quinta-feira, 7 de março de 2024

O silêncio em torno dos ricaços golpistas

Charge: Brum
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Jornalistas lavajistas e militaristas, que bateram continência para os generais de Bolsonaro até pouco antes da aglomeração de Silas Malafaia na Paulista, deixaram as barricadas.

Braga Netto, Augusto Heleno e oficiais subalternos presos ou ainda soltos foram abandonados. Sergio Moro e Deltan Dallagnol já haviam sido largados muito antes. Apenas Merval Pereira ainda oferece proteção e consolo a Moro.

Os generais, o ex-juiz, o ex-procurador e todos os lavajatistas sofreram avarias irreversíveis. São descartáveis por inutilidade. Prestaram serviços relevantes e viraram estorvo.

Mas as estruturas de comando das corporações de mídia e o colunismo de direita e extrema direita não abandonam o núcleo empresarial do golpismo. Esse é o último reduto ainda intacto e sob proteção das organizações.

Quem faz campanha contra vacina é criminoso

Imagem do site Shutterstock
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Código Penal - Infração de medida sanitária preventiva, Artigo 268: "Infringir determinação do poder público destinada a impedir introdução ou propagação de doença contagiosa. Pena: detenção de um mês a um ano e multa. Parágrafo único: a pena é aumentada de um terço, se o agente é funcionário da saúde ou exerce a profissão de médico, dentista ou enfermeiro."

Sem meias palavras, atentar contra as vacinas é crime previsto no Código Penal do país desde 1940.

O estado do Rio de Janeiro, bem como várias unidades da federação, vive uma epidemia de dengue. Só na capital e na Baixada Fluminense, o número de casos é 20 vezes maior do que o esperado para esta época do ano, com nove mortes e 63 óbitos sendo investigados.

O sindicalismo e as mortes no trabalho

Ilustração da internet
Por João Guilherme Vargas Netto

Não chega a ser a carnificina que as forças armadas de Israel estão praticando em Gaza, mas seus números também são aterradores.

Refiro-me às mortes, mutilações, ferimentos, acidentes e adoecimentos no trabalho.

Volta e meia o silêncio sobre este terror é quebrado, quando o karoshi ataca no Japão, quando há uma epidemia de suicídios de telefônicos na França, quando há o soterramento de mineiros no Chile ou quando há mortes em Osasco por desabamento.

O movimento sindical brasileiro tem sido pouco atuante sobre a gravidade do assunto e não o tem enfrentado de modo permanente, persistente e eficiente.

quarta-feira, 6 de março de 2024

Escravos dos aplicativos conquistam direitos

Um péssimo dia para o governo Lula

Cresce a desaprovação do governo Lula

Ameaças contra ativistas dos direitos humanos

Grafite de Banksy
Por Flavio Aguiar, no site da RFI:


Intimidação, ameaças com armas de fogo, telefones grampeados, criminalização de ativistas dos direitos humanos… Não, não estamos falando de acontecimentos em alguma ditadura na América Latina, África ou Ásia. Estamos nos referindo a denúncias de práticas que estão ocorrendo no coração da Europa democrática.

A denúncia consta de relatório recentemente divulgado por Dunja Mijatovic´, desde 2018 Alta Comissária eleita do Conselho Europeu de Direitos Humanos, que faz parte da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa. Apesar do nome, esta organização atua também na América do Norte e na Ásia.

Nascida na Bósnia e professora da Universidade de Sarajevo, especialista em regulação da mídia e liberdade de expressão, Dunja Mijatovic tem um longo currículo de atuação em favor dos direitos humanos em organizações europeias.

O Brasil e o conclave dos querubins

Foto: Ricardo Stuckert/PR
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


A política externa independente do governo Lula parece incomodar os propugnadores da nova Guerra Fria e os warmongers de sempre.

Seus arautos querem impor uma escolha maniqueísta, um falso dilema geopolítico, ao Brasil e aos demais países. Ou se está do lado “bem”, o Ocidente e as “democracias”, ou se está do lado do “mal”, as “autocracias” e os países rivais ou não-alinhados ao bloco ocidental.

Recentemente, a revista The Economist, por exemplo, afirmou que a política externa de Lula “quer tudo”. Segundo ela, o Brasil quer ser amigo do Ocidente e líder do Sul Global. Quer ser líder ambiental e potência petrolífera. Quer ser propugnador da paz e “amparo de autocracias”.

Para a The Economist, ainda presa a paradigmas da década de 50 e 60 do século passado, tudo isso é uma contradição. A política externa brasileira tem de ceder ao dilema geopolítico imposto pelo “Ocidente”, visto como uma espécie de conclave de desinteressados querubins. Tem de se alinhar com o lado do “bem”. Não pode permanecer em pecado.

Novos e velhos desafios dos sindicatos

Foto do site APLB Sindicato
Por Pedro Carrano, no jornal Brasil de Fato:

A apresentação por parte do governo Lula de proposta de regulação do trabalho dos motoristas de aplicativo ontem (4) traz à tona também o debate sobre o atual momento da luta dos trabalhadores e de uma das suas principais ferramentas de organização: os sindicatos. Quais são os desafios depois de longo período de ataques e aumento da precarização? Que erros as organizações de esquerda não podem repetir?

Sem dúvida, o desafio e os riscos para o governo federal, depois de sete anos de políticas de ataques neoliberais, que colocaram os trabalhadores em situação defensiva, agora deve ser a preocupação com a recomposição das condições de vida dos trabalhadores, ampliando o mercado de trabalho, o que certamente ampliaria as condições de luta e organização.

terça-feira, 5 de março de 2024

Escravos dos aplicativos conquistam direitos

Charge: Vicky Leta
Por Altamiro Borges


Em solenidade no Palácio do Planalto nesta segunda-feira (4), o presidente Lula apresentou o projeto de lei que regulamenta o trabalho dos motoristas por aplicativos. Foi uma dura negociação com as empresas de Apps para a construção dessa proposta de regulamentação. O projeto não é dos mais avançados, mas representa um primeiro passo no enfrentamento da escravidão no setor. Ele prevê pagamento mínimo por hora de trabalho no valor de R$ 32,09, contribuição para a previdência social e auxílio maternidade.

O IBGE e os desafios estratégicos do Brasil

Inteligência Artificial, desinformação e eleições

Carluxo é suspeito de mandar matar Marielle

Agroecologia, luta de classes e o MST

Pastor que atacou Lula não aguentou pressão

A encenação da cúpula militar sobre o golpe

É hora da esquerda ir às ruas?

General Freire Gomes entrega os golpistas

segunda-feira, 4 de março de 2024

Pastor diz que se curou da doença bolsonarista

Charge: Quinho
Por Altamiro Borges


O pastor evangélico Anderson Silva, que ficou famoso ao postar um vídeo ao lado do fedelho bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) dizendo que orou a Deus para que “arrebentasse a mandíbula” do presidente Lula, parece que conseguiu exorcizar seus demônios. Em vídeo postado no Instagram na semana passada, ele se disse arrependido de ter apoiado o difusor de ódio Jair Bolsonaro. “Vergonha”, confessou!

Na incisiva gravação, o religioso admite que a “bolsonarização” afastou crentes que se identificavam com a sua igreja e ressaltou que é um “desrespeito a Jesus ter um pastor de direita ou de esquerda”. Ele ainda afirma que parte das denominações evangélicas idolatra Jair Bolsonaro, apesar de todos os seus crimes. Na semana retrasada, ele já havia pedido aos seus fiéis que não fosse ao ato organizado pelo lobista da fé Silas Malafaia em apoio ao ex-presidente fujão. “O evangelho não é o bolsonarismo”, alertou.

Abin paralela usou câmeras, drones e malwares

Charge: J.Bosco
Por Altamiro Borges


Durante o covil de Jair Bolsonaro, a Agência Brasileira de Inteligência – também chamada de Abin Paralela ou Gestapo nativa – não utilizou apenas o software de geolocalização israelense FirstMile para bisbilhotar a vida dos adversários políticos do fascista no poder. O jornal O Globo revelou nesta segunda-feira (4) que o órgão usou, “além do sistema para monitorar a localização de pessoas, equipamentos como microfones direcionais, câmeras escondidas, drones e malwares (programas maliciosos)”.