domingo, 30 de maio de 2021
Bolsonaro sofreu derrota decisiva nas ruas
Rio de Janeiro, 29/5/21. Foto: Mídia Ninja |
Havia um elemento fundamental em jogo nos protestos deste sábado – a autoconfiança da população brasileira para seguir na luta contra o flagelo Bolsonaro.
No plano das instituições que oxigenam a democracia, Bolsonaro tem sofrido derrotas agudas e frequentes – como se vê na CPI e nas decisões recentes do STF. Como se vê pelos grandes grupos de mídia, há muito o grande capital abandonou o alinhamento automático, de olhos fechados.
Embora não tenha sido capaz de encarar e resolver um caso grave de indisciplina, a hierarquia militar não esconde o mal-estar pelo palanque de Pazuello.
No plano internacional, o bolsonarismo tornou-se um caso de anedota: sua diplomacia conseguiu brigar com Washington e Pequim ao mesmo tempo.
No plano das instituições que oxigenam a democracia, Bolsonaro tem sofrido derrotas agudas e frequentes – como se vê na CPI e nas decisões recentes do STF. Como se vê pelos grandes grupos de mídia, há muito o grande capital abandonou o alinhamento automático, de olhos fechados.
Embora não tenha sido capaz de encarar e resolver um caso grave de indisciplina, a hierarquia militar não esconde o mal-estar pelo palanque de Pazuello.
No plano internacional, o bolsonarismo tornou-se um caso de anedota: sua diplomacia conseguiu brigar com Washington e Pequim ao mesmo tempo.
A esquerda reviu-se no espelho da rua
Brasília, 29/5/21. Foto: Ricardo Stuckert |
A “explicação” bem-humorada de que cães pequenos não vacilam em avançar sobre animais maiores é de ele não têm espelhos para ver seu verdadeiro tamanho.
Na política, a rua acaba por fazer este papel refletivo, embora saiba-se que impreciso e algo distorcido pelos olhos de quem o vê.
Ontem, depois de mais de um ano, as forças do progresso e do humanismo voltaram, com todos os justificáveis receios que impediram que em número muito maior, a verem-se neste espelho, onde só apareciam, há tempos, as falanges bolsonaristas que, embora esvaziadas, inflavam-se por expedientes – carreatas, “cavaladas”, motocicletas – que dissimulavam sua magrém. Palavra que, além de magreza, no Nordeste significa também, como para Bolsonaro, a estação da seca.
Na política, a rua acaba por fazer este papel refletivo, embora saiba-se que impreciso e algo distorcido pelos olhos de quem o vê.
Ontem, depois de mais de um ano, as forças do progresso e do humanismo voltaram, com todos os justificáveis receios que impediram que em número muito maior, a verem-se neste espelho, onde só apareciam, há tempos, as falanges bolsonaristas que, embora esvaziadas, inflavam-se por expedientes – carreatas, “cavaladas”, motocicletas – que dissimulavam sua magrém. Palavra que, além de magreza, no Nordeste significa também, como para Bolsonaro, a estação da seca.
Bolsonaro despreza os trabalhadores
Retirantes/Cândido Portinari |
O recorde de desemprego, que chegou a 14,8 milhões de pessoas no primeiro trimestre e corresponde a 14,7% da força de trabalho, é mais um sintoma da tragédia social causada pelo governo Bolsonaro. São números inéditos desde a série iniciada em 2012. Comparados aos três meses finais de 2020, o acréscimo foi de 880 mil trabalhadores desempregados . As causas podem ser encontradas na negligência em relação à vacinação, decorrência, na essência, de uma política econômica que não leva em consideração, minimamente que seja, a situação do povo.
Avalanche nas ruas para conter o fascismo
Porto Alegre, 29/5/21.Foto: Luiz Damasceno/Mídia Ninja |
“Fascistas, não passarão!
Vocês querem ditadura,
nós queremos Revolução!”
Setores de juventudes no 29M em Porto Alegre.
A avalanche democrática e popular que tomou conta das ruas das principais cidades do Brasil neste 29 de maio [29M] é o rechaço mais poderoso a Bolsonaro e ao governo fascista-militar controlado pelo partido fardado.
Governos militaristas não chegam ao fim por vontade própria, nem mesmo quando perdem eleições por eles manipuladas.
Por isso, não se pode alimentar ilusões quanto à disposição do governo militar em “largar o filé” caso não consigam eleger seu candidato em 2022 para continuarem o projeto de poder que pretendem seja duradouro.
sábado, 29 de maio de 2021
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