domingo, 17 de abril de 2016

A decisão será por margem estreita

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

As última 48 horas foram de intensas mudanças e articulações no cenário político. Até o meio da tarde de sexta-feira (dia 15), a contabilidade dos votos mostrava que o pêndulo se inclinava decididamente em favor do golpe de Temer/Cunha.

Mas àquela altura, os governadores do Nordeste já trabalhavam freneticamente nos bastidores, para virar votos em favor da democracia. E isso deu resultados.

Governo virou a noite em vantagem

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A volatilidade dos votos na Câmara foi altíssima nas últimas 36 horas, recomendando que nenhum dos lados da encarniçada luta política entrem hoje no plenário com ares triunfantes, como fez a oposição na sexta-feira.

Mas governo, petistas e aliados viraram a noite com aparente vantagem, certos de que, salvo a ocorrência de baixas significativas hoje, antes do início da votação, conseguirão derrotar o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

A opinião pública no calor da hora

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Concluída na terça-feira 12, a mais recente pesquisa do instituto Vox Populi, encomendada pela Central Única dos Trabalhadores, mostra de que maneira a opinião pública avalia o processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff às vésperas da decisão da Câmara dos Deputados.

Não é o passo derradeiro, pois tanto o Senado quanto, parece, o Supremo Tribunal Federal ainda terão o que dizer. Mas é um momento importante na longa crise política atravessada pelo País.

Por que o impeachment não passará

Por João Carlos Gonçalves (Juruna)

Em 24 horas, o Câmara dos Deputados mudou e um alinhamento com a luta de trabalhadores de todo o País começou a acontecer. O ufanismo que cantava vitória antecipada subiu no telhado. A crista da mídia que já dava como favas contadas a deposição da presidente Dilma Rousseff e de todo o arco de forças que a sustenta baixou.

A luta está aberta, mas as expectativas estão sensivelmente mais equilibradas, com chances concretas retomadas pelo governo de vencer o golpe contra o mandato presidencial obtido nas urnas, em eleições democráticas e legítimas.

sábado, 16 de abril de 2016

O programa dos golpistas

Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:

Ao que parece, a votação do próximo domingo será decidida – como num jogo do Corinthians – nos últimos instantes, lance a lance.

Sabendo disso, Temer entrou em campo, como cabo eleitoral de si mesmo, no processo que visa a cassar sua companheira de chapa. A seu favor, tem Eduardo Cunha e suas manobras.

A voz das ruas já não é uníssona. O mesmo percentual que defende a derrubada de Dilma também é contra a permanência de Temer. E as manifestações para barrar o impeachment têm crescido expressivamente nas últimas semanas. A esplanada dos Ministérios estará dividida no domingo.

Silêncio dos EUA é apoio a golpe no Brasil

Do site Opera Mundi:

“O governo dos Estados Unidos vem guardando silêncio sobre esta tentativa de golpe, mas há poucas dúvidas quanto à sua posição.” A frase é de Mark Weisbrot, codiretor do Centro de Pesquisa Econômica e Política, em Washington, e presidente da Just Foreign Policy, organização norte-americana especializada em política externa. Para ele, a campanha do impeachment é, sim, um golpe de Estado capitaneado pela elite nacional, algo impensável nos Estados Unidos.

O Globo a cada dia se supera

Por Mario Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

A saga golpista se faz presente na edição desta quinta-feira (14) do jornal O Globo ao adiantar alguns nomes de um possível ministério de Michel Temer, vice-presidente da República. E isso antes da votação do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff pela Câmara dos Deputados. O jornal da família Marinho se supera e até tem enaltecido em várias ocasiões o retrocesso.

Dilma desmascara o golpe dos corruptos

Futebol e política se misturam, sim!

Lula no acampamento pela democracia

Batalha histórica: não vai ter golpe!

Foto: Jornalistas Livres
Editorial do site Vermelho:

A batalha que ocorre na Câmara dos Deputados neste domingo (17) tem dimensões históricas. Reconhecer este fato não é mera retórica, mas a expressão da verdade.

No dia de hoje a luta política unifica a vontade das ruas e a Câmara dos Deputados onde os parlamentares votarão em sintonia com o sentimento popular demonstrado em inúmeras manifestações pela legalidade que, com centro na Esplanada dos Ministérios (em Brasília) se espraiam para as demais cidades brasileiras. São milhões, em todo os país, em vigília democrática. Os deputados devem votar tendo a consciência do sentimento democrático que pulsa em todo o país e acompanha cada voto a favor da democracia e da legalidade constitucional. Votarão contra o impeachment ilegal e golpista contra a presidenta Dilma Rousseff.

Quais os objetivos políticos do golpe?

Por Pedro Paulo Zahluth Bastos, no site Carta Maior:

A mensagem à Nação que o vice-presidente Michel Temer deixou vazar para a imprensa no dia 11 de abril deixou claro o aceno ao capital externo: “a mudança pode gerar esperança e que, gerando esperança, isso pode gerar investimentos, não só investimentos nacionais, mas investimentos estrangeiros... eu fiz muitas viagens internacionais no primeiro mandato e verifiquei o quanto os outros países, que têm muito dinheiro em suas mãos, querem fazer aplicando no Brasil.”

O país na hora da verdade

Da Revista do Brasil:

No país dos paradoxos chamado Brasil, políticos investigados por corrupção e alguns até réus, como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tentam levar adiante um processo de impeachment contra uma presidente da República sem que haja, ao menos até agora, um crime de responsabilidade. Partidos de oposição pedem formalmente a prisão de Guilherme Boulos, líder dos sem-teto, acusando-o de incitar a violência, enquanto seus aliados pregam abertamente atos ofensivos contra artistas e juízes, ou contra qualquer um que se manifestar a favor da preservação do mandato de Dilma Rousseff.

Precisamos falar sobre Temer

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Não dá pra confiar no Congresso. Às ruas!

Por Altamiro Borges

Na manhã desta sexta-feira (15), quando o correntista suíço Eduardo Cunha deu início à vergonhosa sessão pelo impeachment da presidenta Dilma, os movimentos sociais foram às ruas contra o "golpe dos corruptos". Trabalhadores rurais bloquearam estradas em vários Estados; lideranças populares ocuparam ruas e praças nas capitais; teve até greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Salvador (BA). Tudo indica que estas ações vão crescer ainda mais até domingo, data prevista para a votação na Câmara Federal. Os movimentos sociais sabem que não podem confiar nos "nobres deputados" - alvos da sedução da mídia e do balcão de negócios da quadrilha que deseja assaltar o Palácio do Planalto.

Lula: "Vamos derrotar o impeachment"

STF se tornou um par perfeito para Cunha

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O STF é uma espécie de par perfeito para Eduardo Cunha, como se viu ontem nos julgamentos finais de liminares do governo antes da votação de domingo.

Cunha está promovendo um golpe por vingança. Queria que o governo o ajudasse a escapar das consequências de seus múltiplos atos corruptos.

Os suíços documentaram suas contas secretas, que ele negara nesta mesma Câmara que quer desalojar Dilma.

Só para lembrar: Cunha comanda o show

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Lamentável sob qualquer ponto de vista, a mudança de cadeiras na Comissão de Ética da Câmara, que tem em mãos o destino do suíço Eduardo Cunha, é um episódio revelador sobre os verdadeiros interesses em jogo neste domingo, quando 513 deputados irão tomar a decisão política mais importante de sua geração, ao examinar um absurdo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Como se pode verificar pela simples leitura dos jornais, Cunha é o verdadeiro maestro do espetáculo. Marcou datas, definiu regras e ritos.

Mídia golpista faz guerra psicológica

Por Lúcia Rodrigues, na revista Caros Amigos:

Uma guerra psicológica orquestrada para desmobilizar quem é contra o golpe. É assim que o professor da Escola de Comunicações e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), Laurindo Lalo Leal Filho, define o comportamento da mídia na veiculação de matérias sobre o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, que será votado no próximo domingo (17), no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.

Temer e a legião dos traidores

Por Alceu Luís Castilho, no site Outras Palavras:

A frase de Júlio César a Brutus provavelmente nunca foi dita: “Até tu, meu filho?” Hoje, na cena brasileira, seria impensável. Pois a presidente traída precisa comunicar à imprensa a reação ao vice-presidente traidor, que, por sua vez, terá exposto pela imprensa a própria traição. Sem diálogo direto entre os protagonistas. Vivemos em tempos de traição mediada, onde os meios de comunicação são utilizados como instrumento político. A própria mídia, que gosta de se apresentar como defensora da democracia, aparece como Judas central dessa história.