domingo, 18 de setembro de 2022

Lula e a intervenção de militares na política

Curitiba, 17/9/22. Foto: Ricardo Stuckert
Por Paulo Moreira Leite. no site Brasil-247:

Vale a pena recuperar as palavras de Lula no comício de Curitiba, sábado. Ele falou com clareza e sem nenhuma ambiguidade sobre um ponto fundamental da política brasileira - a pretensão de setores das Forças Armadas em tutelar a democracia brasileira, atitude que explica o esforço de interferir até na apuração dos votos da eleição presidencial.

- Não queremos as Forças Armadas se metendo nas eleições do nosso país, nem querendo controlar urna, disse Lula.

- Nós já lidamos com as Forças Armadas e as tratamos com muito respeito. E é preciso que alguns lá tratem a sociedade civil com respeito, porque nós sabemos de nós e não precisamos ser tutelados.

A referência de Lula aos governos do PT é instrutiva. Produto de uma das grandes lutas de massa do século XX - a campanha pelas diretas-já - a democratização do país após 20 anos de ditadura militar permitiu que o povo brasileiro recuperasse o direito de escolher o presidente da República em urna, com base numa Constituição que assegurou o mais amplo grau de liberdades públicas de nossa história, inclusive para a formação de partidos de trabalhadores e a construção de centrais sindicais, organizações vetadas pela legislações anteriores.

Duas semanas contra a barbárie

Charge: Jorge o Mau
Por Fernando Brito, em seu blog:


Há pouco a comentar sobre qualidades, defeitos ou planos dos candidatos, numa eleição onde 80% dos votos estão consolidados.

Não é com isso que se definirá a única coisa que há por ser definida: se haverá ou não um segundo turno eleitoral.

Isso depende, agora, apenas da convicção de vitória que os dois principais candidatos vão conseguir dar às suas candidaturas.

A de Bolsonaro, podem reparar, assume no próprio candidato o discurso da “vitória em primeiro turno”, sem qualquer base nos fatos.

Corresponde, apenas, às desesperadas necessidades de manter aguerrido o núcleo de sua campanha.

A de Lula, ao contrário, de sinais inequívocos de força nos bem sucedidos comícios nas capitais da Região Sul, a que seria, segundo as pesquisas, a mais avessa à candidatura da oposição.

Isso precisa ser multiplicado nas capitais e nas regiões metropolitanas, para abafar a ofensiva bolsonarista que, sem nenhuma dúvida, virá nos dias finais.

Agro pagará caro pelo apoio a Bolsonaro

Charge: Ribs
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:

A recente e rigorosa decisão do Parlamento Europeu de proibir importações de produtos provenientes de áreas desmatadas ou degradadas é, em boa parte, fruto da desastrada política antiambiental do governo Bolsonaro.

Com efeito, mesmo antes de chegar ao poder, Bolsonaro deixou muito claro que se opunha à proteção ambiental e ao respeito aos direitos de nossos povos originários. Fez campanha defendendo os interesses mais retrógrados do agronegócio e recebeu forte apoio do setor.

Chegando ao Planalto, Bolsonaro e seu famigerado ministro antiambientalista, Ricardo Salles, “abriram a porteira para a boiada passar”, metafórica e literalmente.

Com efeito, em poucos meses, o governo Bolsonaro:

O combate ao assédio eleitoral dos patrões

Charge: Gomez
Do site da CTB:

Dirigentes das centrais sindicais vão desenvolver uma ação conjunta com o Ministério Público do Trabalho (MPT) para ampliar o combate a práticas ilegais dos patrões contra os trabalhadores nos locais de trabalho, como assédio eleitoral. Outro objetivo comum é intensificar o enfrentamento ao trabalho infantil e ao análogo ao escravo.

Segundo informações do presidente nacional da CTB, Adilson Araújo, esse compromisso é resultado da reunião realizada quinta-feira (15), entre as centrais sindicais e o procurador-geral do Ministério Público do Trabalho (MPT), José de Lima Ramos Pereira. Além de Araújo, participaram os presidentes da CUT, Sergio Nobre, da Força Sindical, Miguel Torres e da UGT, Ricardo Patah. O encontro foi em Brasília.

Cirista raiz, Tico Santa Cruz vota em Lula

https://twitter.com/Ticostacruz
Por Henrique Rodrigues, na revista Fórum:

O músico Tico Santa Cruz, vocalista da banda Detonautas Roque Clube, cirista raiz e um dos mais emblemáticos e conhecidos eleitores fiéis do candidato do PDT à Presidência da República, anunciou no Twitter seu apoio já no primeiro turno ao ex-presidente Lula (PT), dando início no meio artístico à campanha pelo voto útil contra Jair Bolsonaro (PL).

“Sou Ciro, mas vou de Lula no 1o turno. E mantenho meu respeito máximo a Ciro Gomes e terá em mim um aliado para o PND até que a gente consiga chegar na presidência na próxima oportunidade...

Trabalharemos mais 4 anos SIM. Ciro Gomes 2026 é logo ali e vamos nos esforçar pra que ele tenha sua chance. Agora precisamos dar fim a esse regime de ódio e sofrimento. Resolver no 1o turno. O Voto útil no Lula é o caminho pra encerrar esse ciclo de tragédias... 

Brasil perde 800 bibliotecas em cinco anos

Charge: Laerte
Da Rede Brasil Atual:


O Brasil perdeu quase 800 bibliotecas públicas entre 2015 e 2020, segundo o Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP). Mas de acordo com especialistas do setor o número pode ser ainda maior. A falta de informação está relacionada com a extinção do Ministério da Cultura (MinC), pelo presidente Jair Bolsonaro, e o descontrole do Estado.

A professora Cibele Araújo, do curso de Biblioteconomia da Escola de Comunicação e Artes (ECA) da USP, afirma que os dados reforçam as denúncias de descaso dos últimos governos com a cultura e a educação. “As bibliotecas públicas em muitos municípios são um elo fundamental da cultura, para a formação do indivíduo, para o desenvolvimento da sua cidadania”, afirma.

Bolsonaristas fazem alusão à Ku Klux Klan

Charge: Kayser
Por André Cintra, no site Vermelho:


Apoiadores da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) à reeleição fazem propaganda com teor racista em Blumenau (SC). Um outdoor fixado nesta sexta-feira (16), na Rua João Pessoa, faz alusão à organização terrorista Ku Klux Klan, que defende a superioridade da raça branca.

Na imagem, o trocadilho “Sou da cuscuz clan” aparece ao lado da representação de duas espigas de milho com as máscaras da Klan. O material evoca também um dos slogans mais usados pelas hordas bolsonaristas: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos!”.

Vamos recuperar a economia brasileira

sábado, 17 de setembro de 2022

A greve nacional pelo piso da enfermagem

Diversidades culturais no Brasil atual

Ex de Bolsonaro deu em cima de Carluxo?

Vale tudo para reeleger Bolsonaro

A Ucrânia está ganhando a guerra?

A inserção do Brasil no mundo

Polarização e o voto evangélico

Atual governo declarou guerra à cultura

Datafolha, voto útil e o que vem por aí...

"Hino" ao Inominável

sexta-feira, 16 de setembro de 2022

Os 45% de Lula viraram uma fortaleza

Charge: Pxeira
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Mais uma pesquisa, a do Datafolha, revela estabilidade na disputa pela presidência da República. Lula 45%, Bolsonaro 33%, Ciro 8% e Simone Tebet 5%. Faltando pouco mais de duas semanas para a eleição, chama atenção a fidelidade do eleitorado de Lula.

Ah, mas Bolsonaro também se situa em um patamar praticamente fixo faz tempo, dirão muitos, e com razão. Só que a firmeza com que Lula se mantém na dianteira, sem oscilações, é o elemento decisivo dessa eleição.

Os 45% (um pouco mais ou um pouco menos) obtidos nos levantamentos representam em torno de 48% dos votos válidos, ou seja, às portas de vencer no primeiro turno.

A adesão na reta final, que é quando este tipo de movimento costuma encorpar, de uma parte do eleitorado de Ciro e da banda mais antibolsonarista dos que pretendem votar em Tebet, bastaria para resolver a parada já em 2 de outubro.

Bolsonaro à beira do precipício

Charge: Bacellar
Por Fernando Brito, em seu blog:

A pesquisa Datafolha, divulgada agora à noite, é menos importante pelo fato de ter se ampliado em um ponto a vantagem de Lula sobre Jair Bolsonaro do que pelo que ela coloca como o clima da reta final da campanha: o ex-presidente chega à reta final impávido em seu índice de intenção de votos e o atual, de língua de fora, sem conseguir avançar para um patamar competitivo: está 12 pontos à frente (45% a 33%) e, principalmente, assiste à incapacidade de reação do candidato da direita.