sábado, 15 de setembro de 2012
Freire e Agripino excitados com Veja
Por Altamiro Borges
A edição da revista Veja desta semana, que traz na capa o
publicitário Marcos Valério e acusa Lula de ser “o chefe do mensalão”, já
deixou excitados os golpistas de plantão. O presidente nacional do DEM, senador
Agripino Maia, divulgou agora à tarde nota em que exige “explicações”. Já o
deputado Roberto Freire, dono do PPS, sempre servil à oposição demotucana, pede
a abertura de processo contra o ex-presidente. Como já virou hábito, a mídia direitista
pauta os partidos da direita, hoje tão fragilizados.
Arthur Neto e a truculência em Manaus
Por Iram de Sena Alfaia
O candidato do PSDB à Prefeitura de Manaus, Arthur Virgílio Neto, ex-ministro de FHC, não perde a oportunidade de revelar o lado truculento que lhe caracterizou quando foi parlamentar. Ele chamou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), sua principal adversária, de farsante. Isso porque um dos seus cabos eleitorais está sendo acusado de cuspir no rosto da candidata, antes de um debate na TV Em Tempo no último dia 11.
O candidato do PSDB à Prefeitura de Manaus, Arthur Virgílio Neto, ex-ministro de FHC, não perde a oportunidade de revelar o lado truculento que lhe caracterizou quando foi parlamentar. Ele chamou a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB), sua principal adversária, de farsante. Isso porque um dos seus cabos eleitorais está sendo acusado de cuspir no rosto da candidata, antes de um debate na TV Em Tempo no último dia 11.
Bárbara Gancia ama José Serra
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
José Serra participou ontem da “sabatina” da Folha e Uol. O
clima da entrevista, como já era esperado, não foi tão agressivo como nas
realizadas com Fernando Haddad ou mesmo com Celso Russomanno. Deu até para a colunista
Bárbara Gancia, uma tucana travestida de anarquista, declarar seu amor ao eterno
candidato. Ela disse, empolgada, que Serra é “um grande, ótimo administrador,
ninguém tem dúvida”. Ao final, o tucano até tentou disfarçar a declaração de
voto: “Não sei se ela vai votar em mim, mas espero que sim”.
Dilma cancela visita a Civita. Acordou?
Por Altamiro Borges
A revista Exame promoveu ontem (14) um fórum para discutir “O
Brasil e as empresas brasileiras no novo cenário mundial”, reunindo executivos
das megacorporações. Paul Krugman, prêmio Nobel de Economia, e
o ministro Guido Mantega foram alguns dos expositores no evento que visa recauchutar
as propostas da elite patronal para o enfrentamento da grave crise capitalista.
Mas o “fórum” parece que foi abalado com o anúncio da nova edição da Veja, do
mesmo Grupo Abril, que ataca o ex-presidente Lula.
Veja quer condenar o Lula
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/ |
A revista Veja desta semana, que traz na capa o publicitário
Marcos Valério e acusa o ex-presidente Lula de ser o “chefe” do mensalão, tem
dois objetivos bem definidos. O primeiro, mais tático, é interferir na reta
final das eleições municipais, utilizando o julgamento no STF para beneficiar os
candidatos da oposição demotucana. O segundo, mais estratégico, é satanizar as
forças de esquerda, centrando sua artilharia pesada contra Lula. A capa da
revista é espalhafatosa, mas a “reporcagem” interna é pura especulação.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
30 anos dos massacres em Sabra e Chatila
http://guerrecontro.altervista.org/blog/gallerie/sabra-e-chatila/ |
Neste mês de setembro, completam-se três décadas do assassinato de cerca de 3 mil palestinos que viviam nos campos de refugiados de Sabra e Chatila, na parte oeste de Beirute, no Líbano. Para lembrar a data e apontar o papel da solidariedade internacional para pôr fim à mais longa ocupação da era contemporânea, a Frente em Defesa do Povo Palestino realiza em São Paulo uma série de iniciativas. No dia 17, promove a partir das 17h um ato público na esquina da Av. Paulista com a Rua Augusta, em frente ao Banco Safra. No dia 18, um debate na PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica) e no dia 25, na USP (Universidade de São Paulo).
A onda de proibições em São Paulo
Por Aline Scarso, no jornal Brasil de Fato:
“Tá vindo? Olha, tá vindo... Ó o Tufão, ó o Tufão!”, grita a comerciante Cida Silva para avisar os colegas que os policiais estão próximos e que, por qualquer deslize, podem perder a mercadoria. Ela trabalha na rua 25 de março, na altura da rua Carlos de Souza Nazaré, no centro de São Paulo (SP), junto a dezenas de trabalhadores que vendem desde água mineral a massageadores elétricos e não têm permissão da Prefeitura para trabalhar.
“Tá vindo? Olha, tá vindo... Ó o Tufão, ó o Tufão!”, grita a comerciante Cida Silva para avisar os colegas que os policiais estão próximos e que, por qualquer deslize, podem perder a mercadoria. Ela trabalha na rua 25 de março, na altura da rua Carlos de Souza Nazaré, no centro de São Paulo (SP), junto a dezenas de trabalhadores que vendem desde água mineral a massageadores elétricos e não têm permissão da Prefeitura para trabalhar.
A Espanha e as lições da soberba
FOTO LLUIS GENE/AFP |
Esta semana, mais de um milhão e meio de pessoas marcharam, no centro de Barcelona, na Espanha, para exigir a divisão do país e a independência total da Catalunha, a mais importante das Regiões Autônomas da Espanha.
Protesto no Rodoanel e interesse público
Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:
Um protesto por moradia fechou, por cerca de meia hora, a pista do Rodoanel, sentido Anhanguera-Bandeirantes, na manhã desta sexta (14), em Osasco, Grande São Paulo. Vi a notícia na TV pelo telejornal da manhã e fiquei surpreso. Não pela cobertura do congestionamento, que foi longa e bem feita: as barricadas de pneus, madeira e fogo que fecharam a pista, os reflexos a quem chegava ou saía de São Paulo por diversas rodovias interligadas ao Rodoanel, os quase dez quilômetros de filas. Mas não havia na reportagem uma explicação decente de quem eram aquelas pessoas ou o que reivindicavam de verdade. Tive que correr para a internet para tentar entender um pouco mais.
Um protesto por moradia fechou, por cerca de meia hora, a pista do Rodoanel, sentido Anhanguera-Bandeirantes, na manhã desta sexta (14), em Osasco, Grande São Paulo. Vi a notícia na TV pelo telejornal da manhã e fiquei surpreso. Não pela cobertura do congestionamento, que foi longa e bem feita: as barricadas de pneus, madeira e fogo que fecharam a pista, os reflexos a quem chegava ou saía de São Paulo por diversas rodovias interligadas ao Rodoanel, os quase dez quilômetros de filas. Mas não havia na reportagem uma explicação decente de quem eram aquelas pessoas ou o que reivindicavam de verdade. Tive que correr para a internet para tentar entender um pouco mais.
Globo concentra verba publicitária
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br |
CartaCapital tem sido sistematicamente acusada de receber enormes quantias em publicidade do governo federal para defendê-lo. A revista seria “chapa-branca”, como gostam de repetir alguns. Aos que costumam se fiar neste argumento para nos atacar, recomendamos a leitura dos dados de investimentos publicitários da União publicados pela Folha de S. Paulo nesta quinta-feira 13. A lista, disponibilizada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República e compilada pelo jornal, mostra quem é quem entre os beneficiários de recursos oficiais de publicidade. Primeira constatação: dez veículos de comunicação concentram 70% do dinheiro. CartaCapital não está neste grupo. Cerca de 3 mil veículos recebem anúncios federais.
Monteiro Lobato e o racismo entre nós
Por Paulo Moreira Leite, na coluna Vamos combinar:
Eu já não era tão jovem quando se dizia que a melhor definição de bobo era do sujeito que não consegue mascar chicléte e andar ao mesmo tempo.
Acho que isso se aplica ao debate sobre Monteiro Lobato. É nosso maior autor infantil. Deixou uma obra densa e complexa, com várias contribuições ao entendimento do país. Mas Lobato era um autor racista e isso não pode ser escondido nem disfarçado. Precisa ser reconhecido e discutido pelos brasileiros, num sinal de respeito por nossa história e pelas vítimas de uma atitude que nossa Constituição define com crime inafiançável. Creio que devemos esse favor às futuras gerações, já que pouco podemos fazer pelas passadas, além de realizar um esforço para conhecer e estudar as dores do tempo em que viveram.
Acho que isso se aplica ao debate sobre Monteiro Lobato. É nosso maior autor infantil. Deixou uma obra densa e complexa, com várias contribuições ao entendimento do país. Mas Lobato era um autor racista e isso não pode ser escondido nem disfarçado. Precisa ser reconhecido e discutido pelos brasileiros, num sinal de respeito por nossa história e pelas vítimas de uma atitude que nossa Constituição define com crime inafiançável. Creio que devemos esse favor às futuras gerações, já que pouco podemos fazer pelas passadas, além de realizar um esforço para conhecer e estudar as dores do tempo em que viveram.
Kassab quer 'ferrar' Serra, diz Soninha
http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br |
A candidata do PPS à prefeitura de São Paulo, Soninha Francine, postou no final da manhã hoje (14) em sua conta no Twitter uma série de ataques à administração Gilberto Kassab (PSD). O prefeito é aliado do candidato José Serra (PSDB), que por sua vez tem relações políticas com a própria Soninha.
O racismo e a obra de Monteiro Lobato
Editorial do sítio Vermelho:
O caso das acusações de racismo contra a obra de Monteiro Lobato, que foi objeto de uma audiência de conciliação na noite de terça-feira (11) no Supremo Tribunal Federal (STF) permite duas reflexões.
A primeira diz respeito à verdadeira histeria que acomete a imprensa brasileira levando-a a considerar como “censura” e ver limitações à liberdade de expressão em qualquer atitude de exame do conteúdo de uma obra escrita. Não há – não houve – pedido de suspensão, proibição ou qualquer restrição à publicação e circulação do livro na denúncia levantada em outubro de 2010 pelo pesquisador Antonio Gomes da Costa Neto (que era então mestrando em relações raciais na Universidade de Brasília) e pelo movimento negro contra o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato. O que houve foi um pedido para que fosse excluído do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e de outros programas do governo para a compra de livros e distribuição a estudantes e bibliotecas escolares.
O caso das acusações de racismo contra a obra de Monteiro Lobato, que foi objeto de uma audiência de conciliação na noite de terça-feira (11) no Supremo Tribunal Federal (STF) permite duas reflexões.
A primeira diz respeito à verdadeira histeria que acomete a imprensa brasileira levando-a a considerar como “censura” e ver limitações à liberdade de expressão em qualquer atitude de exame do conteúdo de uma obra escrita. Não há – não houve – pedido de suspensão, proibição ou qualquer restrição à publicação e circulação do livro na denúncia levantada em outubro de 2010 pelo pesquisador Antonio Gomes da Costa Neto (que era então mestrando em relações raciais na Universidade de Brasília) e pelo movimento negro contra o livro Caçadas de Pedrinho, de Monteiro Lobato. O que houve foi um pedido para que fosse excluído do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) e de outros programas do governo para a compra de livros e distribuição a estudantes e bibliotecas escolares.
Mídia, "mensalão" e tribunal de exceção
Foto: Felipe Bianchi/Barão de Itararé |
A influência dos grandes veículos de comunicação no julgamento do mensalão foi pauta de debate na noite desta quinta-feira (13), na sede do Barão de Itararé, em São Paulo. Segundo as opiniões do jornalista Raimundo Pereira, autor do livro A outra tese do mensalão (Editora Manifesto); do escritor e jornalista Fernando Morais; do editor da Carta Maior, Joaquim Palhares, e do presidente do Barão de Itararé Altamiro Borges, a mídia conservadora do país desempenha um papel fundamental em transformar o processo em um tribunal de exceção.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
Serra jogou no lixo obras antienchente
Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:
Rejeitado por 46% da cidade que pretende administrar, o sujeito se destempera. Do alto da rocha granítica da aversão aos seus modos, métodos e metas, ele esbraveja aos céus, bate o pé na terra e não aceita o veredito. Quer quebrar o espelho que o revela. Nisso sua competência é reconhecida: a infâmia, o desrespeito, a mentira, a sabotagem recheiam um embornal político emprestado da velha UDN golpista.
Rejeitado por 46% da cidade que pretende administrar, o sujeito se destempera. Do alto da rocha granítica da aversão aos seus modos, métodos e metas, ele esbraveja aos céus, bate o pé na terra e não aceita o veredito. Quer quebrar o espelho que o revela. Nisso sua competência é reconhecida: a infâmia, o desrespeito, a mentira, a sabotagem recheiam um embornal político emprestado da velha UDN golpista.
Governo fortalece monopólio da mídia
Por Mariana Viel, no sítio Vermelho:
Apenas dez veículos de comunicação concentram 70% da verba de propaganda do governo federal, destinada a mais de 3 mil emissoras de TV, jornais, revistas, rádios, sites e blogs em todo o Brasil. Os dados divulgados pela Secretaria de Comunicação Social, vinculada à Presidência da República, foram alvos de críticas de setores progressistas da mídia brasileira.
Apenas dez veículos de comunicação concentram 70% da verba de propaganda do governo federal, destinada a mais de 3 mil emissoras de TV, jornais, revistas, rádios, sites e blogs em todo o Brasil. Os dados divulgados pela Secretaria de Comunicação Social, vinculada à Presidência da República, foram alvos de críticas de setores progressistas da mídia brasileira.
Serra apela de novo à baixaria
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:
A natureza humana pode tardar, mas não falha. E a história se repete como farsa. Ao chegar a malufianos 46% de rejeição, o candidato tucano José Serra jogou os escrúpulos à favas, rasgou a fantasia e, como costuma fazer quando se vê acuado, partiu de novo para a baixaria eleitoral.
A natureza humana pode tardar, mas não falha. E a história se repete como farsa. Ao chegar a malufianos 46% de rejeição, o candidato tucano José Serra jogou os escrúpulos à favas, rasgou a fantasia e, como costuma fazer quando se vê acuado, partiu de novo para a baixaria eleitoral.
A morte do embaixador dos EUA na Líbia
Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:
A acreditar na cobertura internacional dos jornalões brasileiros e na opinião de “especialistas” em relações internacionais por eles citados, a Líbia sem Khadafi estava se transformando em uma plácida democracia.
Um argumento necessário quando o objetivo é falar mal da diplomacia brasileira: como o Brasil não aprovou a intervenção militar na Líbia, teria perdido uma grande oportunidade. Teria se distanciado da vontade da rua árabe e pagará caro por isso. Não só na Líbia, mas também na Síria.
A acreditar na cobertura internacional dos jornalões brasileiros e na opinião de “especialistas” em relações internacionais por eles citados, a Líbia sem Khadafi estava se transformando em uma plácida democracia.
Um argumento necessário quando o objetivo é falar mal da diplomacia brasileira: como o Brasil não aprovou a intervenção militar na Líbia, teria perdido uma grande oportunidade. Teria se distanciado da vontade da rua árabe e pagará caro por isso. Não só na Líbia, mas também na Síria.
Marco Civil na marca do pênalti
Por Guilherme Varella, no Observatório do Direito à Comunicação: Na quarta-feira (29/8), a CCT (Comissão Especial de Ciência e Tecnologia do Senado) aprovou o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 35/2012, que tipifica crimes digitais. Já tratado na imprensa como “marco penal da Internet”, o PLC pode ir em breve para o Plenário do Senado. Sua aprovação preocupa e acende o alerta vermelho sobre a regulação da rede no Brasil. Menos pelo teor do seu texto, de menor potencial lesivo que o famigerado PL 84/99, aprovado em versão minimalista na Câmara. E mais pelo que significa: termos, a toque de caixa, uma lei penal antes mesmo de aprovarmos o Marco Civil da Internet (PL 2.126/2011), com os princípios, responsabilidades e direitos para a utilização cidadã da rede. |
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