sábado, 11 de fevereiro de 2012

Termina a greve da PM na Bahia

Por Altamiro Borges

Em assembléia encerrada hoje à noite (11), os polícias militares da Bahia decidiram retornar ao trabalho, após 11 dias de greve que abalaram o estado e geraram fortes tensões políticas. Segundo a Agência Estado, “o governo aceitou o pagamento imediato da Gratificação de Atividade Policial IV, antes programada para novembro”. Já a GAP-V será paga em março de 2013.
Os policiais também conquistaram reajuste de 6,5%, retroativos a janeiro deste ano. Segundo os órgãos do governo estadual, nos últimos anos a categoria obteve ganho real, acima da inflação, de cerca de 30%. Quanto à anistia dos grevistas, “a categoria decidiu abrir mão da revogação das prisões dos lideres, entre eles o ex-soldado Marco Prisco”, informa a Agência Estado.

Decisão não elimina os problemas

Com o fim da greve, o comando da PM garantiu o policiamento para o Carnaval de Salvador, que estava sob forte ameaça. Mais de 15 mil policiais estarão nas ruas nos dias da folia. O Carnaval ainda poderá contar com a presença dos soldados do Exército, caso a presidenta Dilma Rousseff julgue necessário para garantir a segurança dos foliões.

A conclusão da greve na Bahia e seu aparente esvaziamento no Rio de Janeiro, porém, não encerram os problemas. Prossegue o impasse sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC-300), que garante o piso salarial unificado em todo o país. Também há problemas relacionados à modernização e à integração das forças policiais e aos recursos dos estados para investir no setor.

Direito de greve e vandalismo

Além disso, há o polêmico debate sobre a paralisação dos contingentes armados, com a retomada da cruzada da direita nativa para proibir as greves nos chamados “serviços essenciais” – que não são considerados “essenciais” nos quesitos salário e condições de trabalho. A pressão da mídia patronal para que o governo Dilma Rousseff apresente um projeto retrógrado, anti-sindical, é violenta.

Por fim, no caso da Bahia, será preciso investigar com rigor as denúncias sobre atos de vandalismo praticados durante a greve, que prejudicam a própria luta da categoria por suas justas reivindicações. Há informações preocupantes sobre chacinas de mendigos patrocinadas por policiais para criar o clima de terror cidade. Se confirmadas, os “policiais-bandidos”, segundo a dura expressão do governo Jaques Wagner, devem ser duramente punidos, até como lição democrática para futuros e inevitáveis embates.

5 comentários:

Anônimo disse...

quero ver se realmente vai pagar.Duvido.Se o governo não adiantar o pagamento da próxima (aquela de 2013 e tudo mais que deve ao povo Brasileiro)poderá ocorrer mais greve?Não só a greve?Um manto escuro de caos e destruição se abaterá pelo país? ahahkkkkkk
Tomaaaaara!Para vocês aprenderem a governar com honestidade e respeito pelo povo.
Seus socialistas ditadores malditos!

Anônimo disse...

o governo devia tomar vergonha na caara e tratar os funcionários com mais respeito.Militar é trabalhador e arrisca a vida para defender a população.Tomem vergonha e aumentem os salários seus vermes.

Jaime Guimarães disse...

Na verdade "terminou" quando o JN divulgou as conversas entre os grevistas pelo celular. Ali o movimento perdeu força e credibilidade e era apenas questão de tempo para acabar de vez.

Contudo, como você mesmo afirmou, o fim da greve não elimina os problemas e nem estou me referindo à PEC 300, mas também à segurança pública sobretudo na Bahia, onde os índices de homicídios e crimes são alarmantes.

("Comboios da morte" e grupos de extermínio. O que não apareciam nas estatísticas daqui passaram a contabilizar nas contas da greve)

Eduardo Viana disse...

Esse indivíduo que aparece como ANÔNIMO em duas postagens acima, tem realmente motivos para figurar como tal. Pois, se eu tivesse essa visão social e política LIMITADA também teria vergonha de me identificar. Onde ele vê hoje SOCIALISTAS DITADORES? É do Brasil mesmo que ele está falando? Talvez ele queria se referir ao governo Dilma que, desde o Lula, é uma "ESQUERDA MODERADA". Mas acho que ele tem saudades dos presidentes Collor e FHC... talvez ele ache que naquele tempo os neoliberalistas pagavam bem aos policiais e bombeiros e lhes oferecia ótimas condições de trabalho.

Mas, comentando o que o Miro falou acima, os “serviços essenciais” – realmente não são considerados “essenciais” nos quesitos salário e condições de trabalho. Por isso, só quando sentem a falta deles é que suas legítimas reivindicações ganham notoriedade (isso quando não são deturpadas pela imprensa golpista). Os políticos que aprovam seus próprios aumentos, é que devem ser responsabilizados pela falta de segurança. E claro, os casos de execessos dos grevistas, devidamente julgados, sem comprometer a legitimidade da maioria, pois muitas vezes são elementos infiltrados querendo sabotar o movimento.

AMINADAB disse...

Na verdade tem muita gente ACREDITANDO que tudo pode ser feito livremente, enquanto os ENGANADORES continuarem mentindo para os PMs sobre fazer GREVES e etc; Muitos militares serão PUNIDOS! Os Constituintes em conjunto com os PSEUDOS CONSTITUICIONALISTAS recepcionam as LEIS da DITADURA com o simples OBJETIVO de manter os MILITARES na condição de ESCRAVOS DO ESTADO, essa é a verdade real. Se as Associações desejam mudar este STATUS QUO, devem PROMOVER um PLEBISCITO reformando o artigo 142, PARÁGRAFO 2º da CFRB, pois, Bolsonaro não tem nenhuma VONTADE de fazer isso, em 1995 eu apresentei um rascunho a Bolsonaro sobre o tema em questão e Bolsonaro "JOGOU-O no LIXO!"