domingo, 30 de agosto de 2020

O pastor que “abençoou” Bolsonaro e Witzel

Por Altamiro Borges

A prisão nesta sexta-feira (28) de Everaldo Dias Pereira, o “Pastor Everaldo”, presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), não mereceu manchetes nos jornalões ou destaque nos telejornais – que deram maior cobertura ao afastamento do governador Wilson Witzel, da mesma legenda de aluguel.

Mas o sinistro pastor não é figura de menor expressão na política nativa – e como expoente da direita. Preso sob a acusação de integrar um esquema milionário de desvio de recursos públicos destinados ao combate da pandemia da Covid-19 no Rio de Janeiro, ele é famoso por sua ação nos bastidores, no subterrâneo da política.


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Notícias falsas devem pautar eleição em 2020

Por Igor Carvalho, no jornal Brasil de Fato:

Personagem importante das eleições de 2018, as notícias falsas devem influenciar, ainda, o debate eleitoral neste ano. Apesar dos debates no Congresso e no Judiciário, especialistas escutados pelo Brasil de Fato estão pessimistas sobre o combate à desinformação no país.

“Esse processo se expandiu e agora influencia tudo. Por exemplo, a pandemia da covid-19 tem gerado notícias que favorecem quem desacredita a doença e tem morrido muita gente por isso. Não é só eleição que ela influencia e continuará influenciado neste ano, é comportamento também”, explica Leda Gitahy, professora do Departamento de Política Cientifica e Tecnológica (DPCT) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no interior de São Paulo.

Ricardo Salles, um equilibrista na devastação

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

A permanência de Ricardo Salles no Ministério do Meio Ambiente está ameaçada. Não que seu trabalho desagrade ao presidente, longe disso.

Logo após vencer as eleições de 2018, Jair Bolsonaro manifestou a intenção de extinguir a pasta e colocar fim à “indústria de multas do Ibama”. Diante da forte reação contrária à iniciativa, não apenas de ambientalistas, mas também de representantes do agronegócio preocupados com a criação de barreiras comerciais aos produtos brasileiros no exterior, o ex-capitão viu-se forçado a um recuo tático. Manteve a estrutura formalmente de pé, mas escalou a dedo um leal combatente para implodir todo o aparato de fiscalização. Fosse pelo desejo do chefe, Salles ocuparia o posto até o fim do mandato, e ainda poderia receber alguma distinção pelos serviços prestados à agenda da devastação.

Mídia não aprendeu lições do golpe de 1964

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

A jornalista Cynara Menezes, do blogue Socialista Morena, afirmou que os veículos da imprensa tradicional, no Brasil, encontraram no ódio antipetista a fórmula para alcançar o poder. O plano era substituir o PT pelos aliados do PSDB. Mas a estratégia, baseada no apoio incondicional da mídia à Operação Lava Jato, fracassou, abrindo espaço para a ascensão do atual presidente Jair Bolsonaro.

Para ela, é hora dos grandes jornais e as principais redes de televisão do país fazerem, eles mesmos, a “autocrítica” que tanto cobram dos políticos petistas. Já que essa fórmula baseada no ódio antipetista causou a destruição do país.

Bolsonaro faz farra com R$ 325 bi do Tesouro

Editorial do site Vermelho:

De quem é o Tesouro Nacional? Segundo a legislação, é seu dever, como instrumento do governo federal gerido pela Secretaria do Tesouro Nacional, administrar os recursos financeiros que entram nos cofres públicos. É o caixa-forte do Brasil. Sua função precípua seria atender às necessidades do país, priorizar as necessidades da população, função bem definida na Constituição ao estabelecer deveres e direitos do Estado.

A destruição da sacrossanta

Por Manuel Domingos Neto

Nação é comunidade complexa, formada por segmentos sociais numerosos, diferenciados e sempre em disputa uns com os outros.

As Ciências Sociais já demonstraram que tal entidade é mais que simples manifestação do instinto gregário observado em agrupamentos “tribais”. Demonstraram que não é fruto “natural” do desenvolvimento socioeconômico e a submissão dos vizinhos pela força, como acreditava Hitler. Também não é crença comum num passado mítico deliberadamente sugerido pelo romantismo. Ou ainda lastreada em “tradições” fabricadas e impostas de cima para baixo.

Nação não se fundamenta em etnias, língua ou crenças religiosas. Tampouco resulta da vontade ou da determinação do Estado, em que pese o esforço ingente do poder político para moldar a sociedade e apresentar-se como sua legítima expressão.

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sábado, 29 de agosto de 2020

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