domingo, 3 de agosto de 2025

BC interrompe ciclo de alta de juros

Charge: Clayton
Por Altamiro Borges


Na quarta-feira (30), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu, por unanimidade, manter inalterada a taxa básica de juros em 15% ao ano e interrompeu o ciclo de alta da Selic no maior patamar em 19 anos. A medida foi encarada com alívio por setores econômicos, mas mesmo assim representa um desastre para a produção, comércio, serviços, empregos e renda. O Copom justificou a “cautela” – ou sacanagem – culpando o ambiente externo “mais adverso e incerto” e citou explicitamente o tarifaço imposto pelos EUA.

Até Zema bate-boca com Dudu Bananinha

Charge: Aroeira/247
Por Altamiro Borges


O deputado fujão Eduardo Bolsonaro (PL-SP), vulgo Dudu Bananinha, segue causando atritos no próprio covil da extrema-direita, ajudando a isolar ainda mais o seu paizão – que está prestes a ir para a cadeia. Ele já havia comprado briga com os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Ratinho Jr. (PSD-PR) e o deputado-fedelho Nikolas Ferreira (PL-MG). Agora, o troglodita resolveu bater boca com o governador mineiro, o servil Romeu Zema (Novo).

Na semana passada, em entrevista ao Estadão, o governador afirmou que o filhote 03 de Jair Bolsonaro “causou um problema para a direita” ao conspirar contra o Brasil na questão do tarifaço de Donald Trump. Após a declaração, Dudu Bananinha saiu atirando: “Enquanto são pessoas simples e comuns as vítimas da tirania [referindo-se aos condenados pelos atos terroristas do 8 de janeiro de 2023], não há problema, mas mexeu na sua turminha da elite financeira, daí temos o apocalipse para resolver”.

Dudu Bolsonaro acaba com o clima de anistia

STF não se intimida diante de Trump

As estratégias da ultradireita

sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Marcos do Val fugiu e agora teme a prisão

Charge: Nando Motta/247
Por Altamiro Borges


Após viajar ilegalmente para os Estados Unidos, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), que é todo metido a valentão e jacta-se de ter sido “instrutor da Swat” ianque, agora está pedindo arrego. Seus advogados entraram na noite desta quinta-feira (31) com um pedido de habeas corpus preventivo no Supremo Tribunal Federal (STF) implorando por um “salvo-conduto” para que ele não seja preso ao desembarcar no Brasil na próxima segunda-feira.

O bolsonarista, que teve solicitada a apreensão do seu passaporte estava expressamente proibido de deixar o país, embarcou às escondidas para os EUA na semana passada. Divulgou que viajou à Disney com a família. Diante da atitude irresponsável e de pura provocação, o ministro Alexandre de Moares determinou o bloqueio dos seus bens e a proibição do uso de cartões de crédito ou de fazer transferências via Pix. A decisão levou o ricaço parlamentar ao desespero e à pressa em retornar ao Brasil, mas com medo da prisão.

PL expulsa deputado que criticou Trump

Foto: Renato Araújo/Câmara dos Deputados
Por Altamiro Borges


Com as sanções impostas pelo “imperador” dos EUA e a ação dos traidores da pátria nativos, as divisões, intrigas e baixarias na extrema-direita atingiram seu ápice nos últimos dias. Nesta quarta-feira (31), o PL – sigla de aluguel de Jair Bolsonaro – anunciou a expulsão do deputado federal Antônio Carlos Rodrigues, de São Paulo, por ele ter criticado Donald Trump e ter defendido o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista ao site Metrópoles, o parlamentar afirmou que o chefão do império decadente “tem que cuidar dos Estados Unidos e não se meter com o Brasil como está se metendo”. Ele também condenou a aplicação contra o ministro do STF da Lei Magnitsky, que prevê punições a estrangeiros por violações dos direitos humanos ou corrupção. “É o maior absurdo que já vi na minha vida política. O Alexandre de Moraes é um dos maiores juristas do país”.

Estragos de Trump no polo calçadista gaúcho

Foto: Abicalçados
Por Moisés Mendes, em seu blog:


A lista de exceções do tarifaço de Trump, com quase 700 produtos (aeronaves, suco de laranja, celulose, castanha, ferro, combustíveis, automóveis), não traz os calçados, que pagarão 50% de imposto.

O bolsonarismo, que atua com força no Vale do Sinos, no Rio Grande do Sul, deve explicar o que aconteceu aos empresários, trabalhadores e moradores do principal polo calçadista do Brasil.

A extrema direita do Vale não teve forças para evitar a taxação? Não falaram com Eduardo Bolsonaro? E os deputados de direita da região? Ou a culpa não é de Trump nem de Bolsonaro, mas de Lula? O governador meio bolsonarista, meio de direita e meio de extrema direita não tem o que dizer?