quarta-feira, 16 de novembro de 2022

Ação contra golpistas é exemplo para o país

Charge: Toni
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Neste Brasil onde o retrocesso político é uma ameaça permanente ao longo da história, uma decisão corajosa da juíza federal Jaiza Maria Pinto Fraxe, da Primeira Vara Cível da Seção Judiciária do Amazonas, determina uma providência há vários dias aguardada em grande parte das capitais do país.

A juíza determinou que o Estado e a cidade de Manaus tomem providências para dispersar a ocupação feita por aliados de Jair Bolsonaro na área localizada em frente ao Comando Militar da Amazonia.

Assiste-se, ali, a uma demonstração inaceitável de vontade golpista, agressão às instituições e desrespeito a vontade popular manifestada com clareza - em dois turnos - na eleição presidencial de outubro.

É imprescindível renovar as Forças Armadas

Charge: Miguel Paiva
Por Jeferson Miola, em seu blog:

Se até o dia 11 de novembro de 2022 o mais ingênuo dos mortais ainda tivesse alguma dúvida acerca dos propósitos conspirativos e antidemocráticos das cúpulas partidarizadas das Forças Armadas, tal dúvida se dissiparia por completo depois da nota oficial publicada naquele dia pelos comandantes do Exército, da Aeronáutica e da Marinha [aqui].

Uma nota absolutamente descabida e impertinente. Nela, os três comandantes autoproclamam o poder moderador das Forças Armadas e se permitem interferir no funcionamento das instituições e dos poderes da República.

Eles também criticam decisões do judiciário e interpretam a Constituição e as Leis de modo enviesado, para assim justificarem os atos criminosos das hordas fascistas que vagueiam não só pelo Brasil, mas também em New York e mundo afora, clamando por uma ditadura militar.

O Grupo do Trabalho na transição

Por João Guilherme Vargas Netto


Não sei se serei lido por integrantes do grupo de transição, mas tenho defendido com dirigentes sindicais algumas ideias que julgo corretas.

Em primeiro lugar a tarefa definida para o grupo de transição é a de conhecer o que anda sendo feito pelo governo, o estado da arte da administração pública e dos poderes, indicando aquelas medidas que devem ser mantidas, as que devem ser alteradas e os rumos das alterações. O grupo de transição não é governo, mas indicará rumos futuros que servirão de baliza para as iniciativas a serem tomadas.

Em particular o grupo do Trabalho deve se preocupar com a situação do próprio ministério que foi extinto e recriado e precisa de um pente fino, além de recomendar medidas efetivas para esta área estratégica.

Bolsonaro segue depressivo, em quadro grave

Estão metendo a mão na Petrobras

COP27 e G20: Diálogo ou confronto mundial?

Os desafios econômicos no governo Lula

As chantagens do 'mercado' contra Lula

O Brasil e o mundo na COP-27

Lula faz discurso histórico na COP-27

terça-feira, 15 de novembro de 2022

Computadores do Planalto foram formatados

Os desafios econômicos do teto de gastos

Lula deve promover “revogaço” ambiental

A serpente impune põe ovos em nossos pés!

Charge: Laerte
Por Moisés Mendes, em seu blog:

O ovo da serpente inspirou mais uma analogia forçada na Lide Brazil Conference. O ministro Dias Toffoli disse em palestra em Nova York, na segunda-feira, que o inquérito das fake news esmagou a cabeça da serpente.

E a serpente sem cabeça, disse ele, não produziu o ovo. Esse teria sido o grande mérito das investigações iniciadas em março de 2019 no STF por ordem do ministro.

Como a engrenagem golpista dependia de financiadores, a investigação comandada por Alexandre de Moraes teria colocado a correr os empresários com dinheiro.

O próprio Moraes reafirmou na mesma conferência a tese de Toffoli sobre a ação preventiva do inquérito, que teria sido “decisivo para garantir a estabilidade democrática”.

Moraes disse ainda que o trabalho do STF com a Polícia Federal ofereceu ao TSE expertise para as medidas adotadas em relação às ameaças à eleição.

E citou especificamente os atos golpistas de 7 de setembro, abalados pelo corte de recursos de doadores, mas sem se referir à ação da PF que pedalou as portas de oito tios milionários do zap no final de agosto.

Várias posses antes da posse de Lula

Charge: Aroeira
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Lula venceu a eleição há apenas 11 dias, mas o meio político, a imprensa e a sociedade já têm a impressão de que um jogador de várzea (com todo o respeito aos simpáticos peladeiros) foi substituído por um craque de primeira linha.

Enquanto Bolsonaro faz pirraça e se tranca no Palácio Alvorada, Lula cria fatos políticos em série. É como se tomasse uma posse a cada dia antes da posse oficial em 1º de janeiro.

Abre parênteses: sabemos todos que Bolsonaro nunca foi chegado ao batente. Seu expediente como presidente da República era de, no máximo, quatro horas. Mas é permitido a um chefe de Estado e de governo abandonar de vez suas funções e continuar recebendo seu salário e desfrutando de todas as mordomias do cargo? Isso não seria crime de prevaricação? Com a palavra, o Ministério Público. Fecha parênteses.

A agenda dos trabalhadores e a transição

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


Em 7 de abril deste ano, o Fórum das Centrais Sindicais realizou uma nova Conferência Nacional – a Conclat – e aprovou uma pauta da classe trabalhadora apoiada em quatro pilares: defesa do emprego, dos direitos, da democracia e da vida.

Uma semana depois, no dia 14 de abril, a pauta foi entregue ao então candidato à Presidência da República, Lula, e seu companheiro de chapa Geraldo Alckmin. Na oportunidade, os dois demonstraram simpatia com as propostas apresentadas.

Com a vitória da ampla coalizão de forças que se aglutinou em torno da coligação liderada pelo presidente Lula, entramos, agora, em nova etapa. Foi constituído, inicialmente, o Gabinete de Transição Governamental, coordenado por Geraldo Alckmin.

O papel da esquerda na frente ampla

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jair de Souza


O bolsonarismo significou uma catástrofe para o conjunto do povo brasileiro. A situação de precariedade para as maiorias trabalhadoras, que sempre esteve vigente ao longo de nossa história, viu-se tremendamente agravada nesses quatro anos da devastadora gestão bolsonarista.

Os estudos históricos nos ensinam que o nazismo é o patamar mais baixo de degradação que a humanidade atingiu ao longo do tempo. E, para que não permaneça nenhuma dúvida a respeito, o bolsonarismo é a forma que o nazismo adquiriu ao se expandir em nosso país na atualidade. Em consequência, para enfrentar um monstro de tanta malignidade, seria preciso forjar um amplo leque de alianças que ultrapassasse em muito os limites da esquerda, ou seja, o campo popular. Portanto, a frente ampla que deu sustentação a Lula abrange setores sociais que vão das massas mais empobrecidas a expoentes do grande capital financeiro.

Ministério de Lula, só perto do Natal

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:

Arranjem unhas para roer os que estão ansiosos pela designação dos ministros do Governo Lula.

Porque os cargos mais importantes só serão preenchidos lá pela metade de dezembro, muito provavelmente.

De aperitivo, talvez só mesmo o Meio Ambiente , aproveitando a COP 27 e – dependendo da conexão que se pretenda deste com o agronegócio – talvez o da Agricultura, logo a seguir.

Assim mesmo porque nesta área – e se eventualmente for criada, também a uma Autoridade Climática Nacional – há a possibilidade imediata de alinhavar os acordos bi ou multilaterais, que têm terreno fértil para brotar no propício terreno das preocupações internacionais neste setor.

O restante terá de esperar e o clima de Copa do Mundo e a negociação da PEC no Congresso desaconselham que os interlocutores que já trabalham nela sejam postos à margem pela definição antecipada de outros atores para a área da Economia.

A maluquice já não tem fronteiras

Charge: Jefferson Portela
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:


As cenas são de tal maneira grotescas e ridículas que não chegam sequer a ser preocupantes.

Em Nova York, seguidores de Jair Messias rodeiam e ofendem ministros do Supremo Tribunal Federal.

Comedido, Luis Roberto Barroso se dirige a uma histeriqueta e diz que ela estava sendo “grosseira”. Ora, grosseria é pouco: ela estava sendo o que é, demiolada e abjeta.

Mais decidido, Alexandre de Moraes encarou um bolsonarista dentro de um restaurante, e o fulano – seguindo à risca a covardia de seu ídolo – se esfumou.

Acontece que se as cenas de Nova York não são preocupantes, as daqui sim, são, e muito.

Lula e os nostálgicos de 1964

Charge: Jota Camelo
Por Cristina Serra, em seu blog:


Mais difícil para Lula do que a escolha do próximo ministro da Fazenda talvez seja a definição do titular da Defesa que irá substituir o bolsonaríssimo Paulo Sérgio de Oliveira.

Expert no jogo previsível do “morde e assopra”, bem ao gosto do chefe, o general carrancudo disse, primeiro, que não houve fraude na eleição. Um dia depois, se desdisse, caprichando na dubiedade que alimenta grupos fanatizados e catatônicos com doses calculadas de teorias conspiratórias.

É a mesma ambiguidade proposital da nota emitida pelos três comandantes militares sobre os protestos golpistas na porta dos quartéis. A nota reivindica para as Forças Armadas o inexistente papel de “moderadoras”. Os comandantes dizem ainda que as fileiras estão “vigilantes” e “atentas”.