domingo, 24 de abril de 2022

Vergonha devia estragar Páscoa dos generais

Charge: Kleber
Por Ayrton Centeno, no jornal Brasil de Fato:


Nesta semana, quando o apreço pela ideia de civilização ainda se recuperava da declaração cretina do vice-presidente Hamilton Mourão, debochando da descoberta de 10 mil horas de sessões do Superior Tribunal Militar (STM) onde os próprios ministros reconhecem a prática da tortura durante a ditadura militar, inclusive em mulheres grávidas, outro personagem medalhado, o presidente atual do STM, resolveu pontificar.

“Não estragou a Páscoa de ninguém”, foi o pitaco do general Luis Carlos Gomes Mattos sobre a tortura. O que faz pensar que, naquele tempo de escuridão, decepar seios de mulheres, enfiar-lhes baratas na vagina ou violá-las com cassetetes não deve ter estragado nenhuma das 21 páscoas dos generais e muito menos a dos torturadores, diversos deles premiados com a inacreditável Medalha do Pacificador.

Partidos reagem contra perdão de Bolsonaro

Charge: Aziz
Por Cezar Xavier, no site Vermelho:


O perdão concedido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) ao deputado Daniel Silveira nesta quinta-feira (21), um dia após este ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques contra a democracia e a integrantes da corte, gerou repúdio e reação prática de lideranças políticas, no sentido de sustar os efeitos do decreto. A cada hora somam-se novas ações contra a medida, considerada um dos piores ataques de Bolsonaro à democracia.

Diversos partidos já protocolaram ações e outras medidas para derrubar o decreto. Até o momento, o presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) defende, em nota divulgada, que a concessão da graça é uma prerrogativa do presidente, portanto teria sido constitucional. As lideranças parlamentares, no entanto, questionam a constitucionalidade do decreto.

Tenha modos, general!

Charge: Samuca
Por Fernando Brito, em seu blog:


O presidente do Clube Militar, general da reserva Eduardo Barbosa, autor da vergonhosa nota na qual diz que há “ministros [no STF] cujas togas não serviriam nem para ser usadas como pano de chão, pelo cheiro de podre que exalam” fez-me lembrar de meus avós.

Lá, naquele simples IAPI de Realengo, onde havia uma Escola Militar e, portanto, não era raro conhecer muita gente que, garbosamente, envergava túnicas do Exército, ouvi muitas vezes minha avó, quando o neto falava algo grosseiro, dizer: “tenha modos, Fernando”.

Ela, costureira, tinha apenas o “5° ano primário”. Meu avô, só com o 1°, e mais econômico no falar, quando eu “engrossava” nada dizia, apenas imitava o relincho de um cavalo, para mostrar-me com o que o menino parecia.

Como a mídia caiu no conto de Sergio Moro?

Charge: Thyagão
Por Eliara Santana, no site Viomundo


As redes sociais estavam em polvorosa nesta semana com o vocabulário e a miserável noção histórica e geográfica do ex-juiz e ex-ministro do governo de Jair, o incomível, Sergio Fernando Moro.

Ele justificou a mudança do domicílio eleitoral de Maringá para São Paulo dizendo que “Maringá é colonização paulista”.

Ele também falou, na mesma justificativa, que “São Paulo REBERVERA no país”

Antes, Moro já havia dito e escrito “conje” no lugar de cônjuge.

Falar errado, trocar letras, comer letras, nada disso me causa incômodo.

Na verdade, causa-me estranheza pelo fato de o cidadão em questão ser um juiz, que passou por um concurso bem concorrido. Mas nada disso chega a ser de fato espantoso.

O império contra-ataca

Charge: Zé Dassilva
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Após um período na defensiva, a armada bolsonarista contra-ataca. Bolsonaro retomou a iniciativa política e ataca em todas as frentes.

Retomou o controle mais rígido e amplo do Congresso graças à uma farta distribuição de benesses propiciadas, entre outros instrumentos, pelo “orçamento secreto”.

Desde o início do ano, avança paulatinamente nas pesquisas eleitorais, graças também a iniciativas como o Auxílio Brasil, empréstimos facilitados, distribuição do FGTS, antecipação do 13º salário, aumento, ainda que muito modesto dos salários do funcionalismo público, distribuição de dinheiro para governadores e prefeitos aliados etc.

O alívio na pandemia, propiciado pela CPI do Senado e pela reação de governadores e da sociedade, contribui, da mesma forma, para um clima mais propício ao governo.

A história da ditadura precisa ser contada

Soldado do Exército relata como torturavam

sábado, 23 de abril de 2022

Bolsonaro desvia o foco das desgraceiras

Indulto de Bolsonaro aumenta tensão com STF

Bolsonaro livra Daniel Silveira

História dos Krenak, vítimas da ditadura

O bolsonarismo quer apagar a história

Os poetas da Inconfidência Mineira

As telecomunicações nos desafios brasileiros

Fascista move mais uma engrenagem do golpe

O indulto e a batalha final pela democracia

Queiroga toma medida eleitoreira na pandemia

Operação-abafa contra a CPI do MEC

Guerra na Ucrânia: levantar a bandeira da paz

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Bolsonaro desvia o foco das desgraceiras

Charge do Facebook: Insosso Golpe
Por Altamiro Borges

Utilizando uma técnica aplicada pelos neofascistas no mundo, Jair Bolsonaro faz de tudo para desviar o foco e evitar o debate dos grandes temas nacionais. Na sua tática diversionista, ele provoca e destila ódio. Nos últimos dias, o “capetão” indultou um criminoso condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), voltou a atacar as instituições democráticas e o sistema eleitoral e fez insinuações golpistas sobre as Forças Armadas – que “não dão recado e sabem como proceder”. Ele também disparou acusações levianas contra Lula, falou sobre a “ameaça comunista” e abordou a pauta conservadora de costumes. Enquanto isso, as injustiças e contradições se acumulam no Brasil das trevas bolsonarianas.