama havia queimado três caminhões e dois tratores localizados em clareira no meio da mata, em área indígena.

Circo no STF e afronta aos mortos

Bolsonaro com empresários se dirige ao STF
Foto: Marcos Corrêa/PR
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

Que podem estar sentindo os que estão com seus entes queridos agonizando nas UTIs, ou os parentes dos 615 brasileiros mortos por Covid19 nas últimas 24 horas, vendo o presidente da República armar uma trampa para o STF, levando lá uma comitiva de empresários para pressionar pela reabertura das atividades econômicas?

Com a pressão o presidente diz que não se incomoda com os mortos nem com os que venham a morrer.

Não serão os empresários, mas seus empregados, que serão expostos ao vírus em momento crítico.

A escadaria da morte e os 'coronazistas'

Por Fernando Brito, em seu blog:

Subimos um degrau a mais na escadaria da morte.

Agora, passaremos a mil mortes por dia, a 15 ou 20 mil casos novos por dia, por enquanto.

Infelizmente, ainda não é o último degrau e hoje, na Globonews, o ex-ministro Luiz Mandetta foi muito claro em dizer que temos, no mesmo, mais dois meses e meio de crescimento destes números, até que cheguemos ao pico.

Se olharmos para trás, para ver quanto cresceu em sete semanas esta epidemia, isso significa até 60 vezes mais casos em relação aos 155 mil que temos e dez vezes mais mortes que as 10,6 mil que são oficialmente reconhecidas.

Não foi apenas Bolsonaro

Por Marcelo Zero

Que o Brasil virou um pária mundial, ninguém mais duvida.

Venho escrevendo sobre esse processo há anos, mas agora parece que tal avaliação, após o brilhante desempenho do governo Bolsonaro na pandemia do Covid-19, tornou-se praticamente unânime. Unanimidade inteligente, agregue-se.

Mas como se deu esse processo lamentável de transformação do cisne do soft power multilateralista no patinho feio de uma total subserviência unilateralista?

Não foi do dia para a noite. Não foi apenas Bolsonaro.

A chamada política externa ativa e altiva foi a que melhor se coadunou com os princípios constitucionais que regem a política externa brasileira.

Acabou a paciência, a Constituição sou eu!

Por Jeferson Miola, em seu blog:                                     
Ao final do ato inconstitucional [3/5] em que sua matilha ensandecida em frente ao Palácio do Planalto pedia o fechamento do Congresso e do STF, Bolsonaro avisou: “Acabou a paciência, não tem mais conversa. Daqui pra frente faremos cumprir a Constituição a qualquer preço”.

Bolsonaro já tinha avisado antes [20/5], ao estilo Luis XIV, que “A Constituição sou eu!”.

Na 5ª feira, 7 de maio, Bolsonaro marchou “rumo” ao STF [ou “sobre” o STF?] ladeado de ministros militares e acompanhado do ministro civil da Economia que serviu à ditadura sangrenta de Pinochet e de empresários. Tudo com direito a transmissão ao vivo pelas milícias digitais aboletadas no Planalto.

De ‘gripezinha’ a 10 mil mortos

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sábado, 9 de maio de 2020

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