quarta-feira, 10 de junho de 2015

EUA ampliaram vigilância na internet

Por Altamiro Borges

E ainda tem otário que considera os EUA a "pátria da democracia" e saia às ruas carregando faixas em inglês para rosnar pelo impeachment da presidenta Dilma. Na semana passada, o jornal "New York Times" e a organização "ProPublica" divulgaram novos documentos que comprovam que o governo ianque ampliou a vigilância na internet nos últimos anos. A desculpa utilizada agora é o da defesa de informações contra hackers estrangeiros; antes, era o fantasma do terrorismo. O resultado concreto é que milhões de cidadãos tiveram suas vidas monitoradas pelos serviços de "inteligência" do império. As liberdades individuais e a privacidade seguem sendo bens em extinção nos EUA.

A denúncia foi feita com base em documentos vazados por Edward Snowden, ex-analista da Agência Nacional de Segurança (NSA). Segundo o "NYT", o Departamento de Justiça redigiu, em 2012, dois memorandos secretos que permitem à NSA buscar, sem mandado judicial e em solo estadunidense, dados que pudessem estar ligados a ataques cibernéticos de governos estrangeiros. A agência, porém, também buscou dados sobre hackers sem vínculo comprovado com outros países, confirmam os documentos revelados na última quinta-feira (4).

Em abril, o diretor de Inteligência Nacional já havia citado os ataques cibernéticos como o principal desafio dos EUA entre 2013 e 2015, deixando o terrorismo em segundo plano pela primeira vez desde os atentados de 11 de setembro de 2001. À época, relatório da Defesa americana citou ameaças da Rússia e da China. "Não deveria ser uma surpresa que o governo dos Estados Unidos reúna dados de inteligência sobre potências estrangeiras que tentem penetrar redes americanas e roubar informações privadas de cidadãos e empresas", afirmou o porta-voz do diretor de Inteligência Nacional, Brian Hale, ao "NYT".

Na terça-feira passada (2), o presidente Barack Obama sancionou a chamada Freedom Act, a lei que restringe os poderes da NSA de monitorar as ligações telefônicas dos americanos, passando a exigir mandado judicial para fazê-lo. As buscas por informações de estrangeiros utilizando a infraestrutura de internet dos EUA, porém, não foi tratada na nova lei. Caso os golpistas brasileiros queiram deixar o Brasil, com medo do avanço do comunismo e com o seu complexo de vira-latas, é bom que evitem o uso da internet em Miami.

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4 comentários:

Abel Costa disse...

Quem manda na internet ? é serio, quem manda... Aonde foi criada, desnvolvida ? Google , Facebook ?

marcio ramos disse...

... desta pra pior. Quer ir o pro play? Quer se informar? Ter conhecimento? Quer encurtar as distancias, se comunicar com o mundo?Quer estas coisas que "propaganda" te oferece? Entao tem que seguir as regras dos estadunidenses porque o brinquedo e deles...

Sergipe Mandacaru disse...

Abel Costa, quem manda na internet são os americanos e estranhamente são os americanos que estão perdendo a privacidade e sendo vigiados e investigados sem mandato judicial. Imagine o que eles são capazes de fazer com cidadãos que não são americanos???

kazuhiro Uehara disse...

Democracia Ocidental Cristã?