Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:
O lema Diretas Já volta à atualidade brasileira para expressar a vontade do povo de se reapropriar do direito de decidir os destinos do país. Foi o lema fundamental da fase final da luta contra a ditadura e naquele momento significava a rejeição da eleição do primeiro presidente civil depois da ditadura fosse feita por um Colégio Eleitoral recheado de membros biônicos nomeados pela ditadura.
Era a denúncia do caráter ilegítimo do governo que não surgisse do voto popular, expropriado dos brasileiros desde 1964 pelo golpe. Derrotada a Diretas Já, que teve ampla maioria no Congresso, mas sem chegar aos dois terços necessários para mudar a Constituição imposta pela ditadura, veio o governo ilegítimo escolhido pelo Colégio Eleitoral, que acabou colocando na presidência José Sarney, ex-presidente da Arena, o partido da ditadura e que havia comandado, desde o governo militar, a campanha contra as Diretas Já. Era o primeiro presidente do PMDB, eleito sem voto popular
Era a denúncia do caráter ilegítimo do governo que não surgisse do voto popular, expropriado dos brasileiros desde 1964 pelo golpe. Derrotada a Diretas Já, que teve ampla maioria no Congresso, mas sem chegar aos dois terços necessários para mudar a Constituição imposta pela ditadura, veio o governo ilegítimo escolhido pelo Colégio Eleitoral, que acabou colocando na presidência José Sarney, ex-presidente da Arena, o partido da ditadura e que havia comandado, desde o governo militar, a campanha contra as Diretas Já. Era o primeiro presidente do PMDB, eleito sem voto popular