segunda-feira, 27 de junho de 2016

'Escola sem Partido' e a falsa neutralidade

Por Ivanilda Figueiredo, no jornal Brasil de Fato:

Brasileiras e brasileiros querem um país melhor, onde possam viver em segurança, terem uma vida produtiva, divertida, saudável, exercer suas crenças e viver de acordo com suas convicções. Esses sentimentos em si unem grande parte da nação. No entanto, o debate sobre como conquistar tais objetivos divide a sociedade. Para uns, é preciso maiores garantias de direitos. Para outros, maior rigor penal. Para uns, é preciso se falar sobre cidadania, gênero, raça, orientação sexual, identidade de gênero e discriminação em sala de aula. Para outros, tais assuntos devem ser debatidos apenas no seio familiar sem qualquer interferência do Estado. Para uns, retomar o respeito a valores religiosos em todas as esferas da vida seria a solução para a pacificação social. Para outros, o respeito à Constituição é o único modo de viver numa sociedade plural, com inúmeras crenças e convicções diferentes, todas elas igualmente válidas.

Lava-Jato e as delações selecionadas

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O sistema político acabou, constata FHC. O país não pode ficar dez anos nessa situação, reclama Temer, referindo-se à Lava Jato. Mas pelo andar da carruagem, ainda há muita obra de demolição nacional pela frente. Agora a Lava Jato entra na sua fase de reprodução, com o surgimento de operações-filhote em outros estados e uma novidade: depois dos vazamentos seletivos, agora surgem as delações selecionadas. Quando a autoridade judicial pode escolher quem será denunciado, está escolhendo quem será punido. Logo estará escolhendo as bruxas que irá caçar. Neste quadro, não há espaço para o mais moderado otimismo.

CPI da Merenda depende da pressão popular

Por Ingrid Matuoka, na revista CartaCapital:

Em 25 de maio, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a instalação da CPI da Merenda, que vai apurar a suspeita de fraudes no fornecimento de alimentos para escolas estaduais.

Entre os investigados estão o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), presidente da Alesp, e Luiz Roberto dos Santos, ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin.

Os integrantes da Comissão foram nomeados em 17 deste mês: oito dos nove deputados fazem parte da base de apoio de Alckmin, à exceção de Alencar Santana (PT).

O drama de Temer com a Lava-Jato

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Talvez agora muitos estejam se dando conta da razão de Michel Temer ter, antes de tudo, escolhido alguns ministros-chave.

O dos negócios, Moreira Franco; o das barganhas, Eliseu Padilha, e o da Polícia Federal, Alexandre de Moraes.

Não é preciso falar dos dois primeiros, um que anda como disse hoje o Nassif, andando a mil por hora na venda do patrimônio público e o segundo, que anda pesquisando filhos e netos de senadores para nomear e garantir o resultado do impeachment.

domingo, 26 de junho de 2016

As crueldades de Temer, o antipovo!

Por Altamiro Borges

Como vice-presidente "decorativo", Michel Temer conspirou nos bastidores contra a democracia. Já como presidente golpista, o Judas conspira contra os tímidos avanços sociais dos últimos anos. Ele é um típico Robin Hood às avessas: tira dos pobres para dar aos ricos. Em pouco tempo no Palácio do Planalto, o usurpador suspendeu o reajuste do "Bolsa Família", cortou o subsídio às camadas de baixa renda no "Minha Casa Minha Vida" e aprovou um plano de ajuste que corta drasticamente os recursos para a educação. Ele também aguarda o melhor momento, possivelmente depois da votação definitiva do impeachment de Dilma, para anunciar as suas reformas trabalhista e previdenciária, que retirarão direitos histórico dos trabalhadores e penalizarão ainda mais os aposentados e pensionistas.


Desmoralizar a política contra a democracia

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Temer como presidente do Brasil é para acabar de desmoralizar a política. Um político corrupto, golpista, traidor, medíocre, sem nenhuma ideia na cabeça para dirigir o pais é o objetivo maior dos que querem acabar com o que há de democracia no Brasil e entregar de vez o poder nas mãos dos mercados e das corporações midiáticas.

Do que se trata é de desmoralizar definitivamente a política. O Brasil pode ser governado pelo Lula ou pelo Temer. Igualar tudo por baixo. Se trata de tentar envolver o maior líder político que o Brasil já teve na mesma lista de suspeitos de corrupção. Não importa que não exista prova alguma contra o Lula. Não importa que os outros sejam acusados de corrupção direta de milhões, enquanto Lula é acusado de ter um sítio e um apartamento que não são seus. O que interessa é jogar todos na mesma fogueira. Ou para buscar um salvador da pátria de fora da política, na mídia, ou de ter sempre governos fracos, que tenham que se render aos mercados e às campanhas da mídia.

Fantasmas de Temer e as eleições indiretas

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Definição 1 – os novos inquilinos do poder

Há dois grupos nítidos dentre os novos inquilinos do poder.

Um, o PMDB de Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira de Lima e Romero Jucá, grupo notório. O outro, um agrupamento em que se somam grupos de mídia, Judiciário, Ministério Público Federal e mercadistas do PSDB. Vamos chama-los de PSDB cover, pois inclui as alas paulistas e os mercadistas cariocas do PSDB. A banda de Aécio Neves é carta fora do baralho.

O fim da Lava-Jato e do seu emprego

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Que o governo interino de Michel Temer defenda publicamente que a Lava Jato precisa ter um ponto final, isso é compreensível. Afinal de contas, se a operação continuar, o fisiológico PMDB faz pufff! e desintegra no ar. Em outras palavras, é questão de sobrevivência.

O mais divertido tem sido observar que setores do empresariado nacional trocaram o usual filtro solar fator 60 (para peles brancas e sensíveis, claro) por óleo de peroba a fim de fazer coro com o governo interino. Dizem que se faz necessário informar qual a data limite da operação para que a economia volte a crescer.

Para onde vamos? Impasses da atual crise

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A atual crise brasileira, talvez a mais profunda de nossa história, está pondo em xeque o sentido de nosso futuro e o tipo de Brasil queremos construir.

Celso Furtado com frequência afirmava que nunca conseguimos realizar nossa auto-construção, porque forças poderosas internas e externas ou articuladas entre si sempre o tinham e têm impedido.

Efetivamente, aqui se formou um bloco coeso, fortemente solidificado, constituído por um capitalismo que nunca foi civilizado (manteve a sua voracidade manchesteriana das origens), financeiro e rentista, associado ao empresariado conservador e anti-social e ao latifúndio voraz que não teme avançar sobre as terras do donos originários de nosso país, os indígenas e de acréscimo as dos quilombolas. Estes sempre frustraram qualquer reforma política e agrária, de sorte que hoje 83% da população vive nas cidades (bem dizendo, nas periferias miseráveis), pois esta sentia-se deslocada e expulsa do campo. Estas elites altamente endinheiradas se associaram a poucas famílias que controlam os meios de comunicação ou são donos delas.

A questão social enfraquece Europa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para entender o que ocorreu na Inglaterra, que decidiu sair da União Europeia por 51,9% dos votos, é bom lembrar que em julho de 2015 assistimos a um evento semelhante - e até mais enfático.

Por 61% dos votos, a população da Grécia disse com toda clareza que rejeitava o plano de austeridade que a União Europeia pretendia impor ao país. A cédula não perguntava, diretamente, se o eleitor queria ou não permanecer na UE. A pergunta era econômica. Mas, por essa via, a resposta teve um sentido obviamente semelhante. Pela segunda vez em menos de um ano, a população de um país europeu disse não.

Ainda só preto, pobre, prostituta e petista

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Se você colocar a frase “Preto, pobre, prostituta e petista” entre aspas e a jogar no Google, este link será o primeiro resultado. É de matéria publicada nesta página em 2013, por ocasião da prisão do ex-deputado pelo PT de SP José Genoino.

O petista em questão fora condenado “por corrupção”. Diante disso, naquela matéria reproduzi uma foto da mansão que ele auferiu com seus “atos corruptos” e que, graciosamente, reproduzi de novo no alto desta página.

O saco de maldades está ativo

Por Elaine Tavares, no blog Palavras insurgentes:

A abertura do processo de impedimento da presidenta Dilma Rousseff colocou o Brasil numa espiral de movimentação. Há manifestações contra o PT, mas há, em muito maior número, manifestações pelo Fora Temer, que junta tanto petistas quanto pessoas que não querem ver a normalidade constitucional rompida.

Todo esse emaranhado de atos, manifestações, passeatas e escrachos forma um caldo importante de gente em movimento que precisa ser alertada para outras maldades que seguem em andamento no Congresso Nacional. O governo interino tem editado muitas MPs, mas, além disso existem dezenas de outros projetos de lei em andamento.

O corte de R$ 1 trilhão da educação e saúde

Por Francisco Luís, no blog Viomundo:

Em 15 de junho, Michel Temer (PMDB-SP) enviou à Câmara dos Deputados, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016. Ela estabelece o teto da despesa pública federal por 20 anos. E, pelo acordo com os governadores, a proposta deve valer para Estados e provavelmente para Municípios.

Resultado: em 10 anos da PEC do governo usurpador cortará da Educação e Saúde de R$ 463 bilhões (se for apenas para o plano federal) a R$ 1 trilhão (caso a proposta se estenda a Estados e Municípios).

O divórcio entre Congresso e povo

Por Roberto Amaral, no site Carta Maior:

A crise, a palavra da moda, na boca dos políticos e dos eleitores descontentes, na boca de empresários e trabalhadores (com significados diversos), tonitruada pelos meios de comunicação de massa, essa crise brasileira de nossos dias, é, fundamentalmente, política, e é ao mesmo tempo uma crise de representatividade e de legitimidade que ataca de morte os Poderes da República.

É preciso conjurá-la, antes que ponha por terra o projeto de democracia representativa, antes que ameace a integridade institucional de que sempre se aproveitam as forças conservadoras para impor o retrocesso político e o retrocesso social.

Carta aberta ao senador Romário

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Esta é mais uma carta de uma série que poderá ser transformada em livro sob o título de “Cartas aos Golpistas”.

Caro Romário:

Gosto muito de uma frase: “Só não me decepcionei com você porque nunca esperei nada de você.”

Acho que é uma frase minha mesma. Às vezes a uso brincando, outra a sério.

No seu caso, é a sério.

Golpistas desmontam o Estado brasileiro

Por Marcos Verlaine, no site Vermelho:

Dizer que a Operação Lava Jato está paralisando os poderes Executivo e Legislativo constitui-se num tremendo equívoco. Pelo contrário! Está em curso, com força e desfaçatez, uma agenda conservadora e regressiva. É preciso denunciá-la, debatê-la e combatê-la, sob pena de retrocessos incomensuráveis.

Enquanto alguns setores políticos e sociais protestam e combatem o "golpe" que afastou a presidente reeleita em 2014, o governo do presidente interino Michel Temer (PMDB) e sua base parlamentar desmontam o Estado brasileiro. O quadro atual se configura em relevante contradição, pois as propostas, de autoria do governo anterior, colidem com o programa aprovado nas urnas em 2014.

As provas da propina para Aécio Neves

Por Renato Rovai, em seu blog:

O senador Aécio Neves, PSDB, foi citado mais uma vez em delações de ter sido beneficiado com propinas por Leo Pinheiro, ex-sócio da OAS, uma das empresas que construiu a Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Essa obra além de ser a mais cara do período Aécio no governo do Estado foi também a mais contestada. Entre outros motivos, o lugar centralizou todas as secretarias do estado e fica num lugar distante do centro de Belo Horizonte, o que faz com que 20 mil funcionários tenham de se deslocar todos os dias para lá. Depois, a obra que tinha sido estimada para custar 500 milhões, acabou ficando em 1,26 bilhão. Ou seja, quase três vezes o seu valor original.

sábado, 25 de junho de 2016

A luta contra o desmonte da Petrobras

Por Altamiro Borges

Nesta sexta-feira (24), centenas de manifestantes ocuparam o prédio central da Petrobras na Avenida Paulista, no centro de São Paulo. O protesto, organizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) e pela Frente Brasil Popular, teve como objetivo alertar a sociedade para os riscos do desmonte da maior estatal brasileira. Desde a concretização do “golpe dos corruptos”, o Judas Michel Temer tem sinalizado que pretende esvaziar o papel estratégico da empresa e acelerar a abertura da exploração do pré-sal - bem ao gosto das multinacionais do petróleo e da cobiça do império ianque.

Recessão trouxe o desemprego para ficar

Por Clemente Ganz Lúcio, na revista Teoria e Debate:

O desenvolvimento econômico visa gerar bem-estar e qualidade de vida. A política econômica precisa buscar, entre outros objetivos, gerar empregos e aumento real da renda do trabalho. A economia política do desenvolvimento deve se orientar pela centralidade do trabalho como produtor e organizador da vida social.

As crises econômicas, recorrentes no capitalismo, travam o sistema produtivo, destroem os empregos, arrocham a renda do trabalho e desorganizam a vida em sociedade, gerando insegurança, precarização, pobreza e bloqueando a construção do futuro.

Direita usa o PT para esmagar a esquerda

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Ora, ora, ora. E não é que a proverbial ruindade da Justiça brasileira subitamente acabou? Mas apenas quando se trata do PT, claro. Para os demais brasileiros, a Justiça continua morosa, falha e injusta (sobretudo para os mais pobres) ou inexistente (para os ricos). Subvertendo o mito grego, a “Justiça” brasileira não é cega, é caolha: só enxerga petistas.

Com a invasão da sede do PT pela Polícia Federal dentro da Operação Custo Brasil, a “luta contra a corrupção”, eufemismo para a perseguição pura e simples a membros do Partido dos Trabalhadores, atinge um novo estágio, aterradoramente similar ao que vivemos durante a ditadura militar: a sede de um partido político foi devassada por policiais, não por coincidência vestidos com uniformes camuflados, como se fossem do Exército. Para completar o clima de revival, só faltaram os tanques.