Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:
É comovente ver a sensibilidade da mídia ocidental e brasileira em relação às vítimas ucranianas da presente guerra.
Praticamente todos os dias surgem denúncias estridentes, até agora não efetivamente comprovadas por investigações independentes, de atos de “genocídio” e de hediondos “crimes de guerra” supostamente cometidos pelas forças russas.
A cada manifestação grandiloquente de Zelenski, ex-palhaço e atual arlequim geopolítico, todos se derretem em irrestrita e acrítica solidariedade, ao mesmo tempo em que exigem, aos berros, novas sanções e ações contra os “demônios russos”. Só faltam pedir uma jihad nuclear contra Putin e o “cancelamento” de Dostoievsky e Tolstoi.
sexta-feira, 15 de abril de 2022
Duas novidades dos trabalhadores
Foto do site Agência Sindical |
A primeira novidade, auspiciosa, nos vem dos Estados Unidos com a vitória dos trabalhadores da Amazon ao criarem, pela primeira vez na empresa, seu sindicato local em Nova Iorque.
Naquele país, em algumas situações, o sindicato na empresa somente pode ser criado depois que uma votação dos trabalhadores o aprovar por maioria.
Estas eleições são muito disputadas e as empresas exercem a maior pressão para derrotar a vontade de sindicalização dos trabalhadores.
Na Nissan, em Carton, no Mississipi, por exemplo, alguns anos atrás, quando a campanha do sindicato dos metalúrgicos contou até com a presença solidária de companheiros brasileiros a empresa “doou” um automóvel aos trabalhadores para votarem com ela e contra o sindicato e venceu.
quinta-feira, 14 de abril de 2022
quarta-feira, 13 de abril de 2022
As instituições... cadê elas?
Charge: Miguel Paiva |
Supõe-se que a democracia brasileira está amparada por instituições e pelos três poderes, o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Supõe-se. Mas o que estamos vendo na prática é a falência do poder Legislativo e de várias instituições.
Senão, vejamos: o que Jair Messias e o bando estacionado à sua volta estão fazendo com o país supera qualquer antecedente.
Já não se trata apenas de nos afogar nessa maré de corrupção deslavada que supera, e muito, as práticas da família presidencial. E ninguém faz nada para tentar impedir as duas únicas práticas do pior governo da história da República – destroçar tudo, absolutamente tudo que foi erguido ao longo de décadas, e roubar com apetite leonino.
Janot e Deltan devem R$ 2 milhões ao MP
Charge: Duke |
Lauro Jardim anuncia em O Globo que o ex-procurador Geral da República, Rodrigo Janot, e o chefe da Força Tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, foram condenados pelo Tribunal de Contas da União, a devolverem cerca de R$ 2 milhões em diárias e passagens pagas indevidamente a integrantes da operação.
A coisa funcionava assim: em lugar de estares lotados no Paraná, diversos procuradores, durante cinco anos, supostamente “viajavam” e “hospedavam-se” no Paraná, embora tivessem moradia – na maior parte do tempo também paga com o “auxílio-moradia” dado a procuradores, e recebiam em separado por isso, livres de Imposto de Renda.
Viagra e o projeto de poder dos militares
Charge: Frank |
O Viagra, medicamento usado para tratar disfunção erétil e melhorar o desempenho sexual masculino, foi adquirido pelo Exército Brasileiro em grande quantidade e, ainda por cima, com superfaturamento de 143%, segundo denunciaram os deputados do PSB Elias Vaz/GO e Marcelo Freixo/RJ.
O ministério da Defesa, sempre muito inventivo na arte de tergiversar e mentir, alega que a compra se destina ao tratamento de militares com hipertensão arterial pulmonar. A falsa alegação é contra-arrestada pelo esclarecimento científico da coordenadora da Comissão de Circulação Pulmonar da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Veronica Amado.
A especialista afirma que para hipertensão pulmonar se prescreve o Viagra somente na dosagem de 20 mg. Mas o Exército adquiriu 35 mil comprimidos com dosagens de 25 mg e 50 mg, cujo emprego é exclusivo para aumentar/melhorar a ereção do pênis.
O que fazer com o general Braga Netto
Charge: Nando Motta |
A curiosidade geral, dentro e fora do governo, mobiliza atenções em direção a uma hipótese que hoje se apresenta como improvável.
Bolsonaro poderia se livrar do general Braga Netto, por causa dos escândalos das compras de mercadorias da área sexual para as Forças Armadas?
Será que pode se livrar? Não no sentido de dispensar o general como membro do governo, o que de fato é quase impossível, mas como seu vice-presidente praticamente já escolhido.
Braga Netto pode cair antes de ser formalmente anunciado como futuro substituto de Hamilton Mourão e ser dispensado da parceria na eleição, para que a imagem das Forças Armadas seja preservada?
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