domingo, 23 de julho de 2023
Lula e o poder dos derrotados
Foto: Ricardo Stuckert |
Toda a História – a história do homem dominando a natureza – é a história da violência, segundo a narrativa dos vencedores. No Brasil, a história da força ocupante, comandada pela aliança da cruz com o bacamarte a serviço da escravidão e da acumulação do senhor de engenho de não seria diferente, nem distintas suas consequências. De princípio, projeto de pura exploração extrativista, alimentada pela escravidão de negros africanos e o genocídio dos povos originários, o domínio colonial impede a emergência de uma nação, como registra Auguste Saint-Hilaire, viajante francês que aqui esteve entre 1816 e 1822: “[...] A situação funcional dessa população pode ser resumida em uma palavra: o Brasil não tem povo”. O povo, dirá Capistrano de Abreu, escrevendo cerca de cem anos passados, “foi capado e recapado, sangrado e ressangrado”. Sua obra é do início do século passado, e seria relida por Darcy Ribeiro: “Não há, nunca houve, aqui, um povo livre, regendo seu destino na busca da própria prosperidade. [...] Nós, brasileiros, somos um povo sem ser, impedido de sê-lo”.
O ritmo certo para chegar aos manezões
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados |
O ministro Flavio Dino pede que não tenham pressa nas investigações do caso da agressão ao ministro Alexandre de Moraes em Roma. Que tenham calma, porque provas decisivas dependem de vídeos que virão da Itália.
E o acesso a essas provas só será possível depois dos trâmites previstos em acordos internacionais.
Dino espera que Polícia Federal, Ministério Público e outros organismos envolvidos nas negociações com os italianos não façam o que o lavajatismo fez em Curitiba, quando Moro e Dallagnol encaminhavam negociações diretas e secretas com os americanos.
Dino age com sensatez. As agressões de Roma vão se transformar, com qualquer desfecho, no caso emblemático do enfrentamento ao fascismo.
E o acesso a essas provas só será possível depois dos trâmites previstos em acordos internacionais.
Dino espera que Polícia Federal, Ministério Público e outros organismos envolvidos nas negociações com os italianos não façam o que o lavajatismo fez em Curitiba, quando Moro e Dallagnol encaminhavam negociações diretas e secretas com os americanos.
Dino age com sensatez. As agressões de Roma vão se transformar, com qualquer desfecho, no caso emblemático do enfrentamento ao fascismo.
Ativistas digitais se reúnem em Pernambuco
A Associação dos Blogueir@s de Pernambuco (AblogPE), com o apoio do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, realizam no dia 05 de agosto o Encontro Estadual de Blogueir@s e Ativistas Digitais pernambucanos.
O evento acontece das 8h às 17h, no Plenarinho da Câmara de Vereadores do Recife, com o propósito de debater formas de fortalecimento da mídia alternativa em Pernambuco e no Brasil, além de propostas para a democratização da comunicação e a regulação democrática da mídia e das plataformas digitais.
Após um longo período sem se reunir, os produtores de conteúdo digital no Estado, procuram, com essa iniciativa reunir um time que tem muito a compartilhar sobre experiências com mídia independente, comunicação alternativa e a batalha das ideias nas redes.
O encantamento com Haddad
Foto do Facebook de Fernando Haddad |
O terceiro mandato do Presidente Lula continua a oferecer todo tipo de surpresas para a maioria dos analistas da cena política. A começar por sua impressionante capacidade de ter superado as marcas de todas das injustiças cometidas nos processos levados a cabo pela quadrilha de Curitiba, que culminaram com sua prisão irregular e ilegal. Depois de ter passado 580 dias encarcerado, Lula terminou por provar as ilegalidades cometidas por Moro, Dallagnol e os demais integrantes da Operação Lava Jato e se apresentou à disposição de uma frente ampla para derrotar Bolsonaro nas eleições de outubro passado.
O acordo Mercosul-UE e a indústria
Foto: Stellantis Brasil (divulgação) |
Nossas autoridades parecem ter definido que o principal entrave, do ponto de vista do Brasil, para que o Acordo Mercosul-UE seja fechado, tange às compras governamentais.
De fato, trata-se de um mecanismo muito importante para o estímulo à produção nacional, regional e local. Conforme as avaliações do IPEA, as compras governamentais seriam responsáveis por aproximadamente 12% do PIB brasileiro.
Trata-se de um mercado hoje protegido para empresas brasileiras, as quais, dessa forma, podem ser estimuladas e dinamizadas pela demanda do Estado.
quinta-feira, 20 de julho de 2023
quarta-feira, 19 de julho de 2023
terça-feira, 18 de julho de 2023
PGR pede dados de Bolsonaro no esgoto digital
Charge: Jika |
O inelegível Jair Bolsonaro possivelmente não esperava por essa facada. Agora é a Procuradoria-Geral da República (PGR), chefiada pelo sempre tão dócil e servil Augusto Aras, que está exigindo das plataformas digitais os dados sobre suas fakes news contra a democracia brasileira. O pedido é assinado pelo subprocurador-geral Carlos Frederico Santos e é uma dura porrada no fascista.
Segundo notinha do site UOL, “a PGR apresentou ao STF pedido de informação às redes sociais sobre publicações de Bolsonaro contra as urnas eletrônicas e o processo eleitoral. Ela solicita que sejam enviadas ‘a integralidade das postagens referentes a eleições, urnas eletrônicas, TSE, STF, Forças Armadas’ pelo ex-presidente, bem como fotos e vídeos relacionado a esses temas”.
Haddad e os perigos de quem fica muito forte
Foto: Diogo Zacarias |
Foi ele mesmo quem disse com franqueza, em entrevista à Globonews, estar se sentindo “menos na frigideira”. Fernando Haddad parece ter vencido o fogo amigo e inimigo, a descrença do mercado e de parte do PIB, e chega ao fim do primeiro semestre como o ministro mais forte do governo. Além da condução bem-sucedida da pasta e da colheita de bons números na economia - mais um "sortudo" no governo, dirão os mal-humorados -, o titular da Fazenda credenciou-se como interlocutor confiável junto ao establishment e articulador político preferido do Congresso. O resultado inevitável dessa conjuntura é o fortalecimento de seu nome para a sucessão de Lula, caso o presidente desista de se candidatar à reeleição.
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