domingo, 4 de agosto de 2013

Bancos lucram e fazem chantagem

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Altamiro Borges

O Itaú-Unibanco divulgou na sexta-feira que teve um lucro líquido de R$ 3,622 bilhões no segundo trimestre deste ano – alta de 1,03% em relação ao mesmo período de 2012 e de 3,13% em relação ao primeiro trimestre deste ano. Já o Bradesco anunciou na semana retrasada que o seu lucro líquido no mesmo período foi de R$ 2,949. Mesmo assim, segundo reportagem de Karin Sato e Karla Spotorno, no jornal Valor, os banqueiros estão indignados e exigem mudanças na política macroeconômica do governo Dilma. Eles reclamam que os seus lucros poderiam ser bem maiores e voltam a chantagear pela alta das taxas de juros. A desculpa, lógico, é o fantasma da inflação.

Marina Silva frustra Merval Pereira

Por Altamiro Borges

Em sua coluna deste sábado (3) no jornal O Globo, o “imortal” Merval Pereira mudou de opinião sobre a Rede, o partido de Marina Silva que ainda busca a legalização. Em outros textos, ele havia festejado a criação da nova sigla – nem tanto por afinidades com a ex-verde e mais por vislumbrar a possibilidade da sua candidatura forçar o segundo turno nas eleições presidenciais de 2014. Agora, porém, ele se mostra mais cauteloso. O motivo aparente da guinada foi a descoberta de que um dos dirigentes da legenda, Pedro Piccolo Contesini, participou da depredação à sede do Itamaraty em 20 de junho e não foi sumariamente expulso. O título do artigo é emblemático: “Sem firmeza”.

Alckmin é o novo alvo das ruas

Por Altamiro Borges

Os tucanos engoliram o seu próprio veneno. Após certa perplexidade, o PSDB decidiu apostar nos protestos de rua como forma de sangrar a presidenta Dilma Rousseff. Na semana passada, porém, as manifestações se voltaram contra o governador paulista Geraldo Alckmin. Duas marchas tomaram o centro da capital paulista exigindo apuração do escândalo do propinoduto tucano – que garfou mais de 450 milhões dos cofres públicos. Outro protesto, agora marcado pelo Movimento Passe Livre (MPL), está agendado para 14 de agosto e já está agitando as redes sociais. Temendo o “clamor das ruas”, o governo tucano e sua mídia já mudaram de postura.

O protesto contra a terceirização

Por Altamiro Borges

Na próxima terça-feira, dia 6, as ruas do país voltam a ser ocupadas. Desta vez, com uma pauta bem definida que desagrada os patrões e a sua mídia. Como de costume, o protesto terá pouco ou nenhum destaque na imprensa patronal. O ato nacional e unitário é organizada pelas centrais sindicais e tem como alvo o projeto de lei (PL) 4330, que regulamenta a terceirização. Estão previstas concentrações em frente às sedes das principais entidades empresariais contra a medida que agrava ainda mais a precarização do trabalho.

sábado, 3 de agosto de 2013

A música dos protestos em Portugal



Por Altamiro Borges

O banda "Deolinda" é hoje uma das mais populares e premiadas de Portugal. A música "Que parva que eu sou", lançada em 2011, logo se tornou um hino dos jovens que lutam contra o desemprego e por uma vida digna. O grupo será uma das atrações da belíssima Festa do Avante, o jornal do Partido Comunista Português (PCP), no início de setembro. Confira a seguir a combativa letra:

A luta do Movimento Saúde+10

Do sítio da CTB:

Na próxima segunda-feira (05), o Movimento Saúde +10 entregará ao presidente da Câmara, um projeto de lei de iniciativa popular para o repasse de 10% da receita corrente bruta da União para a Saúde. Junto com o projeto, serão entregues as 1,5 milhões de assinaturas coletadas, quantidade necessária para o pleito de um projeto de lei de iniciativa popular.

O jogo diversionista dos tucanos

Por José Dirceu, em seu blog:

Este é o jogo dos tucanos sempre que são denunciados, e o mais contumaz nessa prática é José Serra: dizem que toda denúncia contra o tucanato é política, eleitoreira. Quando é com eles, denunciam o vazamento e a quebra do sigilo das investigações ou da justiça, do qual sempre se beneficiam para denunciar os adversários.

FMI, crise grega e o voto brasileiro

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Nos últimos dois dias, quis escrever sobre o episódio do recuo, determinado pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, do voto brasileiro sobre a liberação de uma nova etapa do plano do FMI de socorro à Grécia.

O caso, como se sabe, colocou o representante brasileiro no Fundo, Paulo Nogueira Batista Jr., numa situação delicada, por ter votado contra.

A Folha e a manchete diversionista

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Às vezes, para não dizer o essencial, a imprensa precisa dizer alguma coisa. Parece ser esse o sentido da manchete da Folha de S. Paulo na edição de sexta-feira (2/8): “Governo paulista deu aval a cartel do metrô, diz Siemens” – é o que anuncia o título principal do jornal, no alto da primeira página.

Irã e a hipocrisia dos EUA

Editorial do sítio Vermelho:

A Câmara dos Estados Unidos aprovou na última quarta-feira (31) novas sanções contra as exportações do petróleo iraniano, com 400 votos a favor e 20 contra. Os deputados da potência imperialista, submissos ao endinheirado e ameaçador lobby sionista, e alheios ao momento político favorável ao encaminhamento de um acordo com o país persa pela via diplomática, decidiram impor limites às exportações iranianas de óleo cru, além de inscreverem no índex empresas do setor de mineração e da construção.

Entraves à CPI do propinoduto tucano

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O Partido dos Trabalhadores quer a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, na Assembleia Legislativa paulista, para investigar a responsabilidade ou omissão de agentes públicos e políticos do PSDB relacionados às denúncias de formação de cartel entre empresas para obras e manutenção de equipamentos do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM). O cartel seria formado pelas empresas Alstom, Bombardier, CAF, Siemens, TTrans e Mitsui, envolvendo superfaturamento nos preços, pagamento de propinas e fraude nas licitações e contratos entre 1997 e 2013, período de hegemonia do PSDB no Palácio dos Bandeirantes.

Dilma insiste no erro

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Os aliados reclamam por ela não fazer política. Os adversários criticam por fazer política demais. Ela sofre restrições na base governista, onde se diz que a presidenta não gosta do partido dela, o PT, e menos ainda dos coligados: um amontoado de 14 legendas unidas por todos os tipos de interesses. Inclusive os legítimos.

Vazam mais páginas do Globogate!

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Mais algumas páginas do relatório da Receita Federal que trata da milionária sonegação da Rede Globo acabam de vazar. O Cafezinho mais uma vez divulga o fato em primeira mão.

As novas páginas disponibilizadas referem-se à decisão final da Receita de condenar a Globo ao pagamento de multa de 150%, mais juros de mora, sobre o valor sonegado. Importante anotar a data deste documento: 21 de dezembro de 2006. Alguns dias depois, estes documentos seriam roubados pela servidora Cristina Maris Meinick Ribeiro.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

A agonia da Editora Abril

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A comunidade jornalística está em estado de choque pela carnificina editorial ocorrida na Editora Abril.

Mas eis uma agonia anunciada.

Revistas - a mídia que fez a grandeza da Abril - estão tecnicamente mortas, assassinadas pela internet.

As lições de Pepe Mujica

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Afinal, para que serve um governo de esquerda ? Na minha opinião, para além dos compromissos históricos com o combate à pobreza, a justiça e a inclusão social, a distribuição de renda, a redução das desigualdades, as garantias democráticas, a defesa dos direitos humanos e das minorias, a soberania, etc, governar à esquerda significa também disputar o simbólico, o imaginário, o coração e as mentes das pessoas, em linha com a hegemonia moral gramsciana.

Não perca o programa Contraponto



A crise da direita brasileira

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

É um fenômeno geral no continente: os governos progressistas deslocaram a direita e a ultra esquerda, que não encontram forma de acumular força. A ultra esquerda insiste em não reconhecer que a situação social desses países melhorou substancialmente, que deram passos importantes na contramão do modelo neoliberal, que têm uma politica externa que se opõem à dos EUA, que recuperaram o papel ativo do Estado. Ficam isolados dos processos que se dão em cada país e do grupo de governos progressistas na América Latina, que representam o contraponto internacional ao eixo neoliberal ainda hegemônico no capitalismo mundial. Não conseguem apoio em nenhum dos países com governos progressistas, frequentemente aparecem aliados à direita, considerando aqueles governos como seu inimigo principal.

O impacto das manifestações de junho

Por Armando Boito Jr., no jornal Brasil de Fato:

Muitas análises das manifestações de junho têm pecado pela caracterização vaga do agente político que as promoveram e imprecisa do processo político no qual se inseriram. As manifestações não foram obra do “povo” ou da “juventude”, e nem esse processo político pode ser caracterizado com uma referência genérica ao “governo” e à “oposição”. As manifestações tiveram como base majoritária uma fração da classe média e o processo político no qual se inseriram encontra-se polarizado entre os programas burguês neodesenvolvimentista, representado pelo governo, e o neoliberal ortodoxo, representado pela oposição burguesa aglutinada no declinante PSDB.

Cura gay, modesta contribuição

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

"Se uma pessoa é gay, procura Deus e tem boa vontade, quem sou eu, por caridade, para julgá-la? O catecismo da Igreja Católica explica isso muito bem. Diz que eles não devem ser discriminados, mas integrados à sociedade. O problema não é ter essa tendência. Não! Devemos ser como irmãos. O problema é fazer lobby".

Boatos e patifarias contra Lula

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

O caro leitor já deve ter recebido na caixa de mensagens do seu computador, assim como eu, centenas de mensagens, a grande maioria apócrifas, com denúncias absolutamente absurdas e criminosas contra o ex-presidente Lula e sua família.