domingo, 27 de setembro de 2020

Celso de Mello: Sempre a luta de classes

Por Bepe Damasco, em seu blog:


Seria mesmo um otimismo exagerado achar que o judiciário seria capaz de decidir pela suspeição de Moro.

Mas fazer o que?

A luta por justiça e mudanças profundas na sociedade precisa de esperança para manter-se viva, apesar de ser do conhecimento geral o déficit de estofo jurídico, moral e de compromisso com a cidadania do sistema de justiça do Brasil, o mais caro do planeta.

Confesso que também embarquei nessa.

De tão explícita e escandalosa, a perseguição a Lula por parte do então juiz Moro, conforme amplamente provada pela Vaza Jato, levaram-me a acreditar que Têmis, a deusa da Justiça da mitologia grega, acabaria por conquistar corações e mentes da maioria dos ministros da segunda turma do STF.

Professores debatem conjuntura e desafios

O que Bolsonaro escondeu no discurso na ONU

Papel do jornalismo no combate às fake news?

sábado, 26 de setembro de 2020

Bolsonaro, Witzel e Flamengo

Nariz de Bolsonaro cresce na ONU

Paulo Guedes em modo desespero

STF persiste no caminho da desmoralização

Como o WhatsApp vence uma eleição

Imprensa esconde propostas da oposição

O que está em jogo nas eleições na Bolívia?

Os obstáculos do jornalismo econômico

Devastação sem precedentes no Pantanal

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Pandemia e economia penalizam o trabalhador

Esquerda tem de reconectar e não demarcar

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

“Nossa turma ainda não entendeu que internet não é só comunicação, é sobre uma nova forma de organização na sociedade”, diz a certa altura a ex-deputada gaúcha Manuela D’Ávila (PCdoB). Candidata a prefeita de Porto Alegre – e em primeiro lugar, segundo pesquisa divulgada ontem –, ela repetirá algumas vezes a expressão “nossa turma”. Para ao mesmo tempo se referir ao campo progressista e mostrar preocupação com a necessidade de a esquerda se comunicar melhor.

A unidade entre os que combatem o fascismo

Por Claudia Rocha, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:


Na noite desta terça-feira (22), o evento "Barão Entrevista" recebeu o pré-candidato a prefeito na cidade de Belém, capital do Pará, Edmilson Rodrigues. Arquiteto de formação e com longa trajetória política e parlamentar, Edmilson conversou com integrantes do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé sobre diversos temas da conjuntura política - em especial, a unidade partidária no campo da esquerda em sua região.

Risco Bolsonaro afugenta investidores

Editorial do site Vermelho:


O Brasil registrou uma queda nos investimentos diretos de estrangeiros de 85% em agosto, na comparação com o mesmo mês de 2019, segundo dados divulgados pelo Banco Central (BC). Foram US$ 1,4 bilhões contra US$ 9,5 bilhões. É o menor montante para um mês de agosto desde 2016. Já na comparação com o mês anterior, a queda foi de 48%.

Essa modalidade de investimento é feita por multinacionais, representa importante fonte de recursos para a economia brasileira e já estava em queda desde o primeiro ano do Bolsonaro; com a pandemia se acentuou. Mas as causas principais são a desconfiança crescente no governo Bolsonaro, em meio à recessão global somada à deterioração da imagem do país no exterior, agravada com o desmatamento e as queimadas na Amazônia e no Pantanal.

"O dilema das redes'' humaniza os culpados

Por Mariana Serafini, no site Carta Maior:
 

Há poucas semanas a Netflix lançou “Dilema das redes”, o documentário dirigido por Jeff Orlowski que denuncia o mau uso feito pelas Big Techs (Google, Facebook, Instagram e várias outras) com os dados dos usuários. Apesar de uma ou outra informação interessante - nada necessariamente novo - o filme peca no ponto chave da questão: não é um dilema. Fora isso, traz entrevistas com meia dúzia de designers, engenheiros de software e programadores do Vale do Silício. Eles trabalharam para construir esse sistema que hoje nos controla. E não é porque se arrependeram, depois de ver o estrago, que são inocentes.

Capitão da Marinha na Casa de Rui Barbosa

Por Jotabê Medeiros, na revista CartaCapital:

O governo federal nomeou hoje o capitão de Mar e Guerra da reserva Carlos Fernando Corbage Rabello como o novo número 2 da Fundação Casa de Rui Barbosa, uma das mais prestigiosas e tradicionais instituições culturais do País, inaugurada em 13 de agosto de 1930. O posto de capitão de Mar e Guerra é a maior patente da Marinha e equivale ao de coronel no Exército e na Aeronáutica. É mais um passo rumo à militarização das instituições culturais do Estado – o governo já entregou a Fundação Nacional de Arte (Funarte) a um coronel do Exército também da reserva, Lamartine Barbosa, e tinha colocado um capitão PM da Bahia, André Porciuncula, na Secretaria de Fomento à Cultura, mas aparentemente recuou nessa última nomeação. O Superintendente de Prestação de Contas da Agência Nacional de Cinema (Ancine) também é um capitão de Mar e Guerra, Eduardo Cavalcanti Albuquerque, nomeado pelo governo Bolsonaro.

Os fardados no poder

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Os manuais de história dizem que o Império foi o nosso “regime civil”, em contraste com a República, quando a preeminência da farda extrapola para a intervenção direta. Na realidade, a ascensão política dos militares já se estabelece, num crescendo, a partir da guerra contra o Paraguai, e se assume de corpo inteiro na sequência do golpe de 1889. O vestibular foram as ditaduras dos marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Ali tomaram gosto. O poder agrário - reacionário, anti-progresso, que sustentara a monarquia atrasada, nascida velha, e que deveria haver sucumbido com ela -, emerge e reina no curso de toda a república velha, até pelo menos 1930. Seu símbolo foi a política cognominada de “café-com-leite”, caracterizada pelo rodízio de paulistas e mineiros na presidência da república.