domingo, 17 de setembro de 2023

A hora da turba empresarial do fascismo

Charge: Thiago
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Aécio Lúcio Costa Pereira é, no contexto da invasão de Brasília no 8 de janeiro, o que já chamaram de vândalo, terrorista, mané, patriota, extremista. Ao final do julgamento que iniciou nessa quarta-feira no Supremo, ele será tratado como criminoso formalmente condenado.

Não há milagre que o livre da condenação e talvez nada o impeça de virar presidiário em regime fechado, depois dos votos dos 11 ministros.

Mas o invasor será um Pereira qualquer, apenas um figurante, como todos os outros 1.344 réus que o ministro Alexandre de Moraes definiu no seu voto como integrantes de uma turba golpista.

Moraes, o primeiro a votar, como relator dos processos, condenou Pereira a 17 anos de cadeia, sendo 15 anos e seis meses em regime fechado. Sem surpresa nenhuma.

Impunidade dos EUA e padrões duplos do TPI

Foto: Rick Bajornas
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


No dia 3 de fevereiro de 1998, um jato EA-6B Prowler, do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, decolou da Base Aérea de Aviano, situada no nordeste da Itália.

Era para ser um voo de rotina, mas o capitão Richard Ashby e seu navegador Capitão Joseph Schweitzer resolveram voar muito mais baixo que o recomendado, apenas 110 metros do solo, descumprindo intencionalmente regras básicas de segurança.

Percorrendo um vale nas Dolomitas italianas, o jato acabou por se chocar com os cabos de um teleférico que levava turistas para uma montanha.

Resultado: os cabos foram cortados e 20 pessoas morreram na queda. O jato, contudo, voltou em segurança para a base dos EUA.

O desafio da mobilização popular

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Ninguém de bom senso jamais cultivou dúvida quanto às dificuldades que aguardavam o terceiro mandato de Lula (Cândido ficou preso nas páginas de Voltaire). Elas foram anunciadas e levadas a cabo, uma a uma, já a partir do governo Dilma Rousseff, com a decisiva participação do STF e, nele, do inefável Gilmar Mendes, um e outro peças fundamentais na engrenagem do impeachment e no mostrengo em que se converteu a chamada Lava Jato, súcia de juízes e procuradores do MP cujos crimes, hoje de domínio público, aos poucos se vão comprovando.

Os heróis do general-conspirador Villas Bôas

Charge: Daniel Miguel
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Na solenidade de despedida do cargo de comandante do Exército em 11 de janeiro de 2019, o general-conspirador Villas Bôas disse que “2018 foi um ano rico em acontecimentos desafiadores para as instituições e até mesmo para a identidade nacional”.

Referindo-se a Bolsonaro, Sérgio Moro e o general Braga Netto, Villas Bôas afirmou que em 2018 “três personalidades destacaram-se para que o ‘rio da história’ voltasse ao seu curso normal”. “O Brasil muito lhes deve”, declamou.

Para Villas Bôas, Bolsonaro “fez com que se liberassem novas energias, um forte entusiasmo e um sentimento patriótico há muito tempo adormecido”; ao passo que Sérgio Moro foi um “protagonista da cruzada contra a corrupção”, e o general Braga Netto “conduziu a intervenção federal no Rio de Janeiro de forma exitosa”.

Normalização e luta permanente

Charge: Laerte/Centro de Memória Sindical
Por João Guilherme Vargas Netto


Na guerra, na política e na ação sindical a falta de acontecimentos extraordinários que mereçam uma repercussão estrondosa não significa que não esteja sempre acontecendo algo.

A isto chamamos normalização, ou seja, o fluxo de acontecimentos corriqueiros e naturais indicam a normalidade nos fatos e a necessidade permanente de agir conforme as exigências que eles impõem, sem espetacularidade.

Na ação sindical a própria campanha salarial é um fato corriqueiro e natural, embora em alguma ocasião possa se transformar em um acontecimento extraordinário. O mesmo raciocínio aplica-se às mais diversas ações porventura empreendidas pelo movimento sindical: campanha de sindicalização, campanha de reconhecimento e cobrança das PLRs, campanha de comunicação com os associados, campanha de fortalecimento das CIPAs e contra as mortes, acidentes e doenças do trabalho, campanha de requalificação dos dirigentes, congressos, encontros ou seminários e as próprias eleições estatutárias e periódicas.

quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Mauro Cid inclui novos criminosos na delação

Charge: Amarildo
Por Altamiro Borges


A delação premiada de Mauro Cid não assusta apenas o “capetão” Jair Bolsonaro e a ex-primeira-dama Mijoias, que agora choram e apelam a Deus – que não tem qualquer culpa no cartório. Há muita gente fardada e civil com insônias nos últimos dias. Ninguém sabe o que vai sair da boca do tenente-coronel. Seu celular e sua caixa da lixeira já causaram um baita estrago, mas agora o ex-faz-tudo precisará indicar os envolvidos nos crimes da falsificação dos cartões de vacinação, do roubo das joias e, principalmente, dos atos golpistas.

Record promove nova onda de demissões

Por Altamiro Borges


A crise da Record, comandada pelo “bispo” Edir Macedo da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), parece não ter fim. Na semana passada, a emissora deflagrou uma nova onda de demissões, desta vez na redação do Rio de Janeiro. O site de entretenimento F5, da Folha, “apurou que já são 22 funcionários demitidos desde a última quarta-feira (6)”. Jornalistas e profissionais de outros departamentos foram cortados sem dó nem piedade.

A pauta da III Marcha das Mulheres Indígenas

Fake news bizarra de Damares custará caro

A delação do ajudante de Jair

Braga Netto e os altos negócios militares

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Alexandre Garcia será internado ou preso?

Allende, herói do povo latino-americano

Por Bepe Damasco, em seu blog:


“Só me cabe dizer aos trabalhadores: não vou renunciar! Colocado numa encruzilhada histórica, pagarei com a vida a lealdade ao povo. (...) Saibam que, antes do que se pensa, de novo se abrirão as grandes alamedas por onde passará o homem livre, para construir uma sociedade melhor.”

Este trecho do último discurso do presidente Salvador Allende, em plena resistência no Palácio de La Moneda, que estava sendo bombardeado, revela o compromisso inabalável de um mandatário com o povo que o elegeu, com a democracia, com a liberdade e com a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

Lava-Jato é enterrada mais uma vez