Por Bepe Damasco, em seu blog:
Seria mesmo um otimismo exagerado achar que o judiciário seria capaz de decidir pela suspeição de Moro.
Mas fazer o que?
A luta por justiça e mudanças profundas na sociedade precisa de esperança para manter-se viva, apesar de ser do conhecimento geral o déficit de estofo jurídico, moral e de compromisso com a cidadania do sistema de justiça do Brasil, o mais caro do planeta.
Confesso que também embarquei nessa.
De tão explícita e escandalosa, a perseguição a Lula por parte do então juiz Moro, conforme amplamente provada pela Vaza Jato, levaram-me a acreditar que Têmis, a deusa da Justiça da mitologia grega, acabaria por conquistar corações e mentes da maioria dos ministros da segunda turma do STF.
domingo, 27 de setembro de 2020
sábado, 26 de setembro de 2020
sexta-feira, 25 de setembro de 2020
Esquerda tem de reconectar e não demarcar
Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:
“Nossa turma ainda não entendeu que internet não é só comunicação, é sobre uma nova forma de organização na sociedade”, diz a certa altura a ex-deputada gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB). Candidata a prefeita de Porto Alegre – e em primeiro lugar, segundo pesquisa divulgada ontem –, ela repetirá algumas vezes a expressão “nossa turma”. Para ao mesmo tempo se referir ao campo progressista e mostrar preocupação com a necessidade de a esquerda se comunicar melhor.
A unidade entre os que combatem o fascismo
Por Claudia Rocha, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Na noite desta terça-feira (22), o evento "Barão Entrevista" recebeu o pré-candidato a prefeito na cidade de Belém, capital do Pará, Edmilson Rodrigues. Arquiteto de formação e com longa trajetória política e parlamentar, Edmilson conversou com integrantes do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé sobre diversos temas da conjuntura política - em especial, a unidade partidária no campo da esquerda em sua região.
Na noite desta terça-feira (22), o evento "Barão Entrevista" recebeu o pré-candidato a prefeito na cidade de Belém, capital do Pará, Edmilson Rodrigues. Arquiteto de formação e com longa trajetória política e parlamentar, Edmilson conversou com integrantes do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé sobre diversos temas da conjuntura política - em especial, a unidade partidária no campo da esquerda em sua região.
Risco Bolsonaro afugenta investidores
Editorial do site Vermelho:
O Brasil registrou uma queda nos investimentos diretos de estrangeiros de 85% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). Foram US$ 1,4 bilhões contra US$ 9,5 bilhões. É o menor montante para um mês de agosto desde 2016. Já na comparação com o mês anterior, a queda foi de 48%.
Essa modalidade de investimento é feita por multinacionais, representa importante fonte de recursos para a economia brasileira e já estava em queda desde o primeiro ano do Bolsonaro; com a pandemia se acentuou. Mas as causas principais são a desconfiança crescente no governo Bolsonaro, em meio à recessão global somada à deterioração da imagem do país no exterior, agravada com o desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Pantanal.
O Brasil registrou uma queda nos investimentos diretos de estrangeiros de 85% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). Foram US$ 1,4 bilhões contra US$ 9,5 bilhões. É o menor montante para um mês de agosto desde 2016. Já na comparação com o mês anterior, a queda foi de 48%.
Essa modalidade de investimento é feita por multinacionais, representa importante fonte de recursos para a economia brasileira e já estava em queda desde o primeiro ano do Bolsonaro; com a pandemia se acentuou. Mas as causas principais são a desconfiança crescente no governo Bolsonaro, em meio à recessão global somada à deterioração da imagem do país no exterior, agravada com o desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Pantanal.
"O dilema das redes'' humaniza os culpados
Por Mariana Serafini, no site Carta Maior:
Há poucas semanas a Netflix lançou “Dilema das redes”, o documentário dirigido por Jeff Orlowski que denuncia o mau uso feito pelas Big Techs (Google, Facebook, Instagram e várias outras) com os dados dos usuários. Apesar de uma ou outra informação interessante - nada necessariamente novo - o filme peca no ponto chave da questão: não é um dilema. Fora isso, traz entrevistas com meia dúzia de designers, engenheiros de software e programadores do Vale do Silício. Eles trabalharam para construir esse sistema que hoje nos controla. E não é porque se arrependeram, depois de ver o estrago, que são inocentes.
Há poucas semanas a Netflix lançou “Dilema das redes”, o documentário dirigido por Jeff Orlowski que denuncia o mau uso feito pelas Big Techs (Google, Facebook, Instagram e várias outras) com os dados dos usuários. Apesar de uma ou outra informação interessante - nada necessariamente novo - o filme peca no ponto chave da questão: não é um dilema. Fora isso, traz entrevistas com meia dúzia de designers, engenheiros de software e programadores do Vale do Silício. Eles trabalharam para construir esse sistema que hoje nos controla. E não é porque se arrependeram, depois de ver o estrago, que são inocentes.
Capitão da Marinha na Casa de Rui Barbosa
Por Jotabê Medeiros, na revista CartaCapital:
O governo federal nomeou hoje o capitão de Mar e Guerra da reserva Carlos Fernando Corbage Rabello como o novo número 2 da Fundação Casa de Rui Barbosa, uma das mais prestigiosas e tradicionais instituições culturais do País, inaugurada em 13 de agosto de 1930. O posto de capitão de Mar e Guerra é a maior patente da Marinha e equivale ao de coronel no Exército e na Aeronáutica. É mais um passo rumo à militarização das instituições culturais do Estado – o governo já entregou a Fundação Nacional de Arte (Funarte) a um coronel do Exército também da reserva, Lamartine Barbosa, e tinha colocado um capitão PM da Bahia, André Porciuncula, na Secretaria de Fomento à Cultura, mas aparentemente recuou nessa última nomeação. O Superintendente de Prestação de Contas da Agência Nacional de Cinema (Ancine) também é um capitão de Mar e Guerra, Eduardo Cavalcanti Albuquerque, nomeado pelo governo Bolsonaro.
O governo federal nomeou hoje o capitão de Mar e Guerra da reserva Carlos Fernando Corbage Rabello como o novo número 2 da Fundação Casa de Rui Barbosa, uma das mais prestigiosas e tradicionais instituições culturais do País, inaugurada em 13 de agosto de 1930. O posto de capitão de Mar e Guerra é a maior patente da Marinha e equivale ao de coronel no Exército e na Aeronáutica. É mais um passo rumo à militarização das instituições culturais do Estado – o governo já entregou a Fundação Nacional de Arte (Funarte) a um coronel do Exército também da reserva, Lamartine Barbosa, e tinha colocado um capitão PM da Bahia, André Porciuncula, na Secretaria de Fomento à Cultura, mas aparentemente recuou nessa última nomeação. O Superintendente de Prestação de Contas da Agência Nacional de Cinema (Ancine) também é um capitão de Mar e Guerra, Eduardo Cavalcanti Albuquerque, nomeado pelo governo Bolsonaro.
Os fardados no poder
Por Roberto Amaral, em seu blog:
Os manuais de história dizem que o Império foi o nosso “regime civil”, em contraste com a República, quando a preeminência da farda extrapola para a intervenção direta. Na realidade, a ascensão política dos militares já se estabelece, num crescendo, a partir da guerra contra o Paraguai, e se assume de corpo inteiro na sequência do golpe de 1889. O vestibular foram as ditaduras dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Ali tomaram gosto. O poder agrário - reacionário, anti-progresso, que sustentara a monarquia atrasada, nascida velha, e que deveria haver sucumbido com ela -, emerge e reina no curso de toda a república velha, até pelo menos 1930. Seu símbolo foi a política cognominada de “café-com-leite”, caracterizada pelo rodízio de paulistas e mineiros na presidência da república.
Os manuais de história dizem que o Império foi o nosso “regime civil”, em contraste com a República, quando a preeminência da farda extrapola para a intervenção direta. Na realidade, a ascensão política dos militares já se estabelece, num crescendo, a partir da guerra contra o Paraguai, e se assume de corpo inteiro na sequência do golpe de 1889. O vestibular foram as ditaduras dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Ali tomaram gosto. O poder agrário - reacionário, anti-progresso, que sustentara a monarquia atrasada, nascida velha, e que deveria haver sucumbido com ela -, emerge e reina no curso de toda a república velha, até pelo menos 1930. Seu símbolo foi a política cognominada de “café-com-leite”, caracterizada pelo rodízio de paulistas e mineiros na presidência da república.
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